Após ser preso, o suspeito de matar a universitária Dóris Terra, 21 anos, no último fim de semana em São Francisco de Paula, na Serra do Rio Grande do Sul, confessou a autoria do crime à Polícia Civil. Ele foi detido na madrugada desta quinta-feira (24) em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Luis Paulo da Silva Nunes, de 31 anos, era considerado foragido desde que a Justiça determinou a prisão temporária dele. Segundo a delegada Fernanda Aranha, responsável pela investigação, Luis Paulo prestou depoimento durante horas. O relato foi gravado. Na ocasião, ele entregou os documentos da vítima e disse que a matou para roubar o carro dela.
O corpo da estudante foi encontrado na noite do último domingo (20) às margens da RS-020, na Serra gaúcha. O veículo que ela dirigia e o celular dela foram achados antes, em Canoas, cidade onde mora a família de Luis Paulo.
Segundo familiares, a jovem saiu de casa por volta das 14h daquele dia, para comprar um remédio na farmácia, e não voltou mais. Após o sumiço, parentes e amigos iniciaram uma mobilização nas redes sociais, com mensagens e pedidos de ajuda para encontrá-la.
Horas depois, surgiu a notícia da morte.
Luis Paulo da Silva Nunes, 31 anos é suspeito de matar jovem (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Suspeito é identificado
Na terça (22), a Polícia Civil divulgou a identidade do suspeito e imagens de câmera de segurança em que ele aparece caminhando na passarela de acesso a Estação Niterói do Trensurb (veja no vídeo acima).
Durante o percurso, o homem parece mancar. A gravação foi feita às 17h31 do dia do crime, segundo mostra no visor do vídeo.
Na ocasião, a polícia também divulgou uma foto do suspeito, com a intenção de tentar localizá-lo. O homem foi a Canoas porque familiares dele moram na cidade.
A delegada Fernanda Aranha, responsável pelo inquérito que apura o caso, revelou que uma testemunha reconheceu a faca utilizada no crime, encontrada perto do corpo de Dóris. O objeto era de sua propriedade e desapareceu de sua casa, que era frequentada pelo homem apontado pelo assassinato.
Polícia analisou mais de 100 horas de filmagem
Além do relato da testemunha, o delegado Marco Guns, titular da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos de Canoas, que auxilia na investigação do caso, destacou a análise de mais de 100 horas de filmagens, de câmeras de vigilância do percurso de São Francisco de Paula até Canoas, para ajudar na identificação do suspeito.
Suspeito é identificado
Na terça (22), a Polícia Civil divulgou a identidade do suspeito e imagens de câmera de segurança em que ele aparece caminhando na passarela de acesso a Estação Niterói do Trensurb (veja no vídeo acima).
Durante o percurso, o homem parece mancar. A gravação foi feita às 17h31 do dia do crime, segundo mostra no visor do vídeo.
Na ocasião, a polícia também divulgou uma foto do suspeito, com a intenção de tentar localizá-lo. O homem foi a Canoas porque familiares dele moram na cidade.
A delegada Fernanda Aranha, responsável pelo inquérito que apura o caso, revelou que uma testemunha reconheceu a faca utilizada no crime, encontrada perto do corpo de Dóris. O objeto era de sua propriedade e desapareceu de sua casa, que era frequentada pelo homem apontado pelo assassinato.
Polícia analisou mais de 100 horas de filmagem
Além do relato da testemunha, o delegado Marco Guns, titular da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos de Canoas, que auxilia na investigação do caso, destacou a análise de mais de 100 horas de filmagens, de câmeras de vigilância do percurso de São Francisco de Paula até Canoas, para ajudar na identificação do suspeito.
Dóris Terra foi morta em São Francisco de Paula (Foto: Reprodução/Facebook)
No caminho entre as duas cidades, a polícia acredita que Nunes tenha utilizado a BR-448, a Rodovia do Parque, que não possui aparelhos de monitoramento.
“Ele provavelmente veio pela BR-448, onde infelizmente não há câmeras nessa rodovia. Ali há uma série de acessos à Canoas, e um deles é pelo bairro Rio Branco (onde o carro de Dóris foi encontrado). Então ele estacionou o carro na Rua Boa Saúde”, observou Guns. O delegado explicou que as imagens mostram o automóvel chegando no local.
“Conseguimos definir que o carro é de fato o carro da vítima, uma vez que temos informações de que se tratava de um suspeito específico. Foi nos trazido as imagens de um homem que o inquérito apontou e comparou. Conferimos que as imagens eram compatíveis e as roupas eram iguais”, explicou Guns.
Ao comparar as informações, a polícia conseguiu definir que a morte da estudante ocorreu entre 15h e 16h de domingo (20).
