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sexta-feira, 8 de junho de 2012
"ELA É FRIA E CALCULISTA", DIZ DELEGADO SOBRE A BABÁ
A babá Silvia dos Santos de 42 anos, condenada em 2008 por torturar um menino deficiente de 7 anos no Rio de Janeiro, se mostrou fria e calculista durante a prisão, ocorrida no litoral do Paraná. O delegado Hilton Pinho Alonso, da 62ª DP (Imbariê), disse nesta sexta-feira (8) que Silvia - que estava foragida desde a condenação - não demonstrou nenhum tipo de sentimento quando foi detida, nesta quarta (6).
" Ela é uma pessoa extremamente fria e calculista. Não teve nenhuma compaixão pelo menino e veio do Paraná, onde foi presa, até o Rio sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento do que fez. Muito pelo contrário, ela nega o tempo todo e se faz de vitima da situação", contou. À imprensa, Silvia negou o crime (leia abaixo).
O caso ocorreu em 2005, na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Depois das agressões, o menino, que era deficiente físico e mental e necessitava de cuidados especiais, ficou internado por sete meses e morreu. Silvia foi condenada por tortura em 2008 a 5 anos e 7 meses de prisão.
De acordo com o delegado, a mulher foi encontrada na cidade de Matinhos, no litoral do Paraná, após informações de pessoas da comunidade onde ela morava em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e investigação da policia.
Ela não teve nenhuma compaixão pelo menino."Em agosto de 2005, a família já estava desconfiada porque a criança tinha marcas pelo corpo. A desconfiança se agravou quando uma mãe de um aluno onde Pedro estudava achou que Silvia tratava a criança de modo estranho. Depois disso, os pais instalaram câmeras na residência, filmaram o ocorrido e mandaram as imagens para a polícia", explicou o delegado.
Delegado Hilton Afonso Pinho
Ainda de acordo com o delegado, Silvia mudava de endereço o tempo todo para não ser presa, mas um recadastramento da ficha de um hospital foi o que ajudou a polícia a encontra-lá.
"Primeiro fomos até o endereço que tínhamos, mas ela não estava lá. Só que nós sabíamos que ela tinha uma filha doente e fomos até o hospital onde a menina era tratada. Para nossa sorte, a unidade estava fazendo recadastramento e foi assim que conseguimos o endereço dela", contou.
O delegado ainda informou que no momento da prisão, Silvia disse que seu nome era Renata. "Ela tentou se esconder o tempo todo e até trocou o nome, mas não adiantou. Fizemos um trabalho com informações minuciosas e chegamos até o local onde ela estava com a filha de 22 anos", concluiu.
Dever cumprido pela polícia
Segundo a delegada Martha Rocha, chefe da Polícia Civil, apesar do fato ter ocorrido em 2005, ele não caiu no esquecimento e o dever da polícia foi cumprido.
"Nós estamos falando de uma pessoa que passa anos de sua vida escondida, que articula estratégias de fuga. Nesse sentido eu quero destacar outra coisa: a pessoa que sabia da informação se dirigiu à delegacia, estabeleceu relações de confiança através de seu trabalho com a comunidade, que recebeu essa informação e que trabalhou essa informação. A gente vê essas facetas e temos o resultado da prisão dela. Foi um crime que chocou pela magnitude que ela cometeu", disse a delegada.
Babá nega as agressões
Segundo Silvia, a criança estava engasgada e ela só estava tentando ajudá-la. " Eu sempre cuidei do Pedro com carinho. Ele estava engasgado e eu estava tentando ajudar o menino. Nunca bati nele. Ele já era uma criança doente. Não tenho culpa pela morte dele.", contou Silvia.
FONTE: G1/RJ
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