De acordo com o delegado Mauro André Carvalho, titular da Delegacia do Idoso, o grupo emprestava dinheiro às vítimas, a juros exorbitantes, retinha os seus cartões bancários com as senhas e, em seguida, sacava o dinheiro.
"Eles pediam a quantia, negociavam o pagamento, cobravam os juros - eles dizem que era só 2%, mas era muito mais - e, em troca, a pessoa tinha que deixar o cartão e a senha. Um funcionário retirava o dinheiro, contabilizava o valor devido acrescido dos juros e devolvia o restante para as vítimas", explicou.
Ainda segundo o delegado, as vítimas ficavam reféns dos bandidos. "Não conseguiam reaver seus cartões, eles ameaçavam, e chegavam a pagar até dez vezes o valor da dívida", acrescentou.
O proprietário da casa, Sebastião Nunes de Moura, 46 anos, é apontado como o líder do bando. E esta não é a primeira vez que ele vai preso, já tendo sido detido, há alguns anos, pela Polícia Federal, acusado de outro crime. Os demais não tiveram seus nomes divulgados.
Em poder do grupo, a polícia apreendeu aproximadamente 300 cartões, entre bancários, do programa Bolsa Família e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além de diversos cheques e notas promissórias, uma picape Hilux, cinco motocicletas, computadores e mais de R$ 30 mil.
O delegado suspeita que a quadrilha atuava há quase 10 anos, pois encontrou cheques datados de 2003. Já as investigações começaram há seis meses, após a denúncia de um idoso que procurou a delegacia. A polícia deu início às diligências e verificou que havia uma movimentação anormal na casa: as pessoas chegavam a formar fila à porta, para pedir empréstimos.
De acordo com a polícia, Sebastião confessou a prática dos crimes e afirmou que chegava a fazer 30 novas vítimas por dia.
O delegado informou, ainda, que os bens apreendidos poderão ser revertidos em indenizações às vítimas. Elas podem procurar a Delegacia do Idoso, na Rua 24 de Janeiro, Centro da cidade, para obter mais informações.
Os acusados responderão pelos crimes de agiotagem, retenção de cartões e formação de quadrilha. A polícia tem 10 dias para concluir o inquérito.
AUTOR: PORTAL O DIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU