O motorista Gilberto Rodrigues, 42, foi enterrado na manhã deste domingo (4) no Cemitério Parque dos Girassóis, em Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. Ele deixa um filho pequeno.
"Eu não tenho palavras, eu perdi um filho maravilhoso. Não sei o que posso falar. Só quero justiça. Saber como aconteceu, quem foi", afirmou a mãe da vítima, dona Luzenita Rodrigues da Silva, 67 anos, durante o enterro.
A suspeita é a de que os seguranças do bar teriam participado da agressão. O Bom Dia São Paulo tentou falar com os donos do bar, mas não obteve retorno.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, por meio de sua assessoria de imprensa, a prima do motorista Gilberto relatou no boletim de ocorrência, registrado no 2º Distrito Policial, que eles ficaram no bar por cerca de uma hora e deixaram o local juntos às 4h50 após pagarem a comanda. No momento em que saíam, um segurança chamou Gilberto, que retornou ao bar enquanto a prima buscava o carro no estacionamento.
Quando voltou para o bar, com o carro, a prima viu Gilberto desacordado, com sangue no rosto e sendo carregado por quatro seguranças. "Eu falei 'você levou ele lá dentro para bater?'. O cara falou que 'não, ele caiu da escada e quebrou o nariz'", disse a prima da vítima. Testemunhas teriam dito que ele foi segurado pelos seguranças e espancado por outras pessoas no bar.
Segundo a testemunha relatou no boletim de ocorrência, Gilberto estava em uma sala da entrada do bar quando um homem chegou e o agrediu com um soco. Ele não soube dizer se o homem que agrediu Gilberto era segurança ou cliente. A prima teria dito à testemunha que quando voltou ao bar, Gilberto contou que teve um desentendimento com um cliente por causa de uma mulher e que o próprio cliente teria dito “deixa para lá”.
Segundo o boletim de ocorrência, Gilberto foi deixado na calçada porque não poderia ficar dentro do bar.
Gilberto foi levado ao Pronto Socorro da Santa Casa pela prima e por uma testemunha. Ele morreu no hospital. "A lembrança é que a gente passou muitos momentos felizes. Ele foi vivo e voltou no caixão para mim", disse a mulher da vítima, Joanita Oliveira Souza. O caso foi registrado como morte suspeita.
AUTOR: G1/SP
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