Dois suspeitos de envolvimento na morte do soldado PM Fernande Vanucci Bezerra da Silva, 29, ocorrida na Autoescola Aquino, no bairro João XIII, na última quinta-feira (9), se apresentaram na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na tarde de ontem.
No começo da noite, o juiz titular da Sexta Vara Criminal de Fortaleza, Eduardo de Castro Neto, decretou a prisão preventiva dos suspeitos atendendo a pedido do presidente do inquérito, delegado Fábio Torres.
Conforme a Polícia, três homens teriam assaltado o estabelecimento e o policial militar foi executado com um tiro na face ao tentar reagir.
Wanderson da Silva Rodrigues, 20; e Danilo Almeida de Alencar, 18, chegaram à DHPP, no começo da tarde acompanhados do advogado Romeu Aurélio Ferreira. Eles foram ouvidos pelas autoridades policiais e confessaram o latrocínio - roubo seguido de morte. Disseram, ainda, estarem arrependidos do crime que cometeram.
Segundo Romeu Aurélio, seus clientes estavam escondidos na cidade de Pacajus (49 Km de Fortaleza). "Eles contaram que partilharam o material do roubo e se separaram da terceira pessoa que participou do caso. Esta pessoa teria vendido as duas armas usadas no assalto e a que foi roubada do policial. O lucro de R$ 4,5 mil foi dividido entre os três", declarou.
Foragido
A pessoa a quem Romeu Aurélio se refere seria um cunhado de Vanderson, identificado como Francisco Jairo dos Santos, 26. Eles três seriam os homens que aparecem nas filmagens de circuito interno da autoescola, cedidas à Polícia. Santos não foi ainda capturado, mas os agentes da DHPP estão à procura dele.
A Polícia irá investigar quem são os receptadores das armas. Eles deverão ser indiciados no decorrer das investigações do caso naquela Especializada.
O homem que alugou a motocicleta usada pelos assaltantes foi autuado, na madrugada de sexta-feira, dia 10. Ele disse que não sabia para que os rapazes usariam o veículo, mas foi flagranteado como envolvido.
"Além dele, que é considerado partícipe, apreendemos uma adolescente de 14 anos", disse o delegado Luiz Carlos Dantas, diretor da DHPP, que não deu detalhes da participação da menor.
"Para eles estar preso é importante. Temo pela segurança de meus clientes. O clamor público em torno deste caso foi muito grande", disse o advogado dos suspeitos.
O diretor da DHPP afirmou, ainda, que não será divulgado onde os suspeitos ficarão presos, como forma de resguardar a integridade física deles.
AUTOR: DN
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