Oliveira foi preso depois de a polícia encontrar o corpo de Carlos Neto Alves Júnior, de 21 anos, na casa dele, na sexta-feira (25). Durante a perícia, foram achados mais três cadáveres e uma ossada. Nesta terça-feira, foram feitas novas buscas no imóvel e mais corpos foram encontrados, totalizando sete vítimas. A polícia também encontrou fotos de seis pessoas na casa e vai investigar se elas estão desaparecidas.
Durante depoimento no 16º Distrito Policial, na Vila Clementino, Oliveira confessou ter assassinado cinco mulheres e um homem, que é o vizinho Carlos Júnior, segundo a polícia. O pintor disse em depoimento que as mortes aconteceram dentro do imóvel e as vítimas eram mulheres que compartilhavam drogas com ele.
Ele nega ter mantido relação sexual com as vítimas. O pintor também afirmou que a motivação para os crimes é que ele "fazia oposição à facção que está nos presídios e temia que as vítimas revelassem isso na região e, por isso, as estrangulou."
O homem diz que matou Carlos Júnior em legítima defesa. O suspeito disse que Júnior entrou em sua casa com uma faca na mão na companhia de outro rapaz. Segundo ele, após uma discussão, a vítima o esfaqueou no braço, ele conseguiu tomar a faca de Júnior e começou a golpeá-lo. O rapaz que estava com o jovem teria fugido durante a briga.
A polícia diz que as buscas na casa não têm prazo para terminar. Também existe a possibilidade de haver mais de sete vítimas entre as ossadas já localizadas.
Pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira (Foto: Marcelo Gonçalves/SigmaPress/Estadão Conteúdo)
Vítimas
Oliveira reconheceu por foto Paloma Aparecida dos Santos, de 21 anos, segundo a polícia. Os familiares dela identificaram um celular da jovem encontrado na casa do pintor de paredes. Oliveira também disse que estão entre as vítimas uma mulher chamada Natasha e uma conhecida como “Baianinha”. A polícia informou, no entanto, que só poderá confirmar a identidade dos corpos quando os exames de DNA estiverem prontos.
“Não dá para a gente ficar mostrando fotos de vítimas e desaparecidos e perguntar se ele matou, ou não. A gente vai ter que provar isso na investigação”, disse o delegado Jorge Carrasco. Segundo ele, na região do 35º Distrito Policial, o mais próximo da Favela Alba, onde o pintor morava, há 30 pessoas desaparecidas. A polícia irá fazer a investigação das vítimas com base nas informações sobre esses desaparecidos.
Mais cedo, o advogado de Oliveira, André Nino, havia dito que o pintor alegou que agia sob efeito de drogas e que está "arrependido dos crimes". Segundo o advogado, Oliveira afirmou não se lembrar dos nomes ou de outras informações das mulheres mortas.
O advogado disse que "se trata de uma pessoa que está consumida pela droga". Ele informou que ainda não definiu a linha de defesa. Segundo o advogado, o pintor negou em depoimento que a motivação dos assassinatos em série seja homofobia – Carlos Júnior e outras possíveis vítimas eram homossexuais.
Além dos casos revelados nesta semana, o pintor tem longa ficha criminal. Ele ficou preso 17 anos e 9 meses por dois homicídios em 1994 e 1995, se envolveu em rebelião de presos, e também respondeu criminalmente por sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha. Ele deixou a cadeia em 7 de novembro de 2013.
Vítimas
Oliveira reconheceu por foto Paloma Aparecida dos Santos, de 21 anos, segundo a polícia. Os familiares dela identificaram um celular da jovem encontrado na casa do pintor de paredes. Oliveira também disse que estão entre as vítimas uma mulher chamada Natasha e uma conhecida como “Baianinha”. A polícia informou, no entanto, que só poderá confirmar a identidade dos corpos quando os exames de DNA estiverem prontos.
“Não dá para a gente ficar mostrando fotos de vítimas e desaparecidos e perguntar se ele matou, ou não. A gente vai ter que provar isso na investigação”, disse o delegado Jorge Carrasco. Segundo ele, na região do 35º Distrito Policial, o mais próximo da Favela Alba, onde o pintor morava, há 30 pessoas desaparecidas. A polícia irá fazer a investigação das vítimas com base nas informações sobre esses desaparecidos.
Mais cedo, o advogado de Oliveira, André Nino, havia dito que o pintor alegou que agia sob efeito de drogas e que está "arrependido dos crimes". Segundo o advogado, Oliveira afirmou não se lembrar dos nomes ou de outras informações das mulheres mortas.
O advogado disse que "se trata de uma pessoa que está consumida pela droga". Ele informou que ainda não definiu a linha de defesa. Segundo o advogado, o pintor negou em depoimento que a motivação dos assassinatos em série seja homofobia – Carlos Júnior e outras possíveis vítimas eram homossexuais.
Além dos casos revelados nesta semana, o pintor tem longa ficha criminal. Ele ficou preso 17 anos e 9 meses por dois homicídios em 1994 e 1995, se envolveu em rebelião de presos, e também respondeu criminalmente por sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha. Ele deixou a cadeia em 7 de novembro de 2013.
Corpo é retirado da casa do pintor Jorge de Oliveira na região do Jabaquara, Zona Sul de São Paulo (Foto: Amauri Nehz/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Restos mortais
Segundo a delegada Nilze Scapulatiello, do 35º Distrito Policial, roupas, calçados e ossos foram recolhidos da casa e levam à polícia a acreditar que pessoas tenham sido mortas e enterradas na casa do pintor.
Pintor suspeito de matar e ocultar cadáveres em casa no Jabaquara (Foto: Reprodução/TV Globo)
"Tem homem, tem mulher, tem roupa de criança. Eu peguei todas as pessoas desaparecidas que eu tenho registro na área, pra informar, chamar parentes, reconhecer roupa, algum detalhes que não é para nós, tem vários sapatos, sandálias, mas a família pode reconhecer", disse.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi à casa do pintor na manhã desta terça-feira (29) para avaliar se novas escavações para buscas de outros restos mortais serão feitas. A polícia também encontrou fotos de seis pessoas na casa do pintor e vai investigar se elas estão desparecidas.
Um morador da favela, que pediu para não ser identificado, afirmou que o suspeito costumava beber em um bar da região e que ele não fazia questão de esconder o desprezo que tinha por homossexuais e usuários de droga. "Ele ficava direto no bar com a gente. Ele sempre falava que tinha raiva de gay e de nóia, mas nunca imaginei que seria capaz de uma coisa dessas".
"Tem homem, tem mulher, tem roupa de criança. Eu peguei todas as pessoas desaparecidas que eu tenho registro na área, pra informar, chamar parentes, reconhecer roupa, algum detalhes que não é para nós, tem vários sapatos, sandálias, mas a família pode reconhecer", disse.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi à casa do pintor na manhã desta terça-feira (29) para avaliar se novas escavações para buscas de outros restos mortais serão feitas. A polícia também encontrou fotos de seis pessoas na casa do pintor e vai investigar se elas estão desparecidas.
Um morador da favela, que pediu para não ser identificado, afirmou que o suspeito costumava beber em um bar da região e que ele não fazia questão de esconder o desprezo que tinha por homossexuais e usuários de droga. "Ele ficava direto no bar com a gente. Ele sempre falava que tinha raiva de gay e de nóia, mas nunca imaginei que seria capaz de uma coisa dessas".
Pintor chega para depor em Distrito Policial em São Paulo (Foto: Will Soares/ G1)
Beco onde fica a casa do pintor suspeito pelas mortes (Foto: Will Soares/G1)
AUTOR: G1/SP
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