O delegado Marcelo Maia, da Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), que investiga o caso de violência sexual dentro de sala de aula de uma escola municipal da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, informou que os adolescentes suspeitos de forçar uma jovem de 13 anos a fazer sexo oral, admitiram o ato, mas disseram que tudo aconteceu com o consentimento da garota.
O caso aconteceu no dia 16 de outubro, mas só foi registrado na Dcav no dia 31. De acordo com o depoimento da estudante, ela estava sentada em uma cadeira no fundo da sala de aula durante um tempo vago, quando uma menina e quatro meninos, com idades entre 13 e 15 anos, a obrigaram a fazer sexo oral nos meninos.
Maia informou que os cinco suspeitos disseram, durante depoimento, que a menina teria consentido a praticar o ato nos adolescentes, mas depois de fazer sexo oral no primeiro estudante, ela teria desistido e sido forçada por uma aluna.
— Há uma contradição entre eles. Um fala que a menina forçou a vítima depois de praticar o ato no segundo garoto. Outro diz que foi no terceiro, então vamos ter que ouvir outras pessoas para tirar as controvérsias.
Além dos cinco adolescentes, a vítima e a direção da escola também foram ouvidos pelo delegado. Segundo Maia, outros cinco estudantes presenciaram o ato.
— Tínhamos a intenção de concluir o inquérito com o depoimento dos adolescentes, mas eles me apontaram que outros cinco estudantes presenciaram o ato. Terei de ouvi-los, juntar material e analisar as conversas que esses estudantes tiveram pelo Facebook para então chegar a uma conclusão.
Mãe de aluna diz que filha pensou em se matar
Segundo o depoimento da vítima, ela somente conseguiu fugir depois de praticar sexo oral em dois meninos. Ela ainda contou que a menina foi quem a puxou pelos cabelos e levou sua cabeça em direção às partes íntimas dos colegas.
A mãe da menina disse que só ficou sabendo do abuso depois que a filha escreveu uma carta, na qual demonstrava a vontade de cometer suicídio. Essa carta chegou às mãos de um professor e, só então, a mãe da jovem diz ter sido comunicada.
— Ninguém me procurou para contar nada. Percebi minha filha estranha, calada, com vergonha de tudo. Ela só queria ficar na casa da avó. Por causa da carta, insisti e ela acabou me falando o que houve. É uma situação horrível. A minha filha está com vergonha do mundo. Ela pensou em se matar. Tive que largar o trabalho. A minha vida parou.
A mãe da adolescente, que tem 32 anos, disse que a filha deixou de ir à escola e não sai mais de casa. Ela passa o dia jogando no computador e passou a comer o tempo todo. A mãe disse que ela foi atendida por psicólogos na Dcav, mas que ainda não teve tempo de buscar apoio psicológico permanente para a filha.
A Secretaria Municipal de Educação informou que a 2ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) abriu uma sindicância administrativa para apurar o caso. Segundo a secretaria, a diretora da unidade escolar procurou a 2ª CRE tão logo soube do ocorrido.
AUTOR: R7
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