No fim da tarde deste domingo, 20, a presença de curiosos tinha diminuído nas proximidades do Edifício Andréa, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. A presença de agentes de segurança também era significativamente menor. Para quem estivesse presente entre a última terça-feira, 15, data que marcava o desabamento do prédio de sete andares, e este sábado, 19, quando os trabalhos de busca pelas vítimas foi finalizado, a movimentação menor talvez causasse estranheza.
O silêncio, típico de uma tarde de domingo, era um tanto incômodo. Desde a manhã de terça-feira, sempre que se fazia silêncio era a pedido do Corpo de Bombeiros, e este pedido vinha carregado de esperança: servia para ouvir os possíveis apelos de vítimas soterradas. Este significado se esvaiu com a retirada do último corpo.
Ao todo, foram nove mortos com a tragédia do Edifício Andréa; sete pessoas foram resgatadas com vida do local. Com a perda da residência e de todos os pertences, àqueles que ficaram ficam com a difícil tarefa do recomeço, atividade esta que não pode ter apontada uma data de início, mas que tem um ponto de partida já iniciado: a remoção dos entulhos do que antes era sua morada.
A reportagem do O POVO esteve no local por duas vezes neste domingo, 20. Durante a manhã presenciou a saída de caminhões com o entulho e a movimentação de operários que carregavam carrinhos de mão com pertences do ex-moradores do Andréa. Na tarde do mesmo dia, o movimento de retirada de entulhos parecia ter diminuído sua frequência.
Funcionários da Defesa Civil que estavam no local indicaram, em entrevista, que a retirada do entulho seria concluída na segunda-feira, 21, embora uma previsão anterior indicava que o serviço se estenderia até terça-feira, 22.
Sobre os imóveis do entorno do edifício, que foram esvaziados por precaução, a data de início das vistorias também será na segunda. A partir de então, serão determinadas se as estruturas estarão liberadas para o retorno dos proprietários ou se o desabamento do prédio comprometeu suas estruturas.
No local do desabamento, continuam a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) Defesa Civil, a Guarda Municipal de Fortaleza e a Polícia Militar do Estado do Ceará, esta última com uma Base Móvel Comunitária estacionada próximo ao local.
Algumas pessoas ainda procuravam obter informações sobre o acontecido. A maioria delas, conversava entre si, baixinho, sobre a perda daquelas pessoas que habitavam o Andréa. Um homem que estava no local conversou informalmente com a reportagem.
No local do desabamento, continuam a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) Defesa Civil, a Guarda Municipal de Fortaleza e a Polícia Militar do Estado do Ceará, esta última com uma Base Móvel Comunitária estacionada próximo ao local.
Algumas pessoas ainda procuravam obter informações sobre o acontecido. A maioria delas, conversava entre si, baixinho, sobre a perda daquelas pessoas que habitavam o Andréa. Um homem que estava no local conversou informalmente com a reportagem.
Revelou que morava bem próximo, mas havia se mudado para uma outra residência no mesmo bairro. Ele preferiu não dar entrevista, argumentando que não se sentia a vontade. Acompanhado de uma mulher, ouviu a justificativa dela e concordou: "Ainda estamos muito abalados".
AUTOR: O POVO
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