A companheira de Mamede ficou em silêncio ao deixar a delegacia. Após mais de 12 horas de depoimentos e diligências sobre o crime, testemunhas do caso também afirmaram na madrugada de terça-feira que a jovem assumiu para a polícia a autoria do crime. O delegado titular do Setor de Homicídios e responsável pelo caso, Rui Pegolo, no entanto, nega que houve confissão formal.
"As investigações avançaram satisfatoriamente hoje [segunda-feira]. Vamos receber as cópias das imagens do circuito de segurança do campus. Dependemos da parte contrária ser ouvida, ouvir amigos da vítima para finalizar o inquérito. Isso deve ocorrer até o fim desta semana", afirma Pegolo. As testemunhas ouvidas pela Polícia Civil na segunda-feira (23) foram liberadas após prestarem esclarecimentos. Segundo alguns policiais ouvidos pelo G1, a falta da situação de flagrante, quando o autor é pego imediatamente após o crime, pode explicar o fato de a menina ter sido liberada pelo delegado.
Jovem é suspeita de matar estudante em festa na Unicamp (Foto: Ricardo Custódio/EPTV)
'Bati, mas não matei'
Companheiro da suspeita, Anderson Mamede também participou da confusão e, na manhã de segunda-feira, negou a autoria do crime, mas admitiu ter agredido Denis Casagrande. "Eu bati nele [com o skate] porque ele assediou a minha namorada, mas não fui eu que dei a facada, eu não matei e não estava com a faca", afirmou o rapaz ao deixar o Setor de Homicídios acompanhado do delegado Rui Pegolo para uma diligência.
Durante todo o dia, um adolescente, que é amigo do casal e presenciou a briga, também permaneceu na delegacia para ser ouvido. Na saída do prédio, ele também relatou que a jovem confessou o crime e, ao lado da mãe, que preferiu não se identificar, repetiu o discurso de que ela teria agido em legítima defesa. "Ele provocou. Não só para xavecar. Eles queriam que a gente saísse da festa", contou o menor que disse que a turma, que se autointitula "punk", teria sido hostilizada por universitários.
Faca apreendida
Por volta das 23h de segunda, o delegado Rui Pegolo e parte da equipe dele saíram em diligência com a garota suspeita. Policiais relataram ao G1 que eles teriam ido até a Unicamp, no local onde ela teria abandonado a arma usada no crime. Quando retornaram para a delegacia, um dos investigadores carregava um objeto em formato de faca envolto por um plástico. Questionado sobre a apreensão da arma, o responsável pelo caso disse que esta informação ainda não pode ser divulgada.
'Da paz'
O estudante de engenharia de controle e automação foi esfaqueado dentro do campus, na madrugada de sábado, durante uma festa universitária. "Ele era um menino da paz. Estava até envolvido em uma campanha contra a violência em Barão Geraldo", disse a mãe da vítima, Maria Lurdes Papa Casagrande, que vive em Piracicaba (SP).
Nas redes sociais, amigos do universitário também saíram em defesa do rapaz. "Quem o conhecia sabe muito bem que Denis nunca apresentou histórico de comportamento desrespeitoso como o que tem sido veiculado. Além do mais, nunca participaria de uma 'briga' como essa e tampouco por uma garota totalmente desconhecida".
Omissão de socorro
A família acusa a universidade de omissão de socorro, já que, segundo a mãe dele, estudantes pediram auxílio da segurança para providenciar ajuda à vítima, o que foi negado. “Eles pediram parar entrar com o veículo para socorrê-lo, mas só tiveram permissão quando meu filho já estava praticamente morto”, disse Maria Lourdes.
Unicamp diz que festa é ilegal
A entrada de carros no campus é restrita. Questionada pelo G1 a universidade disse apenas, em nota oficial, que por meio de suas instâncias institucionais, “acompanhará as investigações com todo empenho e atenção que o caso merece”. E reafirmou que a festa foi organizada sem autorização da instituição, e que irá “apurar as responsabilidades sobre a realização e os fatos ocorridos”. A Unicamp declarou luto oficial de três dias em razão do falecimento do universitário.
