Vista geral de Palmira e suas famosas sepulturas em forma de torres nesta terça-feira (19) (Foto: Reuters)
O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu nesta quinta-feira (21) o controle total da cidade síria de Palmira, declarada patrimônio da humanidade, e agora o grupo jihadista administra metade do território do país.
A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e combatentes na região afirmaram à AFP que as tropas do regime sírio abandonaram suas posições nas proximidades da cidade, que fica no deserto.
"Os combatentes do EI estão em todos os lados de Tadmor (nome árabe de Palmira) e perto do sítio arqueológico", ao sudoeste da cidade, afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
"As tropas do regime caíram e se retiraram de todas os postos sem oferecer resistência", disse Mohamad Hasan al-Homsi, militante de Palmira.
Após oito dias de combates, o EI reivindicou no Twitter a captura total da cidade e anunciou que as forças do regime "fugiram, deixando para trás um grande número de mortos em suas fileiras".
De acordo com o OSDH, as tropas do governo sírio abandonaram as posições dentro e na periferia da cidade. Os militares deixaram toda a Badiya (deserto sírio), o aeroporto militar e a prisão, onde os jihadistas entraram durante a noite.
"A maioria seguiu para a cidade de Homs", capital da província central de mesmo nome, da qual Palmira faz parte, segundo Abdel Rahman.
Muitos moradores também fugiram para Homs, mas alguns optaram por permanecer em suas casas.
Para a Unesco, a destruição do sítio arqueológico de Palmira, seria uma "enorme perda para a humanidade", alertou a diretora da organização.
"Palmira é um extraordinário patrimônio da humanidade no deserto e qualquer destruição ocorrida em Palmira seria não apenas um crime de guerra, mas também uma enorme perda para a humanidade", disse Irina Bokova em um vídeo publicado pela organização, que tem sede em Paris.
Metade da Síria
A queda da cidade histórica de de 2.000 anos nas mãos do EI provoca um grande temor por suas famosas ruínas, que são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. No Iraque, o grupo destruiu várias estátuas e peças de grande valor nas cidades antigas.
Na quarta-feira, a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, advertiu que os combates ameaçavam "um dos sítios mais significativos do Oriente Médio e a população civil", e apelou por um "fim imediato das hostilidades".
Antes da crise iniciada em 2011, as ruínas de Palmira, o mais belo sítio arqueológico da Síria, recebiam 150.000 turistas por ano.
Desde o início da ofensiva em 13 de maio, a batalha de Palmira provocou 462 mortes, segundo o OSDH: 71 civis (muitos executados pelo EI), 241 soldados sírios e 150 jihadistas.
A prisão de Palmira é tristemente famosa pelo massacre de centenas de detentos na década de 1980 e para muitos sírios é o símbolo do terror do regime de Hafez al-Assad, pai do atual presidente, Bashar.
Além de controlar metade do país, o grupo jihadista se apoderou de praticamente todos os campos de petróleo e gás na Síria, depois de entrar nas duas instalações de gás da região de Palmira. O governo conta agora apenas com o campo de Shaer, na província de Homs, enquanto as forças curdas controlam os campos do nordeste.
Contra-ataque em Ramadi
A cidade de Palmira é estratégica para o EI porque está situada no grande deserto sírio, na fronteira com a província iraquiana de Al-Anba, que os jihadistas controlam em grande parte.
Nesta quinta-feira, as forças iraquianas apoiadas pelas milícias xiitas se preparavam para iniciar uma contraofensiva para recuperar Ramadi, capital desta província do Iraque que está sob controle do EI desde 17 de maio.
O governo dos Estados Unidos reconheceu que está avaliando novamente sua estratégia no Iraque após a tomada de Ramadi, a vitória mais importante do EI desde a ofensiva de junho de 2014, quando o grupo jihadista passou a controlar grandes áreas de território no Iraque e na Síria.
A operação jihadista levou Washington a liderar uma coalizão internacional, que organiza uma campanha aérea para ajudar o exército iraquiano a recuperar as regiões perdidas.
