Outros dois campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) decidiram, em assembleias realizadas nesta quinta-feira, 30/10, paralisar suas atividades, reforçando a luta pela manutenção da jornada de trabalho de 30 horas semanais dos servidores do IFCE. Nesta quinta-feira os trabalhadores dos campi Aracati e Tianguá do Instituto resolveram também paralisar os trabalhos, nos próximos dias 13 e 14/11.
Agora, chegam a 11 os campi do IFCE que já paralisaram atividades ou que vão parar, nos próximos dias, em defesa da jornada de trabalho de 30 horas semanais e contra a ampliação para 40 horas por semana, prevista por portaria assinada pela Reitoria do Instituto. Os servidores reivindicam que a Reitoria os receba em reunião para rediscutir a jornada de trabalho.
No campus de Sobral as atividades serão interrompidas nos dias 4, 5 e 14/11. O IFCE Quixadá paralisa nos dias 5, 6, 7 e 14/11. Os trabalhadores do Campus Caucaia decidiram suspender todas as ações nos dias 4, 5 e 6/11. No Campus Ubajara a paralisação será nos dias 29 e 30/10. Em Canindé e Camocim, nos dias 3 e 4/11. Já o Campus Crateús paralisará atividades durante três dias: 4, 5 e 6/11. Os campi do IFCE em Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte já paralisaram as atividades por dois dias, na semana passada, reivindicando a manutenção das 30 horas.
Em Limoeiro os servidores decidiram entrar em estado de greve, diante da falta de resposta da Reitoria do IFCE à reivindicação de revogação da portaria sobre a jornada de 30 horas. Os servidores do IFCE Limoeiro seguirão em estado de greve até o dia 6/11, cobrando que a Reitoria revogue a portaria e receba os trabalhadores para dialogar sobre a elaboração de uma nova proposta quanto à jornada de trabalho, tendo como referência a portaria do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), que deu preferência à jornada de 30 horas. Caso a Reitoria não se manifeste até essa data, os servidores do Campus Limoeiro poderão passar do estado de greve para uma etapa seguinte de mobilização, com possibilidade de nova paralisação das atividades.
Pleno amparo legal
Representantes do Sindicato dos Servidores do IFCE (SINDSIFCE), que participaram das assembleias nos diversos campi, reiteraram que, ao contrário do que afirma a administração do IFCE, existe pleno amparo legal para que seja mantida a jornada de 30 horas – um direito conquistado pelos servidores na greve de 2012, quando foi aceito pela própria Reitoria.
Assessoria de Imprensa
SINDICATO DOS SERVIDORES DO IFCE
AUTOR: TIANGUÁ AGORA
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