Sob ameaça de novas chuvas, milhares de socorristas no Japão continuam em busca de sobreviventes, três dias após a passagem do poderoso tufão Hagibis. A TV estatal informou nesta terça-feira (15) que foi a 67 o número de mortos e que ao menos 15 pessoas estão desaparecidas. Há 204 feridos.
Hagibis atingiu a terra no sábado, (12), à noite vindo do Pacífico, acompanhado por rajadas de vento de quase 200 km/h. A passagem do tufão foi precedida por chuvas torrenciais que afetaram 36 das 47 prefeituras do país (centro, leste e nordeste) e causou deslizamentos de terra e inundações.
"Ainda há muitas pessoas desaparecidas. As equipes estão fazendo o possível para procurá-las e tentar salvá-las, trabalhando dia e noite", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe em uma reunião de emergência do gabinete.
Ao menos 110.000 socorristas, incluindo 31.000 soldados da Força de Autodefesa Japonesa, foram mobilizados.
Mas os meteorologistas japoneses previram mais chuvas no centro e no leste do Japão e alertaram para o perigo de novos deslizamentos de terra e inundações.
"Hoje é esperado chuva nas áreas atingidas pelo desastre", disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, que pediu à população que "permaneça totalmente vigilante".
Região de casas destruídas em Nagano Foto: Kazuhiro Nogi/ AFP Photo
Operações
Na região de Nagano (centro), uma das mais atingidas, está chovendo. "Estamos preocupados que essas chuvas tenham impacto nos esforços de busca e resgate", disse uma autoridade local, Hiroki Yamaguchi. "Continuaremos as operações, sempre atentos a novos desastres devido às chuvas contínuas", acrescentou.
No total, 176 rios transbordaram, principalmente no norte e no leste do Japão, segundo a imprensa local.
Um dique desmoronou na região de Nagano, descarregando as águas do rio Chikuma em uma zona residencial cujas casas foram inundadas.
Em alguns lugares, helicópteros resgatavam moradores refugiados em suas varandas ou telhados, enquanto equipes de resgate a bordo de barcos trafegavam pelas águas barrentas entre as casas em busca de pessoas presas.
"Tudo em minha casa foi arrastado pela água diante dos meus olhos imaginei", disse uma moradora de Nagano à NHK. "Acho que tenho sorte de estar viva", acrescentou.
Dezenas de milhares de pessoas estão em abrigos, sem garantia de poder voltar para suas casas em breve.
Cerca de 75.900 famílias no país ainda estão sem eletricidade e cerca de 135.000 não têm acesso a água potável.
Hagibis paralisou os transportes na região de Tóquio no final de semana, prolongado por um feriado na segunda-feira (14), mas a maioria das ligações ferroviárias e aéreas foi retomada.
AUTOR: FRANCE PRESSE
Operações
Na região de Nagano (centro), uma das mais atingidas, está chovendo. "Estamos preocupados que essas chuvas tenham impacto nos esforços de busca e resgate", disse uma autoridade local, Hiroki Yamaguchi. "Continuaremos as operações, sempre atentos a novos desastres devido às chuvas contínuas", acrescentou.
No total, 176 rios transbordaram, principalmente no norte e no leste do Japão, segundo a imprensa local.
Um dique desmoronou na região de Nagano, descarregando as águas do rio Chikuma em uma zona residencial cujas casas foram inundadas.
Em alguns lugares, helicópteros resgatavam moradores refugiados em suas varandas ou telhados, enquanto equipes de resgate a bordo de barcos trafegavam pelas águas barrentas entre as casas em busca de pessoas presas.
"Tudo em minha casa foi arrastado pela água diante dos meus olhos imaginei", disse uma moradora de Nagano à NHK. "Acho que tenho sorte de estar viva", acrescentou.
Dezenas de milhares de pessoas estão em abrigos, sem garantia de poder voltar para suas casas em breve.
Cerca de 75.900 famílias no país ainda estão sem eletricidade e cerca de 135.000 não têm acesso a água potável.
Hagibis paralisou os transportes na região de Tóquio no final de semana, prolongado por um feriado na segunda-feira (14), mas a maioria das ligações ferroviárias e aéreas foi retomada.
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