Após ir em brechó e a farmácia, jovem não foi mais vista
Durante uma coletiva de imprensa, realizada no Palácio da Polícia, na tarde da última terça-feira (22), a delegada frisou que trabalhava inicialmente com a hipótese de um “eventual sequestro”, mas as investigações tomaram outro rumo após o corpo de Dóris ter sido localizado por volta das 23h de domingo (20).
No caminho entre as duas cidades, a polícia acredita que Nunes tenha utilizado a BR-448, a Rodovia do Parque, que não possui aparelhos de monitoramento.
“Ele provavelmente veio pela BR-448, onde infelizmente não há câmeras nessa rodovia. Ali há uma série de acessos à Canoas, e um deles é pelo bairro Rio Branco (onde o carro de Dóris foi encontrado). Então ele estacionou o carro na Rua Boa Saúde”, observou Guns. O delegado explicou que as imagens mostram o automóvel chegando no local.
“Conseguimos definir que o carro é de fato o carro da vítima, uma vez que temos informações de que se tratava de um suspeito específico. Foi nos trazido as imagens de um homem que o inquérito apontou e comparou. Conferimos que as imagens eram compatíveis e as roupas eram iguais”, explicou Guns.
Ao comparar as informações, a polícia conseguiu definir que a morte da estudante ocorreu entre 15h e 16h de domingo (20).
Após ir em brechó e a farmácia, jovem não foi mais vista
Durante uma coletiva de imprensa, realizada no Palácio da Polícia, na tarde da última terça-feira (22), a delegada frisou que trabalhava inicialmente com a hipótese de um “eventual sequestro”, mas as investigações tomaram outro rumo após o corpo de Dóris ter sido localizado por volta das 23h de domingo (20).
A partir de então, as possíveis causas da morte ficaram entre motivo passional ou patrimonial.
Delegada Fernanda é responsável por inquérito de morte de jovem (Foto: Reprodução/RBS TV)
Durante as investigações, a polícia conseguiu traçar a trajetória da vítima. Da casa de seus familiares, Dóris foi entregar roupas num brechó, o que acabou sendo confirmado. Em seguida, foi até uma farmácia, o que também ficou comprovado por imagens de câmeras.
“Ela comentou com a família que foi comprar remédio para aftas e depois teria ido a um mercado ao lado da farmácia. Depois disso, não foi mais vista”, explica a delegada.
A delegada responsável pelo caso sustentou que estava “convicta” em relação ao possível autor do crime. E, no início da noite de segunda-feira (21), pediu a representação pela prisão temporária do homem, o que foi analisado e deferido pelo Judiciário. Em seguida, começaram as buscas pelo suspeito.
Enterro de jovem é marcado por comoção
O enterro de Dóris Terra ocorreu no final da tarde de segunda-feira (21) no cemitério municipal de São Francisco de Paula. O velório ocorreu na Igreja Matriz, no centro da cidade gaúcha. Amigos, parentes e familiares acompanharam a cerimônia. O pai estava inconsolável.
O corpo da jovem chegou por voltas 13h30 na igreja, onde dezenas de pessoas aguardavam. O ingresso do caixão no local causou comoção nos familiares da vítima.
O caso chocou o município de 21 mil habitantes pela crueldade e também em função da popularidade da família na cidade. Dóris era filha de Sérgio Bandoca, ex-prefeito de São Francisco de Paula.
Durante as investigações, a polícia conseguiu traçar a trajetória da vítima. Da casa de seus familiares, Dóris foi entregar roupas num brechó, o que acabou sendo confirmado. Em seguida, foi até uma farmácia, o que também ficou comprovado por imagens de câmeras.
“Ela comentou com a família que foi comprar remédio para aftas e depois teria ido a um mercado ao lado da farmácia. Depois disso, não foi mais vista”, explica a delegada.
A delegada responsável pelo caso sustentou que estava “convicta” em relação ao possível autor do crime. E, no início da noite de segunda-feira (21), pediu a representação pela prisão temporária do homem, o que foi analisado e deferido pelo Judiciário. Em seguida, começaram as buscas pelo suspeito.
Enterro de jovem é marcado por comoção
O enterro de Dóris Terra ocorreu no final da tarde de segunda-feira (21) no cemitério municipal de São Francisco de Paula. O velório ocorreu na Igreja Matriz, no centro da cidade gaúcha. Amigos, parentes e familiares acompanharam a cerimônia. O pai estava inconsolável.
O corpo da jovem chegou por voltas 13h30 na igreja, onde dezenas de pessoas aguardavam. O ingresso do caixão no local causou comoção nos familiares da vítima.
O caso chocou o município de 21 mil habitantes pela crueldade e também em função da popularidade da família na cidade. Dóris era filha de Sérgio Bandoca, ex-prefeito de São Francisco de Paula.
Corpo de Dóris foi enterrado em São Francisco de Paula (Foto: Jonas Campos/RBS TV)
AUTOR: G1/RS
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