O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu nesta quinta-feira (21) o controle total da cidade síria de Palmira, declarada patrimônio da humanidade, e agora o grupo jihadista administra metade do território do país.
A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e combatentes na região afirmaram à AFP que as tropas do regime sírio abandonaram suas posições nas proximidades da cidade, que fica no deserto.
"Os combatentes do EI estão em todos os lados de Tadmor (nome árabe de Palmira) e perto do sítio arqueológico", ao sudoeste da cidade, afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
"As tropas do regime caíram e se retiraram de todas os postos sem oferecer resistência", disse Mohamad Hasan al-Homsi, militante de Palmira.
Após oito dias de combates, o EI reivindicou no Twitter a captura total da cidade e anunciou que as forças do regime "fugiram, deixando para trás um grande número de mortos em suas fileiras".
De acordo com o OSDH, as tropas do governo sírio abandonaram as posições dentro e na periferia da cidade. Os militares deixaram toda a Badiya (deserto sírio), o aeroporto militar e a prisão, onde os jihadistas entraram durante a noite.
"A maioria seguiu para a cidade de Homs", capital da província central de mesmo nome, da qual Palmira faz parte, segundo Abdel Rahman.
Muitos moradores também fugiram para Homs, mas alguns optaram por permanecer em suas casas.
Para a Unesco, a destruição do sítio arqueológico de Palmira, seria uma "enorme perda para a humanidade", alertou a diretora da organização.
"Palmira é um extraordinário patrimônio da humanidade no deserto e qualquer destruição ocorrida em Palmira seria não apenas um crime de guerra, mas também uma enorme perda para a humanidade", disse Irina Bokova em um vídeo publicado pela organização, que tem sede em Paris.
Metade da Síria
A queda da cidade histórica de de 2.000 anos nas mãos do EI provoca um grande temor por suas famosas ruínas, que são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. No Iraque, o grupo destruiu várias estátuas e peças de grande valor nas cidades antigas.
Na quarta-feira, a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, advertiu que os combates ameaçavam "um dos sítios mais significativos do Oriente Médio e a população civil", e apelou por um "fim imediato das hostilidades".
Antes da crise iniciada em 2011, as ruínas de Palmira, o mais belo sítio arqueológico da Síria, recebiam 150.000 turistas por ano.
Desde o início da ofensiva em 13 de maio, a batalha de Palmira provocou 462 mortes, segundo o OSDH: 71 civis (muitos executados pelo EI), 241 soldados sírios e 150 jihadistas.
A prisão de Palmira é tristemente famosa pelo massacre de centenas de detentos na década de 1980 e para muitos sírios é o símbolo do terror do regime de Hafez al-Assad, pai do atual presidente, Bashar.
Além de controlar metade do país, o grupo jihadista se apoderou de praticamente todos os campos de petróleo e gás na Síria, depois de entrar nas duas instalações de gás da região de Palmira. O governo conta agora apenas com o campo de Shaer, na província de Homs, enquanto as forças curdas controlam os campos do nordeste.
Contra-ataque em Ramadi
A cidade de Palmira é estratégica para o EI porque está situada no grande deserto sírio, na fronteira com a província iraquiana de Al-Anba, que os jihadistas controlam em grande parte.
Nesta quinta-feira, as forças iraquianas apoiadas pelas milícias xiitas se preparavam para iniciar uma contraofensiva para recuperar Ramadi, capital desta província do Iraque que está sob controle do EI desde 17 de maio.
O governo dos Estados Unidos reconheceu que está avaliando novamente sua estratégia no Iraque após a tomada de Ramadi, a vitória mais importante do EI desde a ofensiva de junho de 2014, quando o grupo jihadista passou a controlar grandes áreas de território no Iraque e na Síria.
A operação jihadista levou Washington a liderar uma coalizão internacional, que organiza uma campanha aérea para ajudar o exército iraquiano a recuperar as regiões perdidas.
Em foto de 14 de março de 2014, sírios caminham pela antiga cidade de Palmira, a 215 quilômetros de Damasco (Foto: AFP Photo/Joseph Eid)
AUTOR: FRANCE PRESSE
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