O Silk Road 2.0 só podia ser acessado por meio da rede de anonimato Tor. Isso significa que o endereço verdadeiro do site não era conhecido e que as autoridades tiveram de descobri-lo de alguma forma.
A página foi criada por um indivíduo que usava o apelido de "DPR2", ou "Dread Pirate Roberts 2" (o Silk Road original era gerenciado por um "Dread Pirate Roberts"). Ainda durante o processo de criação do site, há um ano, um agente infiltrado conseguiu acesso privilegiado aos espaços que discutiam a criação e a manutenção do site. Ele ganhou a confiança do grupo e foi admitido como parte da equipe.
Em dezembro de 2013, "DPR2" quis se desligar do site depois que administradores do Silk Road original foram presos. Benthall, que usa o apelido de "Defcon", assumiu o controle do site e, segundo as autoridades, também passou a ser o receptor exclusivo das comissões geradas pelas vendas algum tempo depois.
Em maio de 2014, o FBI identificou um servidor que estaria abrigando o Silk Road 2.0. O servidor não estava nos Estados Unidos, mas não há informação sobre a localização do sistema. Autoridades locais fizeram uma cópia dos dados do servidor e enviaram ao FBI. O site "Silk Road 2.0" ficou fora do ar durante a cópia dos dados, o que as autoridades entenderam como confirmação de que o servidor suspeito realmente abrigava a página.
Em seguida, os dados cadastrais do responsável pelo servidor foram analisados, identificando um endereço de e-mail: "blake@benthall.net". Diversos registros de endereço IP de acesso ao e-mail e aos serviços de suporte do provedor do site Silk Road 2.0 foram obtidos pelas autoridades, que identificaram a ligação com Benthall. Nos exemplos citados, o e-mail foi acessado a partir de dois hotéis em que Benthall se hospedou.
Além de ser acusado de manter o site de venda de produtos ilegais, Benthall também é acusado de acessar sistemas sem autorização. Há ainda uma acusação por formação de quadrilha, mas nenhum outro responsável pelo site foi identificado até o momento.
O FBI não diz como chegou ao servidor que hospedou o Silk Road 2.0. No caso do site original, a explicação das autoridades ainda não convenceu alguns especialistas e está sendo motivo de disputa no processo contra Ross Ulbricht, o "Dread Pirate Roberts" que criou e administrou o Silk Road. O site não é o único que vende substâncias proibidas na rede Tor. Usuários podem procurar os mesmos produtos nos concorrentes Evolution e Agora.
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