Uma rebelião deixou parte do Centro Socioeducativo Patativa do Assaré destruída. Internos realizaram um motim na tarde de sábado, 28. Pelo menos 22 adolescentes fugiram durante a ação, detalhou o juíz Manuel Clístenes. Ainda não há informações sobre retorno de nenhum deles. Três jovens precisaram ser encaminhados ao hospital devido aos ferimentos. Segundo Clístenes, durante a noite de sábado, após a força policial controlar a rebelião, o clima continuava tenso na unidade. Com capacidade para 60 jovens, o Patativa do Assaré abrigavam mais de 200 adolescentes em conflito com a lei.
Na tarde deste domingo, 29, o Comando Tático Motorizado (Cotam) esteve no local para conter um princípio de rebelião. Os 180 jovens que permaneceram na unidade ficaram restritos aos blocos não danificados. Em conversa com O POVO Online, um orientador social que não quis ser identificado afirmou que profissionais ficaram feridos e que o clima de tensão permanece.
Segundo Manuel Clístenes, colchões foram queimados, houve destruição de materiais e esta pode ser classificada como "uma grande rebelião". "É um reflexo da situação do sistema socioeducativo. Ainda não houve nenhuma mudança. Permanece a mesma situação: de colapso", pontua o juiz.
"A Polícia só conseguiu terminar de fazer controle por volta de 8 horas da noite (de sábado, 28). O pessoal de lá me ligou dizendo que o clima estava muito tenso. Os adolescentes estavam em uma pequena área que não teria sido destruída. Já estava muito ruim a situação sendo todo o espaço utilizado, imagina ter os 180 na ala pequena. Estavam gritando e muito agitados. Os orientadores estavam com medo, pois estavam em um número pequeno. Três adolescentes foram para o hospital.
Um deles teria levado uma facada e outros dois ficaram bastante feridos", contou Manuel Clístenes. Um vídeo supostamente mostrando a fuga dos adolescentes, que são vistos nas imagens pulando o muro, circula nas redes sociais.
Pelo menos 25 situações de conflito que envolvem rebeliões, motins e fugas foram registradas neste ano em centros para acolhimento de jovens em conflito com a lei do Ceará. A crise do sistema chamou atenção de entidades de direitos humanos e defesa da adolescência. Para controlar a situação, o Governo do Estado apresentou o Plano de Estabilização do Sistema Socioeducativo - detalhando ações para reestruturar a prestação de serviço aos jovens.
AUTOR: O POVO
Pelo menos 25 situações de conflito que envolvem rebeliões, motins e fugas foram registradas neste ano em centros para acolhimento de jovens em conflito com a lei do Ceará. A crise do sistema chamou atenção de entidades de direitos humanos e defesa da adolescência. Para controlar a situação, o Governo do Estado apresentou o Plano de Estabilização do Sistema Socioeducativo - detalhando ações para reestruturar a prestação de serviço aos jovens.
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