Ao ver o corpo do filho, a idosa sofreu um mal súbito e também morreu no local.
A declaração de morte aponta que o detento morreu por asfixia e estrangulamento. O documento também afirma que a provável circunstância da morte foi homicídio.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) informou, em nota, que abriu sindicância para apurar as circunstâncias e as responsabilidades sobre a morte do detento.
Mãe e filho são velados juntos no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia. O enterro está previsto para o final da tarde desta sexta-feira (24).
Ex-policial
Emerson era policial militar e foi expulso da corporação por ser dependente químico. Ele foi preso em flagrante, em 11 de agosto, suspeito de tráfico de drogas. A defesa alega que os entorpecentes eram para uso pessoal da vítima.
Segundo a família, os outros presos descobriram que Emerson era ex-policial e, desde então, passaram a ameaçá-lo de morte. Inclusive, ele foi espancado no dia 19 de agosto. Devido às fraturas e aos hematomas, a vítima ficou internada no posto de saúde da unidade, de onde saiu na última semana e voltou para o convívio com os demais presos.
Pedido de transferência
O advogado de Emerson, Hélio Bueno, conta que, enquanto estava na enfermaria, o cliente escreveu uma carta para a direção do presídio pedindo que ficasse em uma cela separada. No texto, ele alertava: “Fui identificado por três internos que havia efetuado suas prisões”.
De acordo com o advogado, o assassinato de Emerson poderia ser evitado. "Houve uma omissão do sistema carcerário e uma morosidade do Judiciário, que impediu o juiz de apreciar o pedido e determinar que ele pudesse ficar em um local seguro para resguardar a vida dele", defende.
Apesar da declaração do advogado, a Sapejus alega que Emerson estava detido em uma cela destinada a ex-policiais e filhos de policiais.
AUTOR: G1/GO
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