A Polícia Civil, durante entrevista coletiva, na manhã de ontem, explicou como conseguiu solucionar o caso do sequestro do qual foi vítima um estudante universitário, crime ocorrido na manhã do último dia 24. As investigações da Divisão Antissequestro (DAS) apontam que os irmãos Guilherme Ricardo Souza Leal, 18, e um adolescente de 17 anos, foram realmente os mentores da ação criminosa.
Outros dois homens, identificados como Antônio Renner da Costa Silva, 19, mais conhecido por "Neguinho", que dormia na frente do quarto onde a vítima era mantida refém; e Antônio Hildemir Santos Silva Júnior, 20, o "Tim Maia", foram contratados para fazer o arrebatamento e cuidar do cativeiro.
Segundo a Polícia, Guilherme Souza sempre foi um rapaz inteligente, chegando a participar de turmas de alunos especiais dos melhores colégios particulares. "Ele entrou na faculdade de Direito com 16 anos", disse o delegado geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, acrescentando que ele cursou somente três semestres da faculdade.
Conforme informações da Polícia Civil, os parentes de Guilherme Souza Leal ficaram surpresos e decepcionados com o crime. Segundo eles, a família é financeiramente estável e os irmãos não precisavam ter cometido o crime.
Integração
O delegado geral, Andrade Júnior, ressaltou que a integração de toda a instituição foi fundamental para o êxito da operação, tendo em, vista que os principais acusados foram presos e a vítima libertada sem a necessidade do pagamento de resgate.
O diretor da DAS, Antônio Santos Pastor, lembrou que, a pedido da família, a Polícia Civil ficou fora da negociação relativa ao pedido de resgate, no entanto as investigações de rua não pararam até a libertação da vítima.
Os policiais civis da DAS contaram com a colaboração da Delegacia de Narcóticos (Denarc), Departamento de Polícia especializada (DPE) e Coordenadoria de Inteligência (Coin), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e ainda de uma delegacia do Interior do Estado. Andrade Júnior ressaltou ainda que o Poder Judiciário, que expediu mandado de busca, e o Ministério Público Estadual (MPE) também contribuíram para o êxito da operação.
O acusado Guilherme Ricardo Souza, apontado como chefe da quadrilha, foi preso na manhã de domingo, quando se dirigia a um estabelecimento comercial, na Aldeota, para tomar o café da manhã.
Segundo a Polícia, preso, o jovem não teve como negar participação no sequestro, devido às provas apresentadas. "A partir daí, passamos a aprontar a invasão tática do cativeiro", frisou o delegado Antônio Pastor. O menor de 17 anos, irmão de Guilherme, estava à beira da piscina do condomínio Mirantes Beach Park, localizado no Porto das Dunas, em Aquiraz, no momento da invasão do cativeiro. O adolescente estava com uma arma, um revólver calibre 38, escondida.
Dentro da casa, pertencente a um tio dos irmãos, estavam Antônio Renner e Antônio Hildemir Santos Silva, ambos dormindo.
A casa, segundo a Polícia Civil, estava arrombada. Os irmãos eram vistos com frequência no condomínio, mas como foram sem o conhecimento do tio, eles não estavam com as chaves do imóvel. "O dono da casa não sabia de nada, de acordo com o que investigamos", salientou o delegado Rommel Kerth, diretor do DPE.
O diretor da DAS informou que as investigações continuam no sentido de descobrir se uma quinta pessoa participou do sequestro. "Até agora, os indícios apontam somente os quatro acusados presos, mas não descartamos a possibilidade de mais uma pessoa, pelo menos, ter participado", destacou Antônio Pastor.
Apoio
Após ser abordado pelos sequestradores no próprio veículo, o universitário foi colocado em um Gol de cor branca, que era dirigido pelo irmão de Guilherme Leal, que estava em uma motocicleta dando apoio.
AUTOR: DN
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