A jovem foi abordada por dois homens que anunciaram o assalto quando chegava em um estabelecimento, por volta das 19 horas. O caso foi registrado na Delegacia Metropolitana do Eusébio, localidade próxima de onde a vítima foi solta pelos indivíduos, mas foi transferido para o 13º Distrito Policial, que pertence à área na qual o crime teve início.
De acordo com a vítima, os homens a obrigaram a deitar no piso traseiro do veículo sob ameaça de arma. "Eu estava saindo do carro e eles já me abordaram. Eles falaram que não iriam fazer nada comigo, só queriam dinheiro. (Os criminosos) perguntaram se eu tinha dinheiro guardado no banco e cartões de crédito", relata. A estudante foi obrigada a declarar o número dos cartões de crédito aos infratores.
Além dos dois homens, havia uma terceira pessoa que "comandava a ação" por meio de um telefone. "Eles jogaram meu celular fora (do carro) por causa do GPS. Ele perguntou se o aparelho tinha rastreador e avisou que os outros dois eram autorizados a me matar se eu mentisse", conta. "Ele fazia um jogo psicológico".
Sequestro relâmpago
O sequestro relâmpago durou cerca de 1h10min. Segundo a vítima, os homens perguntaram que horas ela deveria voltar para casa. "A gente tem que soltar ela agora para ninguém sentir falta", disseram. Entretanto, a família da moça acionou a polícia no momento em que soube que ela não havia chegado ao destino. "Uma testemunha viu quando os homens entraram no carro dela e achou estranho. Acionamos a polícia assim que ficamos sabendo", diz um familiar.
Antes de libertar a estudante, os criminosos fizeram uma parada para falar com uma quarta pessoa, e, no ato da soltura, ainda avisaram para ela não ir em direção ao local. "Se for pra lá vai ser pior porque lá é boca quente", eles teriam dito. A jovem foi solta em um "matagal deserto", localizado entre o distrito de Jabuti, no Eusébio, e Camará, em Aquiraz.
Registro do crime
Apesar do crime configurar sequestro relâmpago, o boletim de ocorrência (B.O.) foi registrado como roubo de veículo. De acordo com a delegada Ana Lúcia Moreira de Almeida, da Delegacia Metropolitana de Eusébio, foi necessário constar no sistema a restrição do automóvel para o carro não circular livremente.
"É roubo. Realmente houve sequestro relâmpago, que é a mesma coisa de a vítima ser mantida em poder dos criminosos com restrição de liberdade. Mas existe o elemento finalístico da ação. A finalidade principal é a subtração do bem (o carro)", explicou.
A Polícia Civil do Estado do Ceará informa que a narrativa do B.O. é que é utilizado como parâmetro da investigação do roubo do veículo e da subtração de valores. Logo, a investigação deve seguir a diretriz de roubo, e não de sequestro relâmpago. Até o momento o veículo não foi encontrado.
O que diz a Lei
De acordo com Art. 157, subtrair coisa móvel alheia mediante grave ameaça gera pena de quatro a dez anos de reclusão e multa. Consta no parágrafo 2º que a pena aumenta, de um terço até metade do tempo, se houver ameaça com arma; se há duas ou mais pessoas envolvidas; se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo liberdade.
AUTOR: O POVO
De acordo com a vítima, os homens a obrigaram a deitar no piso traseiro do veículo sob ameaça de arma. "Eu estava saindo do carro e eles já me abordaram. Eles falaram que não iriam fazer nada comigo, só queriam dinheiro. (Os criminosos) perguntaram se eu tinha dinheiro guardado no banco e cartões de crédito", relata. A estudante foi obrigada a declarar o número dos cartões de crédito aos infratores.
Além dos dois homens, havia uma terceira pessoa que "comandava a ação" por meio de um telefone. "Eles jogaram meu celular fora (do carro) por causa do GPS. Ele perguntou se o aparelho tinha rastreador e avisou que os outros dois eram autorizados a me matar se eu mentisse", conta. "Ele fazia um jogo psicológico".
Sequestro relâmpago
O sequestro relâmpago durou cerca de 1h10min. Segundo a vítima, os homens perguntaram que horas ela deveria voltar para casa. "A gente tem que soltar ela agora para ninguém sentir falta", disseram. Entretanto, a família da moça acionou a polícia no momento em que soube que ela não havia chegado ao destino. "Uma testemunha viu quando os homens entraram no carro dela e achou estranho. Acionamos a polícia assim que ficamos sabendo", diz um familiar.
Antes de libertar a estudante, os criminosos fizeram uma parada para falar com uma quarta pessoa, e, no ato da soltura, ainda avisaram para ela não ir em direção ao local. "Se for pra lá vai ser pior porque lá é boca quente", eles teriam dito. A jovem foi solta em um "matagal deserto", localizado entre o distrito de Jabuti, no Eusébio, e Camará, em Aquiraz.
Registro do crime
Apesar do crime configurar sequestro relâmpago, o boletim de ocorrência (B.O.) foi registrado como roubo de veículo. De acordo com a delegada Ana Lúcia Moreira de Almeida, da Delegacia Metropolitana de Eusébio, foi necessário constar no sistema a restrição do automóvel para o carro não circular livremente.
"É roubo. Realmente houve sequestro relâmpago, que é a mesma coisa de a vítima ser mantida em poder dos criminosos com restrição de liberdade. Mas existe o elemento finalístico da ação. A finalidade principal é a subtração do bem (o carro)", explicou.
A Polícia Civil do Estado do Ceará informa que a narrativa do B.O. é que é utilizado como parâmetro da investigação do roubo do veículo e da subtração de valores. Logo, a investigação deve seguir a diretriz de roubo, e não de sequestro relâmpago. Até o momento o veículo não foi encontrado.
O que diz a Lei
De acordo com Art. 157, subtrair coisa móvel alheia mediante grave ameaça gera pena de quatro a dez anos de reclusão e multa. Consta no parágrafo 2º que a pena aumenta, de um terço até metade do tempo, se houver ameaça com arma; se há duas ou mais pessoas envolvidas; se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo liberdade.
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