Três operações de combate ao tráfico de drogas foram realizadas pela Delegacia de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil cearense durante o fim de semana. Uma dessa ações resultou na prisão do traficante Francisco Adriano de Sousa, que fugiu da Cadeia Pública de Iguatu, há cerca de um mês, após fingir ser um companheiro de cela e enganar agentes penitenciários e um oficial de Justiça. Adriano de Sousa, o 'Sibite', foi preso em uma casa de luxo, no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza.
Após revistar o local, os policiais civis encontraram uma sacola com R$ 29.600. Adriano, que seria o chefe do tráfico da Estiva, no bairro Serviluz, foi levado para a sede da Denarc, no Centro de Fortaleza. Após ser ouvido, ele deverá ser transferido para um presídio da Grande Fortaleza. Na manhã de hoje, mais detalhes dessa operação e das outras duas realizadas no fim de semana serão repassados em entrevista coletiva.
Recapturado
Adriano de Sousa estava preso em Iguatu, desde fevereiro deste ano, após ser capturado por meio de uma ação conjunta entre a Polícia Federal, polícias Civil e Militar, com 18 quilos de pasta base de cocaína e R$ 18 mil. No entanto, no dia 4 de abril, ele saiu pela porta da frente da cadeia.
Após escapar da cadeia, 'Sibite' passou a ser procurado pelas autoridades de Segurança e, na última sexta-feira (3), cerca de um mês depois do plano de fuga, acabou recapturado pela Denarc. A Polícia chegou ao paradeiro de Adriano por meio de uma denúncia. Uma operação foi montada e o acusado passou a ser vigiado. Ele estava morando na casa de luxo, que possuía uma grande piscina, na Cidade dos Funcionários, com a mulher e filhos. No fim da tarde, quando saía da casa, Adriano recebeu voz de prisão.
Fuga
Na ocasião da fuga de Adriano da Cadeia Pública de Iguatu, uma oficiala de Justiça chegou à unidade penitenciária com um alvará de soltura na mão. Nos documentos, constava o nome de Adriano Soares Nascimento, um detento que estava preso por ter matado um homem.
Adriano Sousa, o 'Sibite' respondeu a chamada pelo colega de cela, assinou a ordem judicial e foi embora sem ser importunado. O diretor da unidade carcerária, disse, em entrevista, na época do fato, que houve uma "falha de comunicação entre a oficiala de Justiça e o agente penitenciário, que deveria ter feito a entrevista com o detento para confirmar a identidade". Já a diretora de secretaria da 1ª Vara de Iguatu, Maria de Jesus Pontes de Queiroz, afirmou que o alvará de soltura foi expedido e distribuído e, se o agente penitenciário apresentou o "falso Adriano", a oficiala de Justiça não tem responsabilidade sobre isso.
AUTOR: DN
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