Propostas de dinheiro, favor ou benefícios para votar em um candidato já foram feitas a 17% dos eleitores de Fortaleza, seja nestas eleições ou em pleitos anteriores, mostra a pesquisa O POVO/Datafolha. As ofertas foram aceitas por quase um terço dos que foram abordados: 5% do total de eleitores ouvidos pelo Datafolha admitem já ter trocado voto por dinheiro ou outra forma de favorecimento.
Os que disseram ter recebido as ofertas, mas afirmam não ter aceitado somam 11%. O percentual de 17% é alcançado como o total dos que foram abordados em função de arredondamentos. Outros 83% informaram nunca ter sido assediados pela oferta de ganhos indevidos para votar em algum candidato.
Além de trazer diagnóstico sobre a corrupção eleitoral em Fortaleza, a pesquisa também aferiu a visão do eleitor da Capital em relação ao comportamento ético da população. O Datafolha indagou se os entrevistados acreditam que os brasileiros, de modo geral, aceitariam ofertas de dinheiro ou outros benefícios para votar num candidato. O resultado aponta que a experiência concreta que os eleitores pesquisados têm com a compra de votos é muito diferente da percepção sobre o fenômeno, de modo geral.
Para 86%, os brasileiros aceitariam sim votar em alguém em troca desse tipo de favorecimento ilícito. Os que demonstraram mais fé na ética do eleitor brasileiro, de modo geral, e rechaçaram a hipótese de venda de voto somaram 8%.
Os setores sociais que se mostraram mais céticos em relação à honestidade do eleitor brasileiro foram aqueles com escolaridade média, os que têm idade de 35 a 44 anos e os que possuem renda familiar mensal de mais de cinco a dez salários mínimos. Nesses segmentos, os percentuais dos que acreditaram na venda de voto pelos eleitores brasileiros alcançaram, respectivamente, 93%, 94% e 95%.
O Datafolha ouviu 1.143 eleitores em 25 e 26 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais. A pesquisa está registrada com o número CE-00079/2012.
AUTOR: O POVO
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