Coronel Paulo de Tasso e major Marcelo Bezerra, ambos do BPMA, foram presos em Sobral
Já estão recolhidos no Quartel do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), em Fortaleza, os dois oficiais da PM presos durante uma operação realizada nas cidades de Sobral e Tianguá nesta quinta-feira (28). Os dois militares tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), através do seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O tenente-coronel PM Paulo de Tasso Marques Paiva, que era o comandante do Batalhão de Polícia de Meio Ambiente (BPMA), em Sobral; e o major PM Francisco Marcelo Nantua Bezerra, que comandava a 2ª Companhia do 3º BPM, sediada em Tianguá; receberam voz de prisão na manhã de ontem em suas residências e foram levados para a sede do Núcleo do Ministério Público de Sobral, onde tomaram conhecimento, oficialmente, de suas prisões e os motivos da decisão judicial.
Depois disso, os dois militares passaram por exame de corpo de delito no Núcleo da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), de Sobral. No fim da tarde, foram trazidos para Fortaleza sob escolta do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e de agentes da Delegacia de Assuntos Internos (DAÍ), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD). Vão permanecer no Quartel do BPChoque, no Centro, à disposição da Justiça Estadual e do MPE.
Crimes investigados
Em Sobral, estão presos no Quartel do 3º BPM outros sete militares também detidos na mesma operação. São eles: Raimundo Nonato Cruz, Antônio Barbosa Filho, Marcelo Cristiano Melo, Reginaldo Bento de Araújo, Pablo Weslly Cavalcante, Jorge Luís de Sousa e Décio Alves Fernando. São militares destacados no BPMA e do 3º BPM.
A prisão dos sete praças e dos dois oficiais deveu-se a um pedido do MP em decorrência das investigações realizadas em caráter sigiloso que apontou o envolvimento deles em crimes de concussão e associação para o crime (formação de quadrilha). Estariam praticando extorsão para a liberação de bens privados apreendidos em operações, tais como armas de fogo e animais silvestres. Segundo a apuração do MP, essa prática delituosa já se arrastava há, pelo menos, quatro anos.
Até o momento, nem a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) nem o Comando-Geral da PM se manifestaram sobre o assunto.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
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