De acordo com a corporação, 33 pessoas foram detidas neste domingo (23), durante a realização do processo seletivo na Faculdade de Ciências Médicas, na capital mineira. Nesta manhã, equipes de investigadores fizeram diligências em outras duas cidades de Minas e São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, o trabalho de investigação já durava oito meses e desbaratou a organização criminosa especializada em fraudar vestibulares de medicina e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), especialmente com a venda de vagas a um custo que variava de R$ 70 mil a R$ 200 mil. A corporação informou que foram apreendidos cadernos de provas do Enem, gabaritos e comprovantes de depósitos.
A operação, batizada de Hemostase II, tem a participação do Ministério Público de Minas Gerais. Os detidos foram conduzidos para a sede de uma promotoria em Belo Horizonte, no bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul, onde prestam depoimento desde a madrugada desta segunda (24). No fim da manhã, algumas pessoas começaram a ser liberadas.
"Com relação aos meus clientes, não serão soltos. Todos estão com prisão temporária decretada por cinco dias. Não se sabe se vai haver uma renovação deste pedido ou se vai haver prisão preventiva para um caso desses que são supostos chefe da situação", disse o advogado Délio Granda, que representa os suspeitos de comandar o esquema.
Lúcio Adolfo, que defende cinco alunos detidos, diz que os clientes afirmam que não chegaram a usar o sistema de fraude. Todos eles, de acordo com o advogado, já foram liberados. Adolfo falou que três dos clientes foram soltos após pagamento de fiança. De acordo com o advogado, os outros não ficaram detidos por não ter sido encontrado nada que os incriminasse.
Segundo a Polícia Civil, o trabalho de investigação já durava oito meses e desbaratou a organização criminosa especializada em fraudar vestibulares de medicina e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), especialmente com a venda de vagas a um custo que variava de R$ 70 mil a R$ 200 mil. A corporação informou que foram apreendidos cadernos de provas do Enem, gabaritos e comprovantes de depósitos.
A operação, batizada de Hemostase II, tem a participação do Ministério Público de Minas Gerais. Os detidos foram conduzidos para a sede de uma promotoria em Belo Horizonte, no bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul, onde prestam depoimento desde a madrugada desta segunda (24). No fim da manhã, algumas pessoas começaram a ser liberadas.
"Com relação aos meus clientes, não serão soltos. Todos estão com prisão temporária decretada por cinco dias. Não se sabe se vai haver uma renovação deste pedido ou se vai haver prisão preventiva para um caso desses que são supostos chefe da situação", disse o advogado Délio Granda, que representa os suspeitos de comandar o esquema.
Lúcio Adolfo, que defende cinco alunos detidos, diz que os clientes afirmam que não chegaram a usar o sistema de fraude. Todos eles, de acordo com o advogado, já foram liberados. Adolfo falou que três dos clientes foram soltos após pagamento de fiança. De acordo com o advogado, os outros não ficaram detidos por não ter sido encontrado nada que os incriminasse.
Operação Hemostase II apreendeu carros de luxo, em Belo Horizonte. (Foto: Alex Araújo/G1)
A polícia informou que o grupo detido inclui 11 integrantes da quadrilha e 22 candidatos que faziam a prova. A investigação aponta que a quadrilha era chefiada por dois mineiros: Áureo Moura Ferreira, que mora em Teófilo Otoni, e Carlos Roberto Leite Lobo, empresário que reside em Guarujá. Um policial civil de Governador Valadares, na Região Leste de Minas Gerais, também está preso.
Na casa de Ferreira, a polícia apreendeu dois carros e uma moto importados, aparelhos eletrônicos de escuta, computadores e documentos. "Nós encontramos aqui materiais envolvidos com a fraude, cadernos do Enem, uma grande quantidade de materiais que sinalizam para este tipo de fraude", disse o delegado Jeferson Botelho, que é superintendente de Investigação e Polícia Judiciária de Minas. Já no Guarujá, na casa de Lobo, foram apreendidos aparelhos de escuta e provas de vestibulares.