No boletim de ocorrência, é mencionada uma “briga generalizada” durante a festa. Em publicação em rede social, amigos da vítima questionam a versão. “Primeiramente, sabe-se que não foi uma briga que causou o assassinato de Denis e sim o assassinato de Denis que desencadeou a revolta dos presentes”, diz o texto.
'Bati, mas não matei'
Companheiro da suspeita, Anderson Mamede também participou da confusão e, na manhã de segunda-feira, negou a autoria do crime, mas admitiu ter agredido Denis Casagrande. "Eu bati nele [com o skate] porque ele assediou a minha namorada, mas não fui eu que dei a facada, eu não matei e não estava com a faca", afirmou o rapaz ao deixar o Setor de Homicídios acompanhado do delegado Rui Pegolo para uma diligência.
Durante todo o dia, um adolescente, que é amigo do casal e presenciou a briga, também permaneceu na delegacia para ser ouvido. Na saída do prédio, ele também relatou que a jovem confessou o crime e, ao lado da mãe, que preferiu não se identificar, repetiu o discurso de que ela teria agido em legítima defesa. "Ele provocou. Não só para xavecar. Eles queriam que a gente saísse da festa", contou o menor que disse que a turma, que se autointitula "punk", teria sido hostilizada por universitários.
Faca apreendida
Por volta das 23h de segunda, o delegado Rui Pegolo e parte da equipe dele saíram em diligência com a garota suspeita. Policiais relataram ao G1 que eles teriam ido até a Unicamp, no local onde ela teria abandonado a arma usada no crime. Quando retornaram para a delegacia, um dos investigadores carregava um objeto em formato de faca envolto por um plástico. Questionado sobre a apreensão da arma, o responsável pelo caso disse que esta informação ainda não pode ser divulgada.
'Da paz'
O estudante de engenharia de controle e automação foi esfaqueado dentro do campus, na madrugada de sábado, durante uma festa universitária. "Ele era um menino da paz. Estava até envolvido em uma campanha contra a violência em Barão Geraldo", disse a mãe da vítima, Maria Lurdes Papa Casagrande, que vive em Piracicaba (SP).
Nas redes sociais, amigos do universitário também saíram em defesa do rapaz. "Quem o conhecia sabe muito bem que Denis nunca apresentou histórico de comportamento desrespeitoso como o que tem sido veiculado. Além do mais, nunca participaria de uma 'briga' como essa e tampouco por uma garota totalmente desconhecida".
Omissão de socorro
A família acusa a universidade de omissão de socorro, já que, segundo a mãe dele, estudantes pediram auxílio da segurança para providenciar ajuda à vítima, o que foi negado. “Eles pediram parar entrar com o veículo para socorrê-lo, mas só tiveram permissão quando meu filho já estava praticamente morto”, disse Maria Lourdes.
Unicamp diz que festa é ilegal
A entrada de carros no campus é restrita. Questionada pelo G1 a universidade disse apenas, em nota oficial, que por meio de suas instâncias institucionais, “acompanhará as investigações com todo empenho e atenção que o caso merece”. E reafirmou que a festa foi organizada sem autorização da instituição, e que irá “apurar as responsabilidades sobre a realização e os fatos ocorridos”. A Unicamp declarou luto oficial de três dias em razão do falecimento do universitário.
No boletim de ocorrência, é mencionada uma “briga generalizada” durante a festa. Em publicação em rede social, amigos da vítima questionam a versão. “Primeiramente, sabe-se que não foi uma briga que causou o assassinato de Denis e sim o assassinato de Denis que desencadeou a revolta dos presentes”, diz o texto.
Festa ocorreu no Ciclo Básico da Unicamp em Campinas (Foto: Reprodução/ EPTV)
AUTOR: G1/SP
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