Uma operação da Polícia Militar levou pânico a motoristas e passageiros que passavam pela Linha Vermelha na Baixada Fluminense, na tarde deste sábado (16). Assustadas com o som de tiros, muitas pessoas chegaram a descer dos carros e se abaixar na via para se proteger, como mostram imagens enviadas ao G1. Não há relato de feridos.
"Ouvimos muito tiro lá para a frente. Todo mundo deitado, fora do carro, deitado no chão", contou o taxista Zilmar Sebastião de Melo, um dos que ficou parado devido à interdição. "
Alguns motoristas deram marcha a ré. Outros voltaram na contramão (veja nos vídeos abaixo). A via ficou fechada, nos dois sentidos, por cerca de 40 minutos. A liberação total foi por volta das 17h.
Segundo a PM, a interdição foi feita para preservar os motoristas e passageiros durante a entrada de policiais de quatro batalhões (16°, 21°, 41° BPM e BPVE) nas comunidades Ficap, Prainha e Furquim Mendes.
Segundo o tenente-coronel do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), Ubiratã Saraiva, não houve registro de confronto armado. Relatos de quem passava pela via, no entanto, indicam o som de muitos tiros.
PMs baleados
O objetivo da operação, segundo a PM, é coibir o roubo de cargas e veículos e prender os criminosos que atiraram neste sábado em um policial militar. De acordo com o 41º BPM (Irajá), ladrões tentaram roubar o carro do PM na Rua Argos, na Pavuna. Ele reagiu, baleou um dos bandidos e acabou ferido em um dos braços. Foi levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Um criminoso e morreu e outro suspeito conseguiu fugir.
Também neste sábado, outro PM foi baleado durante troca de tiros durante uma abordagem a um carro com passageiros em atitude suspeita, na altura da Rodovia Presidente Dutra. Os criminosos reagiram, atingiram o rosto de um dos policiais, furaram o bloqueio e fugiram. O policial foi levado para o Hospital da Posse e o estado de saúde dele é estável, segundo a PM.
Via será muito usada na Olimpíada
A Linha Vermelha é um dos principais acessos para quem chega ao Rio e será muito usada para quem sai do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) para a Zona Sul e Centro da cidade durante os Jogos Olímpicos, em agosto. Um muro, que isola a via de comunidades do Conjunto de Favelas da Maré, foi decorado para a Olimpíada.
Apesar da importância para a cidade, relatos de roubos e arrastões são comuns na via, que começa na Baixada, na altura da Via Dutra e termina no Elevado Paulo de Frontin, na Cidade Nova, Centro. No fim de junho, a médica Gisele Palhares foi assassinada no acesso da Dutra à Linha Vermelha.
Segundo batalhão, operação foi realizada às margens da Linha Vermelha em três comunidades (Foto: Zilmar Sebastião de Melo/Arquivo pessoal)
AUTOR: G1/RJ
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