TRECHO DA BR-222 EM TIANGUÁ (CE), ENCONTRA-SE AINDA ABANDONADA

Uma das mais importantes vias de escoamento de mercadorias e de fluxo de pessoas do estado do Ceará, a BR-222 pode ser considerada uma das mais problemáticas rodovias do estado.

A Cidade de Fortaleza é o nascedouro da rodovia federal que corta mais de dez municípios e liga a capital cearense às regiões norte e noroeste do estado do Ceará. Há décadas o fluxo de veículos que cresce a cada na rodovia aumenta o número de problemas e também de acidentes motivados, sobretudo, pela incapacidade governamental em gerenciar a BR que clama anualmente por reformas em sua malha asfáltica.

Há cerca de seis anos atrás, um mirabolante projeto estruturante começava a sair do papel e tornar-se realidade, a triplicação da Br-222 no trecho urbano da cidade de Tianguá. A obra que tinha como objetivo organizar e simplificar o trânsito de veículos no trajeto da rodovia federal na cidade aos poucos foi transformando-se num pesadelo para caminhoneiros e motoristas locais.

A construção de dois viadutos, uma passarela, além das obras de ampliação da pista tinha tudo para melhorar a vida de quem depende desta rodovia no seu dia-a-dia, porém aos poucos foi se transformando numa dor de cabeça. A paralisação das obras, uma constante durante todo o histórico desta, além do abandono por parte do poder público federal mostra claramente o desinteresse de muitos gestores em dar fim a uma história que já dura mais de cinco anos.

No lugar dos maquinários, das amplas vias e do movimento organizado e tranquilo nos viadutos, o que restou foram crateras e rachaduras na malha asfáltica e a interdição de muitos trechos onde estão localizados os viadutos. O que seria uma das mais importantes obras federais na Serra da Ibiapaba aos poucos foi gerando insatisfação popular por parte dos moradores de Tianguá.

O abandono da via e os problemas gerados a partir deste já foi alvo de várias reportagens nos veículos de comunicação local, além de também ter sido alvo da Marcha contra a Corrupção realizada em Tianguá no dia 01 de Abril do ano passado por estudantes e jovens da cidade.

Os moradores que moram nos entornos da obra nos relataram os problemas gerados pela paralisação dos trabalhos, segundo os mesmos, a poeira, o lamaçal em dias de chuva, além das infiltrações em suas moradias são os problemas mais recorrentes entre estes que aguardam com ansiedade a resolução de seus problemas.

AUTOR: AGÊNCIA IBIAPABA