Após dois anos, as três mulheres acusadas de matar um motorista de ônibus, e esquartejar e espalhar as partes do corpo dele em São Paulo devem ser julgadas nesta quarta-feira (30). Os crimes foram cometidos em março de 2014.
O julgamento, que deveria ter ocorrido em 27 de janeiro foi adiado pela Justiça a pedido da acusação, que alegou não ter tido acesso a todas as provas. Remarcado para esta tarde, ele está agendado para começar às 13h no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital. O plenário foi reservado por três dias pela juíza Débora Faitarone.
As prostitutas Marlene Gomes, de 57 anos, e Francisca Aurilene Correia da Silva, de 35, e a vendedora Marcia Maria de Oliveira, 33, respondem presas pelo assassinato de Alvaro Pedroso, 55. Elas estão detidas preventivamente na Penitenciária Feminina de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. As três rés serão levadas ao plenário 5 do fórum para se defenderem das acusações.
O corpo do motorista foi cortado em 20 pedaços, que foram ensacados e espalhados na região do Cemitério da Consolação, em Higienópolis, e na Praça da Sé, ambos no Centro da capital. Câmeras de segurança gravaram as mulheres dispensando os pacotes.
Segundo o Ministério Público (MP), Marlene premeditou a morte de Alvaro, que era seu cliente e amante. De acordo com a acusação, o motorista queria terminar o relacionamento com a prostituta e parar de dar dinheiro para ela.
Na denúncia, o promotor Tomás Busnardo Ramadan escreveu que isso incomodou a garota de programa, que não aceitava ficar sem o dinheiro de Alvaro. Então, para se vingar, ela decidiu matá-lo.
De acordo com a Promotoria, Marlene combinou o assassinato com Marcia e Francisca. Para isso, atraiu Alvaro para o prédio onde trabalhava, o embriagou e depois as três golpearam a cabeça do motorista com um machado.
Para o promotor, as três mulheres participaram do assassinato, esquartejamento e ocultação do corpo da vítima, inclusive arrancando os dedos para dificultar a identificação pelas digitais. O MP informou que elas teriam usado uma serra para separar o cadáver. Caso sejam condenadas, a pena de cada uma delas pode chegar a 30 anos de prisão.
Alvaro Pedroso, vítima do crime (Foto: Reprodução)
Acusadas
Em junho do ano passado, em entrevista exclusiva ao G1, Marlene disse que o crime não foi planejado e matou Alvaro sozinha porque ele a agredia e ameaçava matá-la.
"Foi uma fatalidade que aconteceu, uma coisa que não foi premeditada. Nem em um minuto na vida eu pensei em matar, nem nada”, declarou Marlene naquela ocasião.
Segundo a prostituta, entre a noite do dia 22 e a madrugada do dia 23 de março de 2014, ela e o motorista ficaram bêbados. Em seguida, Alvaro a agrediu após eles terem transado num prostíbulo na Rua dos Andradas, Centro da capital.
Marlene afirmou que para se defender de Alvaro o empurrou, mas ele caiu, bateu o rosto no vaso sanitário do banheiro e perdeu a consciência.
Ela falou que ganhava R$ 70 pelos programas sexuais com Alvaro, mas que se recusasse a fazê-los ou denunciasse as agressões à polícia, o motorista tinha dito que a mataria juntamente com a filha e o genro dela.
Segundo Marlene, depois ela foi à cozinha, onde pegou um martelo e passou a golpear a cabeça do motorista, que estava caído. A prostituta alegou estar movida por vingança disposta a por fim ao sofrimento dela. Contou que usou a faca que Alvaro levava na cintura para esquartejá-lo.
Acusadas
Em junho do ano passado, em entrevista exclusiva ao G1, Marlene disse que o crime não foi planejado e matou Alvaro sozinha porque ele a agredia e ameaçava matá-la.
"Foi uma fatalidade que aconteceu, uma coisa que não foi premeditada. Nem em um minuto na vida eu pensei em matar, nem nada”, declarou Marlene naquela ocasião.
Segundo a prostituta, entre a noite do dia 22 e a madrugada do dia 23 de março de 2014, ela e o motorista ficaram bêbados. Em seguida, Alvaro a agrediu após eles terem transado num prostíbulo na Rua dos Andradas, Centro da capital.
Marlene afirmou que para se defender de Alvaro o empurrou, mas ele caiu, bateu o rosto no vaso sanitário do banheiro e perdeu a consciência.
Ela falou que ganhava R$ 70 pelos programas sexuais com Alvaro, mas que se recusasse a fazê-los ou denunciasse as agressões à polícia, o motorista tinha dito que a mataria juntamente com a filha e o genro dela.
Segundo Marlene, depois ela foi à cozinha, onde pegou um martelo e passou a golpear a cabeça do motorista, que estava caído. A prostituta alegou estar movida por vingança disposta a por fim ao sofrimento dela. Contou que usou a faca que Alvaro levava na cintura para esquartejá-lo.
Cabeça é achada dentro de saco na Praça da Sé, em São Paulo (Foto: Adriano Lima/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), apontou que Alvaro morreu em decorrência de traumatismo craniano causado pelas pancadas que recebeu na cabeça. Um martelo com sangue foi apreendido.
O documento mostra que o esquartejamento ocorreu após a morte do motorista. Para a perícia foi usada uma serra e não uma faca, como disse Marlene. A mulher ainda disse que levou seis horas para cortar o cadáver. Peritos concluíram que o corpo do motorista foi segmentado da seguinte maneira: cabeça, tronco, pele, pênis, duas coxas, duas pernas, dois braços e dez dedos das mãos.
Se dizendo desesperada pelo que fez, a prostituta falou que decidiu pedir para Marcia, conhecida por "Sheila", e Francisca, apelidada de "Thais", a ajudarem a se livrar do corpo. Marlene falou que não queria que o prédio onde trabalhavam tivesse problemas com a polícia.
Os advogados Aryldo de Oliveira de Paula, Márcio Modesto e outros seis advogados vão defender as três mulheres acusadas pelo assassinato do motorista Alvaro. “Elas não devem ser responsabilizadas pelo homicídio, mas sim pela subtração, destruição e ocultação de cadáver", voltou a dizer Aryldo nesta quarta-feira ao G1.
"Marlene não teve a intenção de matar Alvaro, ela apenas reagiu a uma agressão dele. E Márcia e Francisca não o mataram", afirmou o advogado. Pelos cálculos da defesa, se forem condenadas por esses crimes, cada uma poderia ficar até três anos presa.
No ano passado, a viúva e a filha do motorista, falaram à equipe de reportagem que Alvaro era nervoso, mas não a ponto de agredir ou ameaçar alguém. Também disseram que desconfiam que a morte dele foi planejada.
AUTOR: G1/SP
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