Com as ruas cercadas pelos guardadores de carro, motoristas ficam sem opção. Alguns dizem que pagam para se proteger do próprio flanelinha. "Eu costumo pagar mais pelo que eles podem fazer com o meu carro, do que por uma questão de segurança", afirmou o ator Tiago Mendes.
O problema é ainda pior à noite, quando há grandes eventos, como shows e jogos de futebol. As ruas ficam lotadas de flanelinhas. Uma equipe da RBS TV acompanhou uma festa no Norte da Ilha de Santa Catarina. Antes do início, os flanelinhas ficam na rua. Porém, assim que o movimento diminui eles somem.
Levantamento mostra que há 3 perfis de flanelinhas que atuam em Florianópolis (Foto: Reprodução/RBS TV)
Em noites de jogos de futebol, basta parar o carro perto do estádio para um flanelinha aparecer. "Então, jogador, quer uma vaguinha VIP aqui?", pergunta o flanelinha. Quase sempre o espaço oferecido é público, mas tem preço. "É R$ 20, querido. Você paga agora por gentileza, só pra dar uma amenizada aí", disse.
Carro arrombado
O representante farmacêutico Matheus Pongeluppe se recusou a pagar e disse que teve o carro arrombado. "Optei por não pagar. Falei que a rua era pública e que eu estava no meu direito. Quando voltamos, por volta de 5h, a traseira do carro estava toda arrombada. Parecia que tinha sido outro carro que tinha batido, mas o engraçado é que na batida tinha uma linha reta, provavelmente feita por uma madeira que ele deve ter usado para destruir o carro", disse.
Perfil dos flanelinhas
Um levantamento mapeou o perfil dos flanelinhas que atuam em Florianópolis. São pelo menos três. "Há aqueles que ficam na área central da cidade, atuam em um ponto fixo há muitos anos, vivem disso e já são conhecidos. Outro grupo é formado pelos que têm outro tipo de renda e atuam somente em grandes eventos e baladas. O terceiro grupo inclui usuários de droga que fica perambulando pelo centro e diz que vai dar uma olhadinha, quando vê um carro estacionando", explicou o secretário de Assistência Social de Florianópolis, Alessandro Abreu.
Em noites de jogos de futebol, basta parar o carro perto do estádio para um flanelinha aparecer. "Então, jogador, quer uma vaguinha VIP aqui?", pergunta o flanelinha. Quase sempre o espaço oferecido é público, mas tem preço. "É R$ 20, querido. Você paga agora por gentileza, só pra dar uma amenizada aí", disse.
Carro arrombado
O representante farmacêutico Matheus Pongeluppe se recusou a pagar e disse que teve o carro arrombado. "Optei por não pagar. Falei que a rua era pública e que eu estava no meu direito. Quando voltamos, por volta de 5h, a traseira do carro estava toda arrombada. Parecia que tinha sido outro carro que tinha batido, mas o engraçado é que na batida tinha uma linha reta, provavelmente feita por uma madeira que ele deve ter usado para destruir o carro", disse.
Perfil dos flanelinhas
Um levantamento mapeou o perfil dos flanelinhas que atuam em Florianópolis. São pelo menos três. "Há aqueles que ficam na área central da cidade, atuam em um ponto fixo há muitos anos, vivem disso e já são conhecidos. Outro grupo é formado pelos que têm outro tipo de renda e atuam somente em grandes eventos e baladas. O terceiro grupo inclui usuários de droga que fica perambulando pelo centro e diz que vai dar uma olhadinha, quando vê um carro estacionando", explicou o secretário de Assistência Social de Florianópolis, Alessandro Abreu.
Lei
A Polícia Militar afirma que, apesar de ser um crime, coibir flanelinhas é um trabalho difícil pelas questões judiciais. "A questão do guardador de carro, conhecido como flanelinha, é de difícil repressão e controle, pois não há um crime específico no qual a gente possa enquadrar para coibir essa ação. Ela é nociva e grave, pois se trata de uma forma velada de extorsão", afirma o coronel Araújo Gomes.
Segundo o coronel, a polícia buscou na lei federal 6242/75, da década de 70, uma forma de tentar coibir a ação dos flanelinhas. A lei regulamenta a profissão de guardador de carro e lavador autônomo de veículo, exigindo registro na Delegacia Regional do Trabalho. Sem esse registro, eles podem ser processados por exercício ilegal da atividade.
A polícia diz que começou a enquadrar os flanelinhas por esse crime, mas parou depois que os 100 últimos termos circunstanciados, que poderiam levar a uma punição contra guardadores de carros, foram arquivados pela Justiça.
Para a polícia, a colaboração de todos é necessária para solucionar o problema. "Polícia e sociedade precisam dizer junto um basta e que não dá mais, e sistematicamente começar a se recusar a pagar. Pode haver problemas no início, necessidade de prender algumas pessoas, necessidade de intensificar o patrulhamento para garantir o patrimônio de quem se negou a pagar, mas eu não tenho a menor dúvida de que a médio prazo essa atividade deixa de ser rentável", defende o coronel Araújo Gomes.
AUTOR: G1/SC
A Polícia Militar afirma que, apesar de ser um crime, coibir flanelinhas é um trabalho difícil pelas questões judiciais. "A questão do guardador de carro, conhecido como flanelinha, é de difícil repressão e controle, pois não há um crime específico no qual a gente possa enquadrar para coibir essa ação. Ela é nociva e grave, pois se trata de uma forma velada de extorsão", afirma o coronel Araújo Gomes.
Segundo o coronel, a polícia buscou na lei federal 6242/75, da década de 70, uma forma de tentar coibir a ação dos flanelinhas. A lei regulamenta a profissão de guardador de carro e lavador autônomo de veículo, exigindo registro na Delegacia Regional do Trabalho. Sem esse registro, eles podem ser processados por exercício ilegal da atividade.
A polícia diz que começou a enquadrar os flanelinhas por esse crime, mas parou depois que os 100 últimos termos circunstanciados, que poderiam levar a uma punição contra guardadores de carros, foram arquivados pela Justiça.
Para a polícia, a colaboração de todos é necessária para solucionar o problema. "Polícia e sociedade precisam dizer junto um basta e que não dá mais, e sistematicamente começar a se recusar a pagar. Pode haver problemas no início, necessidade de prender algumas pessoas, necessidade de intensificar o patrulhamento para garantir o patrimônio de quem se negou a pagar, mas eu não tenho a menor dúvida de que a médio prazo essa atividade deixa de ser rentável", defende o coronel Araújo Gomes.
AUTOR: G1/SC
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