De acordo com a delegada Cláudia Guia, titular da 11ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável por investigar crimes contra agentes de segurança, o motorista preso seria o responsável por ficar com os objetos das vítimas e, posteriormente, revendê-los e compartilhar o apurado entre os criminosos.
Ele não resistiu à prisão e foi levado à DHPP, onde foi autuado por tentativa de latrocínio. “Esse motorista já era envolvido com a criminalidade. Era ele quem escolhia os locais a serem assaltados segundo os próprios presos”, informa a delegada Cláudia Guia. Outros dois homens suspeitos de envolvimento no crime já haviam sido presos no último dia 13.
O crime aconteceu no último dia 13 de abril, no bairro Jardim das Oliveiras. O policial da reserva estava sentado na calçada de um estabelecimento comercial quando um veículo Polo, que acabava de ser roubado pelos assaltantes, se aproximou e exigiu que o PM passasse o celular. Ele, que estava de folga, à paisana e armado, reagiu e entrou em luta corporal com um dos criminosos, que conseguiu se desvencilhar e disparou contra a vítima.
Ainda de acordo com a delegada, um dos disparos atingiu a cabeça do PM. Os criminosos ainda levaram a arma do policial, fugiram no carro e o abandonaram em um matagal nas imediações da Cidade 2000.
De acordo com Guia, eles atuavam há, no mínimo, quatro meses na região. Segundo ela, eles moravam numa região dominada por uma facção, mas assaltavam em um área da facção rival.
“Os autuados disseram que, até por rodar muito, era o motorista de aplicativo quem escolhia os locais para serem assaltados”, conta. Os homens estavam em dois carros: um deles roubado no mesmo dia da tentativa de latrocínio e o de Dennys, dando apoio aos criminosos.
“O Dennys deixava os demais em um carro roubado, enquanto ele ficava dando apoio nas imediações no carro que ele utilizava nos aplicativos".
Digitais possibilitaram identificação
Segundo Rômulo Lima, coordenador da Perícia Criminal da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), foram as digitais deixadas no veículo abandonado que possibilitaram a identificação de um dos suspeitos. “Nós fomos acionados após o carro ser encontrado na cidade 2000 e, chegando ao local, a Perícia conseguiu identificar digitais dois dois primeiros presos”, conta. Ele destaca que o trabalho da Polícia Militar na preservação dos vestígios foi fundamental.
Ao chegar no local, a Perícia colheu o material papiloscópico, ou seja, algumas digitais que foram deixadas no carro. Uma das digitais, a Pefoce conseguiu materializar e confirmar que era do Francisco Fábio Santos de Souza, 18, preso no último dia 13.
Do motorista de aplicativo preso não havia nenhum material no carro, já que ele usou o próprio veículo. "Cada um tinha uma função e sabia exatamente o que iria fazer na cena", informa Guia. A delegada diz que o grupo atuava em áreas diversas e ainda não há uma estimativa de quantos crimes do tipo o grupo cometeu.
FONTE: O POVO
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