Começa nesta quarta-feira (5), a partir das 9 horas, o julgamento do professor Andrei Erik Landim Pimentel. Ele é acusado de matar a companheira, Ana Cristina Vieira do Amarante, enquanto ela dormia. O réu será levado a júri popular na 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua.
O acusado será julgado por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima). A sessão será presidida pela juíza Daniela Lima da Rocha.
A acusação ficará a cargo do promotor de Justiça Humberto Ibiapina e das assistentes de acusação, as advogadas Edna Gomes de Lima e Ana Dantas Cavalcante. A defesa será promovida pelo defensor público Eduardo Antônio Andrade Villaça.
Esta é a terceira tentativa de realizar o julgamento. Nas outras ocasiões, dias 17 de abril e 25 de junho deste ano, as sessões foram adiadas porque o laudo psiquiátrico da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), requerido pelo Ministério Público do Ceará (MP/CE), não foi concluído.
O processo (nº 0196400-25.2012.8.06.0001) é um dos julgamentos agendados para a II Semana da Justiça pela Paz em Casa, que ocorre em todo o País desde a segunda-feira (03), prosseguindo até a sexta-feira (07).
O CRIME
O crime ocorreu no dia 5 de agosto de 2012, por volta de uma hora, no bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza. Segundo denúncia do MP/CE, na noite anterior ao homicídio, o casal havia discutido porque Ana Cristina teria saído de casa sem a companhia de Andrei. Na madrugada, o acusado assassinou a vítima com vários disparos, no momento em que ela dormia.
No dia seguinte, o réu se apresentou espontaneamente à polícia e confessou o crime. Ele teve a prisão preventiva decretada dias depois e foi submetido a exame de sanidade mental. A avaliação concluiu que ele tinha diminuição da capacidade de entendimento do caráter criminoso do fato.
Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), os dois viviam juntos há mais de um ano e meio e, conforme relatos de familiares, Ana Cristina estava depressiva por causa do ciúme excessivo de Andrei Erick. Além disso, ela sentia-se constrangida por ser obrigada a participar de vídeos eróticos produzidos por ele. Alguns dias antes do assassinato, em 2012, o acusado havia adquirido revólver e munição. A atitude assustou a mulher, que buscou ajuda da família, afirmando estar com medo do companheiro.
A família e amigos da vítima realizam um movimento que exige pena máxima para o réu, Erik Landim Pimentel, reivindicando os direitos da mulher segundo a “Lei Maria da Penha”. Socorro Amarante, irmã de Cristina, disse que um grande número de manifestantes, principalmente mulheres, comparecerão ao julgamento para exigir a pena máxima do acusado.
AUTOR: DN
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