A polícia de Parnaíba já tem fortes indícios de que a tragédia ocorrida no final da tarde desta segunda-feira (24/11) no Porto das Barcas, foi premeditada. Ainda de acordo com a polícia, Edilson Moraes Brito poderia ter feito mais uma vítima se a arma que ele usava não tivesse descarregado. Tudo leva a crer que disputas comerciais provocaram o momento de fúria no famoso empresário conhecido como “Rei do Delta”, um dos percussores no ramo do turismo no Piauí, e que acabou na morte dele, da esposa e do jovem empresário Mateus Portela.
No final da tarde desta terça-feira (25/11) a reportagem do 180 falou por telefone com o delegado Artur Barros, titular da 2º Delegacia de Polícia da cidade de Parnaíba. Ele deu alguns detalhes do que já foi coletado em depoimentos colhidos durante o dia de hoje e que dão pistas sobre a motivação do crime que chocou o estado.
“Até o momento ouvimos basicamente os funcionários das empresas e os policiais que tiveram no local. Como a família ainda está muito abalada não tivemos condições nenhuma de interrogá-los neste momento. Uma testemunha muito importante e que estava na hora já foi ouvida e temos muitos detalhes que vão ajudar na resolução do caso”, disse o delegado, ressaltando que a possibilidade de crime passional, baseado nos depoimentos colhidos até agora, está quase que descartada.
RELACIONAMENTO AMIGÁVEL
Sobre os relatos de que Edilson e Mateus tinham uma rixa por conta do negócio, o delegado diz que até agora os depoimentos colhidos não mostram clima de animosidade entre os dois. “Se ele tinha algo, e deveria ter, guardou pra ele. O Edilson era pioneiro no ramo do turismo na região e estava em queda nos negócios, enquanto a empresa de Mateus seguia em ascensão”, disse o delegado Artur Barros.
Questionado pelo 180 se informações sobre relacionamento extraconjugal teriam chegado à polícia, o delegado respondeu da seguinte forma. “Sobre a esposa dele ter sido morta, foi porque ela tentou impedir Edilson de matar o gerente”, referindo-se ao funcionário da Clip Turismo. O delegado disse ter ouvido depoimentos importantes do funcionário que estava no local, e que narram a sequência de como os fatos ocorreram, completando que não há até agora indícios de que a motivação tenha sido passional.
Polícia ainda não chegou a indícios de crime passional
EMPRESÁRIO MARCOU REUNIÃO
Um dos indicativos de que a polícia adota ao suspeitar de premeditação foi uma reunião marcada pelo empresário Edilson Brito com os empresários de turismo que trabalham no Porto das Barcas. “Nesta reunião eles fechariam um acordo, mas o pai do Mateus, o Genilson, não pode ir. Numa confusão, Mateus entrou no meio e foi morto. A esposa tentou impedir a morte do gerente da Clip e foi morta”, relata o delegado sobre a sequências dos crimes.
Artur Barros conta ainda que Moraes foi até a “Casa do Turista”, loja de artesanatos, e só não matou o gerente do lugar porque a arma descarregou. “Sempre que chegava turistas nesta lojinha, que queriam fazer passeio, o dono indicava a Clip, o que pode ter gerado algum tipo de ira no Moraes”, diz o delegado. Ao perceber que a arma descarregou, ele foi para o banheiro de um restaurante, onde recarregou a arma e apontou-a para a cabeça.
EMPRESÁRIO MARCOU REUNIÃO
Um dos indicativos de que a polícia adota ao suspeitar de premeditação foi uma reunião marcada pelo empresário Edilson Brito com os empresários de turismo que trabalham no Porto das Barcas. “Nesta reunião eles fechariam um acordo, mas o pai do Mateus, o Genilson, não pode ir. Numa confusão, Mateus entrou no meio e foi morto. A esposa tentou impedir a morte do gerente da Clip e foi morta”, relata o delegado sobre a sequências dos crimes.
Artur Barros conta ainda que Moraes foi até a “Casa do Turista”, loja de artesanatos, e só não matou o gerente do lugar porque a arma descarregou. “Sempre que chegava turistas nesta lojinha, que queriam fazer passeio, o dono indicava a Clip, o que pode ter gerado algum tipo de ira no Moraes”, diz o delegado. Ao perceber que a arma descarregou, ele foi para o banheiro de um restaurante, onde recarregou a arma e apontou-a para a cabeça.
Após 10 minutos de negociação com policiais, acabou disparando contra si.
Na sequência, da esquerda para a direita, a Clip Turismo, empresa de Morais Brito e a Casa do Turista, nesta última, o gerente escapou de morrer
Além dos 11 projeteis disparados, a polícia encontrou também balas intactas na arma e no bolso do empresário.
Moraes Brito tinha pelo menos 22 projéteis, onze deles foram deflagrados
INQUÉRITO FINALIZA EM ATÉ 30 DIAS
A polícia deve finalizar o inquérito que apura a motivação do crime em até 30 dias, já que a materialidade e autoria já estão definidas, inclusive com o autor já em óbito, por ter cometido suicídio. O delegado afirma ainda que a arma, um revólver calibre 38, estava no nome de Moares Brito.
AUTOR: 180 GRAUS
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