Filhos do líder comunitário José Maria Filho (Foto: Melquíades Júnior/Agência Diário)
O Ministério Público do Estado do Ceará apresentou nesta semana a denúncia contra quatro suspeitos de participação no assassinato do ambientalista e líder comunitário José Maria Filho, assassinado em 2010 com 25 tiros na cidade de Limoeiro do Norte, no interior do Ceará. O Ministério Público também pediu a prisão preventiva dos quatro suspeitos, que foi negada pela juíza da sede de Limoeiro do Norte. O promotor de Justiça Felipe Diogo afirmou que o Ministério Público vai recorrer da decisão.
"As pessoas que vão depôr são pessoas simples e os acusados podem pôr em risco a apuração. Principalmente por causa do mandante do crime, que tem poder econômico e político na região", avalia o promotor. Dois dos suspeitos foram mantidos presos durante dois meses em 2010 e atualmente estão soltos. O acusado de ser o mandante do crime nunca foi preso.
De acordo com o Ministério Público, o ambientalista assassinado combatia a pulverização com uso de agrotóxico em aviões, que despejava a substância sobre plantações. O ambientalista assassinado defendia que esse tipo de pulverização, utilizado por um empresário da cidade, contamina o solo e lençóis de água subterrâneos na região.
Lei revogada
O Ministério Público do Estado do Ceará apresentou nesta semana a denúncia contra quatro suspeitos de participação no assassinato do ambientalista e líder comunitário José Maria Filho, assassinado em 2010 com 25 tiros na cidade de Limoeiro do Norte, no interior do Ceará. O Ministério Público também pediu a prisão preventiva dos quatro suspeitos, que foi negada pela juíza da sede de Limoeiro do Norte. O promotor de Justiça Felipe Diogo afirmou que o Ministério Público vai recorrer da decisão.
"As pessoas que vão depôr são pessoas simples e os acusados podem pôr em risco a apuração. Principalmente por causa do mandante do crime, que tem poder econômico e político na região", avalia o promotor. Dois dos suspeitos foram mantidos presos durante dois meses em 2010 e atualmente estão soltos. O acusado de ser o mandante do crime nunca foi preso.
De acordo com o Ministério Público, o ambientalista assassinado combatia a pulverização com uso de agrotóxico em aviões, que despejava a substância sobre plantações. O ambientalista assassinado defendia que esse tipo de pulverização, utilizado por um empresário da cidade, contamina o solo e lençóis de água subterrâneos na região.
Lei revogada
Após manifestações, a Câmara Municipal de Limoeiro do Norte aprovou uma lei que tornava ilegal o uso de agrotóxico em aviões. Ainda segundo o Ministério Público, a lei nunca foi cumprida pelo empresário suspeito de ser o mandante do crime. Após a morte de José Maria Filho, a lei foi revogada. "Sem a manifestação de José Maria, a lei perdeu a força e acabou sendo revogada", diz o promotor Felipe Diogo.
Felipe Diogo diz que o ambientalista também combatia a compra de terra de pequenos produtores, que passavam a produzir para grande empresários. A prática era comum na cidade de Limoeiro do Norte, segundo o promotor, e era combatida pelo ambientalista, que defendia a posse de terras por pequenos produtores.
José Maria Filho foi assassinado em 21 de abril de 2010 com 25 tiros. O Ministério Público denunciou o caso como homicídio triplamente qualificado. Entre as qualificações, a crueldade.
FONTE: G1/CE
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