A jornalista do O POVO, Kelly Hekally, apresentou melhoras em seu estado de saúde e pode deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Mateus nesta quarta-feira, 24, segundo o irmão dela, Hans Fontenele. O rapaz também disse que, caso a repórter continue melhorando, ela pode receber alta até esta sexta-feira, 27. Kelly foi atropelada por um ônibus da linha 222-Antônio Bezerra/Papicu/Via Antônio Sales enquanto trafegava de bicicleta na avenida Domingos Olímpio, nesta segunda, 23.
De acordo com Hans, a irmã se mostrou esperta, orientada, movimentou os membros superiores e inferiores e conversou "naturalmente" com o pai, que está acompanhando a filha desde o acidente. "Ela acordou de manhã perguntando pelos filhos, depois voltou a dormir e, durante o dia, ficou acordada. Está bem esperta, com noção de espaço, sabe o que está acontecendo. A coordenação motora dela está tranquila. Ela está falando tranquilamente. Meu pai perguntava e ela respondia normal", disse o irmão.
No acidente, Kelly caiu da bicicleta e bateu a cabeça no chão. A jornalista sofreu um traumatismo encefálico. Pela manhã, o pai da repórter, o psicólogo Hermes Leitão, falou ao O POVO Online sobre a possibilidade de intervenção cirúrgica.
Porém, se Kelly continuar nesta evolução, não será necessário cirurgia, segundo afirmou o irmão da jornalista.
Atropelamento
Segundo relato do estudante e também ciclista, Piero Barbacovi, que presenciou e socorreu a repórter, Kelly trafegava pela avenida Domingos Olímpio quando um motorista de ônibus jogou o veículo em sua direção de forma proposital.
“Ela estava pedalando na avenida quando foi fechada por um ônibus próximo ao colégio Lourenço Filho. Depois disso, ela resolveu descer da bicicleta para tirar uma foto da placa para realizar uma denúncia da irregularidade. Quando ela tirou a fotografia, o motorista ficou com raiva e jogou o veículo em cima dela”, relatou Piero.
Ação criminal
O advogado de Kelly, Celso Sakuraba informou que entrará com uma ação criminal contra o motorista responsável pelo acidente e com uma ação na esfera cível, provavelmente, contra a Prefeitura de Fortaleza e a Empresa Santa Cecília, companhia proprietária do coletivo.
Motorista identificado
A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) informou em nota que, junto com o Sindiônibus, identificou o veículo e o motorista envolvidos no acidente. Além disso, a Etufor afirma que solicitou a presença do chefe de tráfego da Empresa Santa Cecília e do motorista da linha 222, que dirigia o veículo de número 36502, a fim de apurar o ocorrido.
"Caso seja comprovada culpa por parte do motorista, a Etufor solicitará a aplicação das punições cabíveis", disse o órgão em nota.
A Empresa de Transporte disse ainda que realiza, em parceria com o Sindiônibus, permanentemente, capacitações dos operadores de transporte, a fim de garantir a segurança de passageiros, ciclistas e pedestres.
AUTOR: O POVO
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