A comemoração pré-carnaval realizada na Praça Manuel Dias Macedo, no cruzamento das Ruas Almeida Filho e Doutor Atualpa, no bairro Ellery, terminou de forma trágica, na madrugada de ontem. Uma pessoa foi morta e outras duas ficaram feridas, uma delas gravemente, por tiros disparados, supostamente, por policiais militares do Ronda do Quarteirão.
De acordo com informações de moradores, o evento terminou por volta de 21 horas e alguns ´paredões´ de som continuaram ligados na praça. Os barulhos oriundos dos sons dos veículos resultaram em denúncias à Polícia e uma patrulha do Ronda do Quarteirão foi acionada para resolver a situação.
Três policiais chegaram e, por volta de meia-noite, deram ordem para que os aparelhos automotivos fossem desligados. Ainda segundo testemunhas, além de desacatar a ordem, as pessoas que perturbavam a ordem pública jogaram pedras e proferiram insultos aos policiais, que revidaram com disparos.
Jovem morta
A jovem Ingrid Maiara Oliveira Lima estava na praça quando foi atingida pelos disparos FOTO: REPRODUÇÃO
Uma jovem chamada Ingrid Maiara Oliveira Lima, 19, estava nas proximidades de onde a confusão acontecia quando foi atingida pelos tiros. Uma tia da vítima, que preferiu não se identificar, disse que a menina estava ajudando a avó a desmontar a barraca, que as duas usavam para vender comida no evento, quando foi atingida. "Não acho que ela foi morta por uma bala perdida. Ela foi morta pela Polícia, que estava atirando sem nenhum cuidado", disse a parente de Maiara.
Uma amiga da vítima, que também não quis se identificar, disse que os policiais chegaram a colocar Maiara dentro da viatura, na tentativa de socorrê-la, mas ela teria morrido a caminho do hospital. "Fico muito triste de ver que uma pessoa inocente foi morta de maneira tão cruel e desnecessária", afirmou.
Maiara era casada e deixa uma filha de um ano. A jovem foi sepultada às 14 horas de ontem, no Cemitério do Bom Jardim. Além dela, duas outras pessoas ficaram feridas pelos tiros, um comerciante do bairro, identificado apenas como ´Rogério´, que não corre risco de morte; e um estudante de 18 anos, identificado como Igor Andrade.
Um amigo de Igor, que não revelou sua identidade, disse que a situação em que ele foi ferido foi praticamente igual a de Maiara. O jovem também foi socorrido pelos policiais e permanece internado no Instituto Doutor José Frota (IJF). "Nós temos muita fé. Enquanto ele respirar teremos esperança, mas o hospital avisou à família dele que o quadro é irreversível".
Depois do tumulto, a população revoltada com a ação da PM ateou fogo em alguns banheiros químicos que estavam na rua. As chamas atingiram árvores e foram controladas minutos após.
Uma carta de repúdio a atitude dos policiais sendo elaborada por integrantes de ONGs, associações de moradores e grupos religiosas do local, e deverá ser entregue ao comando da PM e ao secretário de Segurança Pública do Estado nos próximos dias.
O comandante do Ronda do Quarteirão, tenente-coronel, Paulo Sérgio Ferreira, e o tenente-coronel, Fernando Albano, relações públicas da PM, foram procurados pela reportagem, mas não atenderam às ligações.
AUTOR: DN
Uma amiga da vítima, que também não quis se identificar, disse que os policiais chegaram a colocar Maiara dentro da viatura, na tentativa de socorrê-la, mas ela teria morrido a caminho do hospital. "Fico muito triste de ver que uma pessoa inocente foi morta de maneira tão cruel e desnecessária", afirmou.
Maiara era casada e deixa uma filha de um ano. A jovem foi sepultada às 14 horas de ontem, no Cemitério do Bom Jardim. Além dela, duas outras pessoas ficaram feridas pelos tiros, um comerciante do bairro, identificado apenas como ´Rogério´, que não corre risco de morte; e um estudante de 18 anos, identificado como Igor Andrade.
Um amigo de Igor, que não revelou sua identidade, disse que a situação em que ele foi ferido foi praticamente igual a de Maiara. O jovem também foi socorrido pelos policiais e permanece internado no Instituto Doutor José Frota (IJF). "Nós temos muita fé. Enquanto ele respirar teremos esperança, mas o hospital avisou à família dele que o quadro é irreversível".
Depois do tumulto, a população revoltada com a ação da PM ateou fogo em alguns banheiros químicos que estavam na rua. As chamas atingiram árvores e foram controladas minutos após.
Uma carta de repúdio a atitude dos policiais sendo elaborada por integrantes de ONGs, associações de moradores e grupos religiosas do local, e deverá ser entregue ao comando da PM e ao secretário de Segurança Pública do Estado nos próximos dias.
O comandante do Ronda do Quarteirão, tenente-coronel, Paulo Sérgio Ferreira, e o tenente-coronel, Fernando Albano, relações públicas da PM, foram procurados pela reportagem, mas não atenderam às ligações.
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