EMPRESÁRIO DENUNCIADO POR FRAUDES ESTÁ INTERNADO NO IJF, EM FORTALEZA (CE)

Carros de luxo e até um avião de pequeno porte foram apreendidos pela Polícia Federal quando a operação foi deflagrada, em 24 de março FOTO: ÉRIKA FONSECA

Um dos empresários acusados de participar em fraudes milionárias contra a Caixa Econômica Federal (CEF) na Operação Fidúcia da Polícia Federal (PF) foi internado ontem, em estado grave, no Instituto Doutor José Frota (IJF). José Hybernon Cysne Neto, 56, foi levado inconsciente à unidade, onde esteve, até o fechamento desta edição, na sala de reanimação.

A reportagem apurou que Hybernon apresentava uma lesão a bala na face. Atingido pelo disparo, ele caiu do primeiro andar de um prédio na Rua Juazeiro do Norte, no Meireles. As causas serão investigadas.

O homem é suspeito de integrar um grupo que, segundo a PF, teria desviado milhões através de empréstimos obtidos junto à Caixa. Ele foi preso em 24 de março, na deflagração da operação policial, realizada em Fortaleza, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

Naquela ocasião, a PF cumpriu 56 mandados judiciais expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal. Ao todo, 17 pessoas foram presas por conta das suspeitas de fraudes, mas todas já estão em liberdade.

Hybernon foi solto em 28 de abril, junto com Os irmãos Ricardo Alves Carneiro, 43 e Diego Pinheiro Carneiro, 27; e o ex-gerente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal (CEF), Israel Batista Ribeiro Júnior, 43.

Os quatro foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) em 24 de abril. Hybernon havia sido preso no Rio de Janeiro, onde passou mais de um mês recluso. O empresário foi transferido para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap) também no dia 24.

Segundo as investigações, Hybernon era sócio de uma empresa junto com a secretária, que afirmou à Polícia trabalhar para a família desde 1998, e não saber do empréstimo de R$ 33 milhões feitos junto à Caixa, nem das dívidas contraídas.

A reportagem tentou contato com o advogado Leandro Vasques, que representa a defesa de Hybernon, mas as ligações não foram atendidas.

AUTOR: DN