Maníaco da Cruz está na Santa Casa para avaliação psiquiátrica. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O jovem de 21 anos que ficou conhecido como Maníaco da Cruz pelos crimes que cometeu na cidade de Rio Brilhante, a 160 quilômetros de Campo Grande, em 2008, está isolado num leito do quinto andar da Santa Casa da capital sul-mato-grossense, onde permanece aos cuidados do serviço de psiquiatria. O quarto dele foi isolado com uma espécie de tapume para que as pessoas não vejam a movimentação. Três policiais militares ficam responsáveis pela escolta 24 horas por dia para dar segurança ao rapaz, a pacientes e funcionários.
“Clinicamente ele não tem nenhuma patologia física. Não está algemado, foi avaliado por um psiquiatra ontem e hoje, inclusive, pelo chefe do setor, doutor Luiz Salvador”, afirmou, neste sábado (4), o diretor-administrativo do hospital, Antônio Lastória, relatando que entre os procedimentos feitos até agora estão entrevistas. Apenas enfermeiros do sexo masculino podem entrar no leito após consenso da direção.
Ao G1, ele disse que o rapaz permanece calado e de cabeça baixa o tempo todo. As janelas do quarto receberam um rebite para que não sejam abertas, pois, segundo o diretor, o hospital é proibido de colocar grades em atendimento ao projeto contra incêndios. O leito, que geralmente tem três camas, teve duas retiradas para receber o jovem.
Não há previsão de quanto tempo ele deve permanecer no local, segundo o diretor, pois os exames são complexos. “São sintomas ou sinais subjetivos, que é algo bastante específico da própria psiquiatria”, explica.
Caso os exames confirmem o quadro psiquiátrico, o maníaco será assumido pelo setor e transferido para o hospital psiquiátrico da Santa Casa, onde deve permanecer para tratamento. Na possibilidade do quadro ser descartado, ele deve ser solto, conforme Lastória.
Diretor da Santa Casa admite que existe tensão por conta do jovem. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Ele explica também que o jovem não é considerado paciente psiquiátrico e está na Santa Casa para esta avaliação, que atende determinação do juiz Mauro Nering da 1ª Vara Cível de Ponta Porã. Segundo ele, a decisão pedia prisão da secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, em caso de descumprimento da transferência do 7º Distrito Policial de Campo Grande, onde estava, para um hospital.
Lastória admitiu que há tensão no local para pacientes e funcionários e que o caso é especial. “A Santa Casa já passou por outras situações com atendimento de assistência a presos de alta periculosidade. Pode haver uma tensão normal, que já ocorreu outras vezes. É uma situação desagradável, típica de um hospital desse porte”.
Ele explica também que o jovem não é considerado paciente psiquiátrico e está na Santa Casa para esta avaliação, que atende determinação do juiz Mauro Nering da 1ª Vara Cível de Ponta Porã. Segundo ele, a decisão pedia prisão da secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, em caso de descumprimento da transferência do 7º Distrito Policial de Campo Grande, onde estava, para um hospital.
Lastória admitiu que há tensão no local para pacientes e funcionários e que o caso é especial. “A Santa Casa já passou por outras situações com atendimento de assistência a presos de alta periculosidade. Pode haver uma tensão normal, que já ocorreu outras vezes. É uma situação desagradável, típica de um hospital desse porte”.
Decisão determinou transferência de maníaco para hospital psiquiátrico.(Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O caso
O Maníaco da Cruz já havia cumprido três anos de medida socioeducativa pela morte de três pessoas em Rio Brilhante. Em 2008, aos 16 anos, o rapaz cometeu os crimes em que, segundo informações da Polícia Civil, as investigações apontaram que as vítimas eram obrigadas a responder a uma série de perguntas sobre o comportamento sexual delas. O jovem então assassinava aquelas que ele julgava impuras. Após o crime, os corpos eram colocados em sinal de crucificação.
Desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinaram, no dia 1º de março de 2012, que ele fosse encaminhado a uma instituição psiquiátrica. No dia 3 de março, ele fugiu da Unei, em Ponta Porã. O rapaz foi recapturado em Horqueta, no departamento de Concepción, no Paraguai e levado para Ponta Porã na segunda-feira (29). Na quarta-feira (1º) o jovem foi transferido para Campo Grande e levado para a 7ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, onde permaneceu até esta sexta-feira.
AUTOR: G1/MS
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