A polícia detalhou o modo como o grupo agia. Na fraude, pessoas faziam parte das provas rapidamente, saiam com os resultados das questões e repassavam para os candidatos compradores das vagas por meio de transmissão eletrônica. Os equipamentos incluíam micropontos eletrônicos e um moderno sistema de transmissão de dados, que teria sido adquirido por US$ 200 mil. Segundo a polícia, médicos residentes e professores universitários participavam do esquema.
A Polícia Civil informou também que os alunos podem responder por fraude. Já os suspeitos de integrar a quadrilha podem responder por organização criminosa, além de fraude.
A Faculdade de Ciências Médicas afirmou que, ao ser informada da suspeita pela Polícia Civil, deu abertura para que a investigação prosseguisse. Ainda segundo a instituição, desde o início do processo seletivo neste domingo (23), havia policiais no campus e houve empenho para manter a integridade do vestibular. A faculdade afirma também que, até o momento, não houve prejuízo para o processo seletivo, não havendo motivo para o cancelamento. Os candidatos já identificados pela polícia vão ser excluídos, conforme previsão edital.
Hemostase I
Em dezembro de 2013, durante a Operação Hemostase I, a Polícia Civil já havia desarticulado uma quadrilha que fraudava vestibulares de medicina em instituições particulares. Na ocasião, 21 suspeitos – entre estudantes, médicos e empresários – foram presos e tiveram os bens bloqueados. Ao todo, segundo a corporação, 36 pessoas foram indiciadas. Como na época foram levantados indícios de fraude no Enem, o caso foi repassado para a Polícia Federal.
AUTOR: G1/MG
A polícia informou que o grupo detido inclui 11 integrantes da quadrilha e 22 candidatos que faziam a prova. A investigação aponta que a quadrilha era chefiada por dois mineiros: Áureo Moura Ferreira, que mora em Teófilo Otoni, e Carlos Roberto Leite Lobo, empresário que reside em Guarujá. Um policial civil de Governador Valadares, na Região Leste de Minas Gerais, também está preso.
Na casa de Ferreira, a polícia apreendeu dois carros e uma moto importados, aparelhos eletrônicos de escuta, computadores e documentos. "Nós encontramos aqui materiais envolvidos com a fraude, cadernos do Enem, uma grande quantidade de materiais que sinalizam para este tipo de fraude", disse o delegado Jeferson Botelho, que é superintendente de Investigação e Polícia Judiciária de Minas. Já no Guarujá, na casa de Lobo, foram apreendidos aparelhos de escuta e provas de vestibulares.
A polícia detalhou o modo como o grupo agia. Na fraude, pessoas faziam parte das provas rapidamente, saiam com os resultados das questões e repassavam para os candidatos compradores das vagas por meio de transmissão eletrônica. Os equipamentos incluíam micropontos eletrônicos e um moderno sistema de transmissão de dados, que teria sido adquirido por US$ 200 mil. Segundo a polícia, médicos residentes e professores universitários participavam do esquema.
A Polícia Civil informou também que os alunos podem responder por fraude. Já os suspeitos de integrar a quadrilha podem responder por organização criminosa, além de fraude.
A Faculdade de Ciências Médicas afirmou que, ao ser informada da suspeita pela Polícia Civil, deu abertura para que a investigação prosseguisse. Ainda segundo a instituição, desde o início do processo seletivo neste domingo (23), havia policiais no campus e houve empenho para manter a integridade do vestibular. A faculdade afirma também que, até o momento, não houve prejuízo para o processo seletivo, não havendo motivo para o cancelamento. Os candidatos já identificados pela polícia vão ser excluídos, conforme previsão edital.
Hemostase I
Em dezembro de 2013, durante a Operação Hemostase I, a Polícia Civil já havia desarticulado uma quadrilha que fraudava vestibulares de medicina em instituições particulares. Na ocasião, 21 suspeitos – entre estudantes, médicos e empresários – foram presos e tiveram os bens bloqueados. Ao todo, segundo a corporação, 36 pessoas foram indiciadas. Como na época foram levantados indícios de fraude no Enem, o caso foi repassado para a Polícia Federal.
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