Sete adolescentes que estavam sendo custodiados no Centro Educacional Dom Bosco conseguiram escapar, durante o motim ocorrido na noite de domingo, conforme informações da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). Cinco internos foram recapturados por patrulhas da PM e já estão de volta no Centro. Em outra unidade de Fortaleza, um menor também conseguiu escapar.
Ao todo, 177 adolescentes em conflito com a lei estavam abrigados na unidade, que tem capacidade para 60. O número de internos representa uma superlotação de quase três vezes, o que a unidade comporta.
A Assessoria de Comunicação da STDS disse que a instituição irá investigar as recorrentes tentativas de fuga. "Antes os motins aconteciam, mas não ocorriam fugas. Vamos investigar se existe alguém do lado de dentro, ou de fora dos Centros tentando facilitar um jeito para eles escaparem", disse a Assessoria.
A STDS informou ainda, que será realizado um concurso, com vagas para cadastro de reserva, para educadores.
O motim ocorrido no Dom Bosco teve início por volta das 20 horas de domingo. Segundo informações de policiais do Comando Tático Motorizado (Cotam), que estiveram no local, internos das quatro alas se envolveram no tumulto.
Parte da estrutura do complexo foi danificada, colchões foram queimados e televisores quebrados. A recontagem dos internos foi feita ainda na madrugada de ontem e eles foram realocados nos dormitórios.
A motivação para a rebelião não foi esclarecida. A PM usou balas de borracha para conter os adolescentes, que se recusavam a parar o quebra-quebra.
Nova fuga
Outro adolescente conseguiu fugir de outro Centro Educacional, na manhã de ontem, conforme o juiz titular da 5ª Vara de Execuções da Infância e Juventude de Fortaleza, Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves. O magistrado disse que no último mês o número de fugas tem crescido exponencialmente.
"Trabalho no Juizado da Infância e Juventude há três anos e não se ouvia falar de fugas. Isso começou há um mês e não parou mais de acontecer. Ao todo, temos três internos foragidos neste momento", afirmou o juiz Manuel Clístenes.
AUTOR: DN
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