Casal namorava há mais de uma ano, segundo a polícia (Foto: Reproção/Facebook)
Familiares de Mikaelly Moreira Nunes, de 23 anos, morta após ter o corpo queimado em Caldazinha, a 22 quilômetros de Goiânia, dizem que o atentado foi planejado. A suspeita do crime, uma jovem de 20 anos, teria interesse no namorado da vítima, que também foi atingido, e inveja do casal. "Ela [a suspeita] premeditou esse crime", disse a tia da garota, Fátima da Silva.
A polícia também vê indícios de premeditação no crime, que aconteceu no último sábado (26) em uma chácara da família da jovem. Mikaelly teve mais de 50% do corpo queimado, incluindo pescoço e face. A estudante não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde de quarta-feira (30), no Hospital Geral de Goiânia (HGG).
O namorado, de 33 anos, está internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia e o estado de saúde dele é estável.
Revoltada, a tia pede Justiça. "Ela foi lá com a intenção de matar essa menina, uma moça que só vivia sorrindo e não fazia mal nem a uma formiga", desabafa.
Cunhado de Mikaelly, Júnio Macedo Santos também acredita que a jovem tenha premeditado o ataque. Ele conta que ela chegou à chácara com uma mochila. Dentro, ela teria levado um litro de álcool, um fósforo e uma vasilha de sorvete vazia. "Ela foi até a sala e disse ao namorado da Mikaelly que ele tinha cinco minutos para tirar ela de lá. Em seguida, foi até o quarto, colocou o álcool na vasilha de sorvete e, em seguida, com o fósforo na mão, jogou o álcool e ateou fogo no casal", relatou o parente ao G1, por e-mail.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Senador Canedo, responsável pela região de Caldazinha. Em entrevista ao G1, o delegado Thiago de Castro Teixeira disse haver indícios de premeditação: "Ao que tudo indica, ela planejou esse crime em detalhes".
"Ela ligou para o namorado, filho do dono da chácara e primo da Mikaelly, perguntou quem estava no local e pediu para ele ir buscá-la", afirma Thiago. Segundo o delegado, o rapaz havia respondido que a vítima, de quem a suspeita não gostava, estava lá.
Segundo o delegado, baseado em relatos da família, além de chegar ao local com os objetos usados no crime, a suspeita cometeu o ataque por volta das 17h, horário em que o seu avô, dono de uma chácara ao lado, sempre vai ao local para alimentar animais. O avô teria, então, levado a jovem para Bonfinópolis, município vizinho a Caldazinha, onde ela mora.
Dono da chácara onde o crime aconteceu e tio de Mikaelly, Almir Moreira dos Santos contou, em entrevista ao G1, que ela sempre costumava passar os fins de semana no local. Muito abatido, ele diz que a suspeita, diferente do que informou a polícia, não era namorada de seu filho. "Ela se infiltrou no meio da gente para poder fazer esse crime. Espero que ela pague pelo que fez", desabafou.
O próprio Almir apagou as chamas que cobria o corpo da sobrinha. De acordo com o delegado, o namorado da vítima correu e pulou em uma represa. O casal foi levado para um hospital em Bonfinópolis e, posteriormente, transferido para Goiânia.
Por volta das 12h de quarta-feira, ela não resistiu aos ferimentos e morreu. A jovem era estudante do curso técnico em radiologia e se formaria no meio deste ano.
Ferida
Após a morte da vítima, o advogado da suspeita procurou a polícia e disse que ela também se queimou e teve de passar por cirurgia. De acordo com ele, a suspeita disse aos seus familiares que cometeu o crime para se defender. “Ela contou que teria sido agredido por Mikaelly e revidou”, relatou o delegado.
Thiago de Castro espera ouvir a jovem para indiciá-la por homicídio e tentativa de homicídio. "O advogado falou que trará o atestado médico e, assim que ela tiver alta, vai se apresentar", adiantou.
AUTOR: G1/GO
Familiares de Mikaelly Moreira Nunes, de 23 anos, morta após ter o corpo queimado em Caldazinha, a 22 quilômetros de Goiânia, dizem que o atentado foi planejado. A suspeita do crime, uma jovem de 20 anos, teria interesse no namorado da vítima, que também foi atingido, e inveja do casal. "Ela [a suspeita] premeditou esse crime", disse a tia da garota, Fátima da Silva.
A polícia também vê indícios de premeditação no crime, que aconteceu no último sábado (26) em uma chácara da família da jovem. Mikaelly teve mais de 50% do corpo queimado, incluindo pescoço e face. A estudante não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde de quarta-feira (30), no Hospital Geral de Goiânia (HGG).
O namorado, de 33 anos, está internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia e o estado de saúde dele é estável.
Revoltada, a tia pede Justiça. "Ela foi lá com a intenção de matar essa menina, uma moça que só vivia sorrindo e não fazia mal nem a uma formiga", desabafa.
Cunhado de Mikaelly, Júnio Macedo Santos também acredita que a jovem tenha premeditado o ataque. Ele conta que ela chegou à chácara com uma mochila. Dentro, ela teria levado um litro de álcool, um fósforo e uma vasilha de sorvete vazia. "Ela foi até a sala e disse ao namorado da Mikaelly que ele tinha cinco minutos para tirar ela de lá. Em seguida, foi até o quarto, colocou o álcool na vasilha de sorvete e, em seguida, com o fósforo na mão, jogou o álcool e ateou fogo no casal", relatou o parente ao G1, por e-mail.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Senador Canedo, responsável pela região de Caldazinha. Em entrevista ao G1, o delegado Thiago de Castro Teixeira disse haver indícios de premeditação: "Ao que tudo indica, ela planejou esse crime em detalhes".
"Ela ligou para o namorado, filho do dono da chácara e primo da Mikaelly, perguntou quem estava no local e pediu para ele ir buscá-la", afirma Thiago. Segundo o delegado, o rapaz havia respondido que a vítima, de quem a suspeita não gostava, estava lá.
Segundo o delegado, baseado em relatos da família, além de chegar ao local com os objetos usados no crime, a suspeita cometeu o ataque por volta das 17h, horário em que o seu avô, dono de uma chácara ao lado, sempre vai ao local para alimentar animais. O avô teria, então, levado a jovem para Bonfinópolis, município vizinho a Caldazinha, onde ela mora.
Dono da chácara onde o crime aconteceu e tio de Mikaelly, Almir Moreira dos Santos contou, em entrevista ao G1, que ela sempre costumava passar os fins de semana no local. Muito abatido, ele diz que a suspeita, diferente do que informou a polícia, não era namorada de seu filho. "Ela se infiltrou no meio da gente para poder fazer esse crime. Espero que ela pague pelo que fez", desabafou.
O próprio Almir apagou as chamas que cobria o corpo da sobrinha. De acordo com o delegado, o namorado da vítima correu e pulou em uma represa. O casal foi levado para um hospital em Bonfinópolis e, posteriormente, transferido para Goiânia.
Por volta das 12h de quarta-feira, ela não resistiu aos ferimentos e morreu. A jovem era estudante do curso técnico em radiologia e se formaria no meio deste ano.
Ferida
Após a morte da vítima, o advogado da suspeita procurou a polícia e disse que ela também se queimou e teve de passar por cirurgia. De acordo com ele, a suspeita disse aos seus familiares que cometeu o crime para se defender. “Ela contou que teria sido agredido por Mikaelly e revidou”, relatou o delegado.
Thiago de Castro espera ouvir a jovem para indiciá-la por homicídio e tentativa de homicídio. "O advogado falou que trará o atestado médico e, assim que ela tiver alta, vai se apresentar", adiantou.
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