Entre quem aponta e quem é alvo, quem mata e quem morre, um mesmo contexto em que a violência espreita.
Em números, 46% dos entrevistados apreendidos tiveram familiar assassinado; 79% tiveram amigos assassinados; 56% já sofreram tentativa de homicídio; 80% conviviam com alguém que tinha arma; 70% tiveram familiar preso, detido ou apreendido.
A partir do depoimento de familiares, é possível afirmar que, entre as vítimas, 45% tiveram familiar assassinado; 64% tiveram amigos assassinados; 29% tinham acesso a arma de fogo; 66% tiveram familiar preso, detido ou apreendido.
A violência ocupa a rotina e o Estado se ausenta no cotidiano dos adolescentes. Vide a relação com a educação e a segurança. Entre os jovens apreendidos, 64% estavam fora da escola. Esse número salta pra 74% entre os assassinados. Para 49% dos entrevistados, a Polícia é vista com indiferença e, para 30% das famílias ouvidas, a Polícia é vista como intimidadora.
Os dados se referem apenas a Fortaleza. Mas a pesquisa abrangeu ainda Caucaia, Maracanaú, Horizonte, Eusébio, Sobral e Juazeiro do Norte, além de oito centros educacionais. Foram 385 questionários aplicados.
As informações tabuladas das demais cidades, bem como as recomendações de políticas públicas para superação do problema e o relatório completo, com depoimentos, relatos das famílias e de adolescentes, serão divulgadas até o fim deste ano.
O trabalho realizou audiências territoriais para escuta das comunidades, grupos focais com agentes públicos e família e seminários temáticos.
Confira outros dados:
- 73% dos adolescentes mortos em Fortaleza foram assassinados no bairro onde moravam
- 67% das mortes foram exibidas em programas policiais
- 53% dos adolescentes assassinados foram ameaçados
- 64% dos jovens tiveram amigos assassinados
- Entre os que estão apreendidos, 56% sofreram tentativa de homicídio
- Entre os que foram assassinados, 74% estavam fora da escola há pelo menos seis meses. Entre os apreendidos, esse total é de 64%
- Para 49% dos entrevistados, a Polícia é vista com indiferença
- Para 30% das famílias ouvidas, a Polícia é vista como intimidadora
- 1/3 dos jovens tiveram tios ou primos assassinados
- Em 40% das mortes, se alguma medida fosse tomada após a ameaça, a vida poderia ter sido salva
- Dívida com tráfico, briga de gangue e entre grupos são os principais motivadores das mortes
- A maioria das famílias não cobra a realização de inquérito policial que desvende o assassinato
- Dos adolescentes que mataram, 69% são negros e 96%, homens; 45% disseram ter cometido homicídios por rixa entre grupos ou desentendimento pontual
Saiba mais
O Comitê tem o objetivo de compreender o fenômeno da violência entre os jovens – com foco na faixa de 10 a 19 anos. Em 2013 foram registradas 883 mortes de adolescentes no Estado, aumentando para 974 no ano de 2014 e para 604 em 2015. O Comitê foi criado a partir da assinatura do protocolo de intenções pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, Zezinho Albuquerque, pela vice-governadora Izolda Cela e pelo representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl. É presidido pelo deputado estadual Ivo Gomes (PDT) e tem como relator o deputado Renato Roseno (PSOL).
AUTOR: O POVO
Em números, 46% dos entrevistados apreendidos tiveram familiar assassinado; 79% tiveram amigos assassinados; 56% já sofreram tentativa de homicídio; 80% conviviam com alguém que tinha arma; 70% tiveram familiar preso, detido ou apreendido.
A partir do depoimento de familiares, é possível afirmar que, entre as vítimas, 45% tiveram familiar assassinado; 64% tiveram amigos assassinados; 29% tinham acesso a arma de fogo; 66% tiveram familiar preso, detido ou apreendido.
A violência ocupa a rotina e o Estado se ausenta no cotidiano dos adolescentes. Vide a relação com a educação e a segurança. Entre os jovens apreendidos, 64% estavam fora da escola. Esse número salta pra 74% entre os assassinados. Para 49% dos entrevistados, a Polícia é vista com indiferença e, para 30% das famílias ouvidas, a Polícia é vista como intimidadora.
Os dados se referem apenas a Fortaleza. Mas a pesquisa abrangeu ainda Caucaia, Maracanaú, Horizonte, Eusébio, Sobral e Juazeiro do Norte, além de oito centros educacionais. Foram 385 questionários aplicados.
As informações tabuladas das demais cidades, bem como as recomendações de políticas públicas para superação do problema e o relatório completo, com depoimentos, relatos das famílias e de adolescentes, serão divulgadas até o fim deste ano.
O trabalho realizou audiências territoriais para escuta das comunidades, grupos focais com agentes públicos e família e seminários temáticos.
Confira outros dados:
- 73% dos adolescentes mortos em Fortaleza foram assassinados no bairro onde moravam
- 67% das mortes foram exibidas em programas policiais
- 53% dos adolescentes assassinados foram ameaçados
- 64% dos jovens tiveram amigos assassinados
- Entre os que estão apreendidos, 56% sofreram tentativa de homicídio
- Entre os que foram assassinados, 74% estavam fora da escola há pelo menos seis meses. Entre os apreendidos, esse total é de 64%
- Para 49% dos entrevistados, a Polícia é vista com indiferença
- Para 30% das famílias ouvidas, a Polícia é vista como intimidadora
- 1/3 dos jovens tiveram tios ou primos assassinados
- Em 40% das mortes, se alguma medida fosse tomada após a ameaça, a vida poderia ter sido salva
- Dívida com tráfico, briga de gangue e entre grupos são os principais motivadores das mortes
- A maioria das famílias não cobra a realização de inquérito policial que desvende o assassinato
- Dos adolescentes que mataram, 69% são negros e 96%, homens; 45% disseram ter cometido homicídios por rixa entre grupos ou desentendimento pontual
Saiba mais
O Comitê tem o objetivo de compreender o fenômeno da violência entre os jovens – com foco na faixa de 10 a 19 anos. Em 2013 foram registradas 883 mortes de adolescentes no Estado, aumentando para 974 no ano de 2014 e para 604 em 2015. O Comitê foi criado a partir da assinatura do protocolo de intenções pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, Zezinho Albuquerque, pela vice-governadora Izolda Cela e pelo representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl. É presidido pelo deputado estadual Ivo Gomes (PDT) e tem como relator o deputado Renato Roseno (PSOL).
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