O homem acusado de matar o estudante de Direito Mardônio Rodrigues Freire Júnior, 19, deve ser julgado nos próximos dias pelo crime. O universitário foi morto no dia 19 de março deste ano, durante um latrocínio (roubo seguido de morte).
A instrução do processo, que tramita na 14ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, foi encerrada na última quinta-feira com depoimento do réu Carlos Natiel Paula Firmino, 19, que foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPE) por latrocínio e corrupção de menores. Ele teria agido juntamente com dois adolescentes, já sentenciados pelo Juízo da 1ª Vara da Infância e Juventude a medidas socioeducativas de internação.
No interrogatório, Natiel não negou a participação no crime, mas disse ter sido forçado por um dos adolescentes, que estaria armado, a atuar e abordar o veículo da vítima. Conforme a Polícia, os dois adolescente e Carlos Natiel teriam esperado o momento certo para abordar uma vítima no sinal da Avenida Professor Heribaldo Costa, no bairro Henrique Jorge.
O trio teria observado quando Mardônio estava parado no sinal com o vidro aberto. Segundo as investigações, um dos adolescentes ficou ao lado da janela do motorista, colocou a arma na cabeça da vítima e anunciou o assalto. Mardônio acelerou o veículo, o que fez um dos adolescentes atirar no estudante, que mesmo ferido, conduziu o carro por alguns metros e bateu.
Nesse instante, Natiel teria assumido o volante e retirou Mardônio do automóvel, mas ele ficou preso pelos pés no cinto de segurança e chegou a ser arrastado pelos acusados. Quando tentava desvencilhar Mardônio do cinto, Natiel bateu em uma árvore. De acordo com a Polícia, ele fugiu a pé com um dos comparsas. O outro adolescente desmaiou dentro do veículo e acabou apreendido.
De acordo com os advogados Leandro Vasques e Holanda Segundo, assistentes da acusação, a expectativa é de que Carlos Natiel seja julgado em, 30 a 40 dias. Vasques e Holanda explicaram que, após o interrogatório de Carlos Natiel, o MP solicitou a juntada aos autos, do processo que tramitou na Vara da Infância e Juventude. Em seguida, o MP e a defesa devem entregar as alegações finais e à juíza, então, deve julgar o caso.
A audiência da semana passada foi marcada por uma manifestação de parentes e amigos de Mardônio. Para os assistentes da acusação, a expectativa é de que Carlos Natiel seja sentenciado a uma pena superior a 20 anos. "Estamos confiantes em um julgamento rápido e na aplicação de uma punição exemplar que possa amenizar a irreparável perda da família e coibir futuros casos semelhantes".
AUTOR: DN
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