O TST (Tribunal Superior do Trabalho) definiu nesta quinta-feira (27) um reajuste de 6,5% para os trabalhadores dos Correios e determinou o retorno imediato ao trabalho. No Ceará, os trabalhadores dos Correios decidiram acatar a decisão e voltar ao trabalho nesta sexta-feira. A categoria está em greve desde o dia 11 de setembro.
De acordo com Veridiano Matos, coordenador de finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similiares do Estado do Ceará (Sintect-CE), os trabalhadores devem retomar as atividades já no primeiro horário de escala de trabalho.
Ainda conforme Veriadino, apesar da volta, o estado de greve continua. "O ministro determinou que os Correios não podem fazer nenhuma alteração no plano de saúde, mas caso haja uma mudança iremos deflagrar greve novamente".
A decisão do TST foi tomada em sessão extraordinária de julgamento de dissídio - desde a semana passada, duas audiências de conciliação foram realizadas, mas Correios e servidores não chegaram a um consenso.
Se a decisão não for cumprida, a categoria deverá pagar multa de R$ 20 mil por dia. Segundo a assessoria de imprensa da estatal, 11.825 trabalhadores (9,8% do total) estão de braços cruzados hoje.
O TST definiu ainda como se dará a reposição dos dias não trabalhados. A relatora do caso, ministra Kátia Arruda, defendeu a compensação dos dias parados num prazo máximo de seis meses, sem o desconto na folha de pagamento pelos dias não trabalhados.
Demandas
Os Correios ofereceram um reajuste de 5,2%, índice distante daquele inicialmente apresentado pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), de 43,7%. "Esse valor [de 5,2%] é compatível com os interesses dos trabalhadores e com as receitas do setor postal", reforçou o vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Carús Guedes.
A vice-presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi, chegou a apresentar uma proposta que previa, entre outras medidas, um reajuste de 5,2% (reposição da inflação), reajuste de 8,84% nos vales alimentação e refeição e aumento linear de R$ 80. Os termos, entretanto, foram rejeitados pelos Correios.
Com a decisão desta quinta, os 120 mil trabalhadores da empresa terão reajuste de 6,5%, retroativo a agosto, e reajuste de mesmo índice sobre benefícios sociais concedidos pela empresa, como vale-alimentação.
No julgamento, ficou decidida ainda a criação de projeto piloto em três Estados da federação para a entrega de encomendas no turno matutino - hoje, a triagem das cartas é feita pela manhã e a entrega, à tarde.
A intenção é minimizar o impacto de temperatura e umidade adversas na rotina dos trabalhadores - o projeto deve ocorrer inicialmente em Tocantins e Mato Grosso, além de um terceiro Estado a ser definido pelos Correios.
AUTOR: DN
De acordo com Veridiano Matos, coordenador de finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similiares do Estado do Ceará (Sintect-CE), os trabalhadores devem retomar as atividades já no primeiro horário de escala de trabalho.
Ainda conforme Veriadino, apesar da volta, o estado de greve continua. "O ministro determinou que os Correios não podem fazer nenhuma alteração no plano de saúde, mas caso haja uma mudança iremos deflagrar greve novamente".
A decisão do TST foi tomada em sessão extraordinária de julgamento de dissídio - desde a semana passada, duas audiências de conciliação foram realizadas, mas Correios e servidores não chegaram a um consenso.
Se a decisão não for cumprida, a categoria deverá pagar multa de R$ 20 mil por dia. Segundo a assessoria de imprensa da estatal, 11.825 trabalhadores (9,8% do total) estão de braços cruzados hoje.
O TST definiu ainda como se dará a reposição dos dias não trabalhados. A relatora do caso, ministra Kátia Arruda, defendeu a compensação dos dias parados num prazo máximo de seis meses, sem o desconto na folha de pagamento pelos dias não trabalhados.
Demandas
Os Correios ofereceram um reajuste de 5,2%, índice distante daquele inicialmente apresentado pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), de 43,7%. "Esse valor [de 5,2%] é compatível com os interesses dos trabalhadores e com as receitas do setor postal", reforçou o vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Carús Guedes.
A vice-presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi, chegou a apresentar uma proposta que previa, entre outras medidas, um reajuste de 5,2% (reposição da inflação), reajuste de 8,84% nos vales alimentação e refeição e aumento linear de R$ 80. Os termos, entretanto, foram rejeitados pelos Correios.
Com a decisão desta quinta, os 120 mil trabalhadores da empresa terão reajuste de 6,5%, retroativo a agosto, e reajuste de mesmo índice sobre benefícios sociais concedidos pela empresa, como vale-alimentação.
No julgamento, ficou decidida ainda a criação de projeto piloto em três Estados da federação para a entrega de encomendas no turno matutino - hoje, a triagem das cartas é feita pela manhã e a entrega, à tarde.
A intenção é minimizar o impacto de temperatura e umidade adversas na rotina dos trabalhadores - o projeto deve ocorrer inicialmente em Tocantins e Mato Grosso, além de um terceiro Estado a ser definido pelos Correios.
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