Um tiroteio em uma casa noturna cheia de gente na cidade americana de Cincinnati (Ohio) deixou pelo menos um morto e 15 feridos, informou a polícia, que descartou uma motivação terrorista.
As sirenes das patrulhas e das ambulâncias continuaram durante horas diante do estabelecimento, em uma cena quase cotidiana em um país em que os tiroteios são frequentes.
Mas a discoteca Cameo lembrava o sangrento ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) contra um local gay em Orlando (Flórida), que deixou 49 mortos e cerca de 60 feridos em junho de 2016.
Apesar da lembrança, as autoridades de Cincinnati descartaram rapidamente uma motivação terrorista.
"Nada indica que se trate de um atentado terrorista", disse o prefeito, John Cranley, em coletiva de imprensa neste domingo.
Um homem de 27 anos, identificado como Obryan Spikes pela polícia, morreu e pelo menos outras 15 pessoas foram feridas pelos tiros, segundo um novo balanço.
Os autores do tiroteio ainda não foram detidos, segundo as autoridades dessa cidade de 300.000 habitantes.
A polícia informou em um primeiro momento que só havia um agressor.
"Precisamos de testemunhas que tenham a coragem de se deslocar para identificar os agressores", pediu o prefeito.
O tiroteio começou na noite de sábado para domingo no interior da Cameo.
"Parece que o conflito começou entre grupos específicos de indivíduos durante o dia, antes de escalar até a tragédia", informou o prefeito pelo Twitter.
"A investigação determinou que a discoteca estava cheia, com cerca de 200 pessoas", acrescentou o chefe de polícia de Cincinnati, Eliot Isacc, à imprensa.
"Vários homens originários dos arredores entraram em uma briga no bar que degenerou em um tiroteio com a participação de várias pessoas", acrescentou.
A discoteca tem o costume de revistar seus clientes para garantir a segurança, mas havia várias armas de fogo no local, disse polícia.
"Houve tiros, cerca de 20 tiros", declarou à rede local WLWT uma testemunha que estava na boate.
Nos sábados à noite a casa só permite a entrada de pessoas maiores de 21 anos, segundo informações em seu site.
Após os disparos, o público correu em todas as direções e algumas pessoas se chocaram com outras, de acordo com a polícia, que continua interrogando várias testemunhas.
Embora a polícia tenha descartado desde a madrugada a hipótese terrorista, as autoridades ressaltaram a gravidade do fato.
"É totalmente inaceitável. Estamos em um país em que se deveria poder sair à noite para divertir-se sem temer ser ferido por balas", lamentou o prefeito Cranley.
"Trata-se de um nova tragédia terrível", disse à CNN o governador de Ohio, John Kasich.
Os tiroteios são frequentes nos Estados Unidos, onde as armas podem ser adquiridas legalmente e circulam amplamente. Em Cincinnati foram registrados 66 homicídios no ano passado, e quase todos eles (57) foram cometidos com armas de fogo. A violência aumentou neste ano, com 57 vítimas de tiroteios registradas até 23 marzo, contra 31 no mesmo período de 2016.
Em 2012, 20 crianças e seis adultos morreram durante um tiroteio na escola de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, fato que gerou um novo e acalorado debate sobre a necessidade de restrições ao porte de armas, o que não teve resultado.
AUTOR: O POVO
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