A agressão que resultou no óbito de Dandara dos Santos (42) foi filmada e publicada nas redes sociais. O crime aconteceu no último dia 15 de fevereiro, no bairro Bom Jardim, em Fortaleza, mas o vídeo só viralizou esta semana na internet. No chão de uma rua, a travesti foi chutada e agredida com chinelos e pedaços de madeira, enquanto é xingada e obrigada a entrar em um carrinho de mão, mas devido às agressões, não consegue ficar em pé.
Dandara apresentava marcas de violência em todo o corpo. Depois de vários chutes e agressões, ela foi colocada sobre o carrinho de mão, enquanto a pessoa que gravava afirmava em tom de deboche: “Eles vão matar o v...”.
Em nota, a Polícia Civil do Ceará informou que um inquérito policial foi aberto no 32º Distrito Policial, no bairro Bom Jardim, em Fortaleza. “O caso foi registrado no último dia 15 de fevereiro, no bairro Bom Jardim, na Área Integrada de Segurança 2 (AIS 2). A Polícia informa ainda que as investigações estão bem adiantadas, porém não é possível repassar detalhes para não comprometer o trabalho policial”.
Para Thina Rodrigues, presidente da Associação de Travestis do Ceará (ATRAC), a morte de Dandara é um reflexo da transfobia. “Precisamos de políticas públicas afirmativas para que acabem isso”, disse.
O jornalista Neto Lucon que possui um site com notícias relacionadas ao público LGBT, publicou que os seis envolvidos já foram identificados. “Liguei para 32ºDP, conversei com o investigador, eles já tinham e já identificaram os assassinos: dois maiores de idade e quatro menores. Agora é pressionar que eles sejam presos”, comentou. No mês de fevereiro, uma travesti identificada como Hérika Izidoro (24) foi espancada e jogada de um viaduto na avenida José Bastos, em Fortaleza. Desde então, segue internada no Instituto Dr. José Frota (IJF). Segundo Thina Rodrigues, que acompanha o caso, a vítima segue em coma.
Um levantamento realizado pela Rede Nacional de Pessoas Trans no Brasil (Rede Trans), mostra que este ano, 14 travestis foram mortas em todo o Brasil. No Ceará, foram registrados dois óbitos. Além de Dandara, uma travesti foi morta em Russas, 165 km de Fortaleza.
De acordo com o publicitário Murilo Escórcio, homem trans, a transfobia é o preconceito e a discriminação contra travestis e transexuais. “Uma pessoa transexual possui uma identidade de gênero diferente do seu sexo biológico.
Uma travesti nasce com o sexo biológico dito como masculino e tem identidade de gênero feminina, assumindo papéis de gênero diferentes daqueles impostos pela sociedade. A diferença entre ambos é que uma travesti não vê a necessidade de realizar uma cirurgia de redesignação de sexo. Ela não se incomoda com a existência de seu órgão genital”, escreveu, em artigo para o site Orange.
VEJA VÍDEO:
AUTOR: cnews
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