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domingo, 30 de março de 2014

TRABALHO É ALTERNATIVA PARA DETENTAS DO IPF

Na última semana, 14 internas do Presídio Feminino tiveram a oportunidade de conhecer de perto a fábrica de roupas da empresa Famel, na cidade de Pacajus, e vivenciar uma experiência nova FOTO: DIVULGAÇÃO

A Secretaria de Justiça do Ceará (Sejus), aposta no trabalho como alternativa para a ressocialização e desenvolvimento profissional das detentas do Instituto Penal Feminino (IPF) - Desembargadora Auri Moura Costa, em de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A iniciativa do órgão, foi levar um grupo de 14 internas do IPF, para vivenciar uma experiência diferente. As detentas tiveram a oportunidade de conhecer de perto, a fabrica de roupas da empresa Famel, na Cidade de Pacajus. As internas já colaboram com a fabricação de parte das roupas da empresa com maquinários instalados dentro da penitenciária.

Pela primeira vez, elas saíram de dentro de presídio e foram às instalações da fábrica para observar com detalhes como funciona a confecção em grande escala e ter acesso aos produtos que elas também produzem. Para realizar a visita, o grupo recebeu autorização da Justiça para fazer a visita e foi escoltado por agentes penitenciárias.

Remuneração

O trabalho das internas dentro da penitenciária é remunerado com 3/4 de um salário mínimo. Outro benefício que elas recebem é a remissão de pena (a cada 03 dias trabalhados, 01 dia a menos de pena a cumprir)

A diretora do IPF, Analupe Andrade, acompanhou a visita e testemunhou o contentamento das meninas do grupo. Ela Destacou que a visita foi a realização de "um sonho" para as internas, que há tempos queriam conhecer a fábrica da qual fazem parte. A diretora relata que muitas mulheres chegam à unidade sem uma profissão ou uma capacitação profissionalizante e a confecção é uma das oportunidades de ressocialização oferecidas que podem mudar a história delas ao saírem do cárcere. "As internas são mulheres e mães, como nós, e têm suas preocupações. Analupe Andrade destacou a importância do trabalho e o aprendizado de uma profissão. " É preciso dar a elas uma oportunidade de construir uma história diferente. Neste ponto, nossa unidade feminina tem sido referência no país com ocupação e profissionalização para muitas internas".

A visita foi um "tur" por todos os setores da fabrica, cada instalação era guiada e explicada por um funcionário da fabrica. Após conhecer todos os setores, as presas foram recepcionadas pela proprietária da empresa, Fátima Brilhante.

Começo de tudo

A proprietária contou que diariamente passava em frente ao IPF e pensava em realizar um trabalho com as detentas. De acordo com a empresária, havia uma enorme preocupação com a situação das mulheres daquela unidade que estavam ali ociosas, sem ter uma ocupação. Desta forma surgiu a ideia de levar um pedaço da fábrica para a unidade prisional. Analupe disse que desde o início a intenção era dar para as detentas uma oportunidade de elas terem uma profissão quando saíssem de cárcere.

Projeto
A Sejus, em parceria com o Ministério de Justiça, realiza também o Projeto Maria Marias, que tem como objetivo ampliar o conceito de ressocialização com foco no trabalho. Durante o projeto foram realizados, dentro do Presídio Feminino, cursos e oficinas profissionalizantes.

No próximo dia 3, a Sejus vai realizar a entrega formal de 194 diplomas para as internas que participaram dos 12 cursos profissionalizantes que aconteceram de setembro de 2013 a março deste ano, foram ofertadas 256 vagas para as presa recolhidas no IPF.

AUTOR: DN

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