Em protesto por melhores condições de trabalho e reivindicando políticas públicas que favoreçam a segurança, os sindicatos dos Policiais Civis de Carreiras do Estado do Ceará (Sinpol-CE) e dos Policiais Federais do Ceará (Sinpof-CE) realizaram um ato público, na manhã de ontem, no aterro da Praia de Iracema.
Eles colocaram cruzes na areia simbolizando os altos índices de homicídios no Estado. De acordo com o presidente do Sinpol-CE, Gustavo Simplício, a cada duas horas, morre uma pessoa no Ceará, segundo dados oficiais. Além disso, ele afirmar existir problemas administrativos na gestão da Segurança. "A polícia não deve trabalhar por metas, o policial já recebe o seu salário para cumprir sua função, não é correto gratificar para que ele trabalhe", disse Simplício.
Durante o protesto, os representantes dos policiais federais também demonstraram insatisfação com a situação. O presidente do Sinpof-CE Carlos Façanha disse que a categoria encontra-se fragilizada e inoperante.
Na década de 80, segundo Façanha, a PF no Ceará tinha um contingente de 4.300 policiais para uma população de 5 milhões de pessoas. Hoje, são 2.600 policiais para quase 9 milhões de pessoas. "Buscamos a reestruturação da PF", disse.
AUTOR: DN
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