Uma comunidade inteira do Município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), virou refém de uma guerra particular entre duas facções criminosas que disputam o território do tráfico de drogas.
Trata-se do Conjunto Metropolitano, conhecido por Picuí. Ali, os grupos armados estão em choque há, pelo menos, duas semanas, deixando nas ruas um rastro de sangue e morte. E o pior: os “soldados” das duas facções – Comando Vermelho e GDE – dispõem de armas de grosso calibre e até de guerra. São fuzis e submetralhadoras.
A guerra iniciada há cerca de dois anos, ganhou mais força há duas semanas, quando o homem que era tido como chefe do tráfico no Picuí e outros bairros de Caucaia, como o Conjunto Araturi, teria “rasgado a camisa”, isto é, mudado para a facção inimiga.
A morte do traficante Robério Santos Menezes, o “Escobar, na tarde do último dia 12, elevou a temperatura da violência em Caucaia. O traficante foi alvo de uma tocaia quando estava bem distante dali. O crime aconteceu na Rua Três Corações, no bairro Granja Lisboa, no “Território da Paz”, no Grande Bom Jardim. “Escobar” foi perseguido e executado sumariamente com vários tiros de pistola à queima-roupa, por um matador à serviço do também traficante Francisco Glaílson Ferreira Diógenes.
“Escobar” e Glaíson foram durante muito tempo parceiros do tráfico. Os dois comandavam o tráfico em Caucaia em nome do CV (Comando Vermelho). “Escobar”, por sua vez, representava a facção naquele Município desde a prisão de seu irmão, o narcotrafiante Adriano Soares Menezes, o “Vô”, atualmente cumprindo pena em regime diferenciado no Presídio Federal de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná (PR).
A morte de “Escobar” fazia parte dos planos de Glaíson de se tornar o chefão do tráfico naquela cidade metropolitana, dominando vários bairros e comunidades de Caucaia como os conjuntos residenciais Araturi, Metropolitano (Picui), Potira e até mesmo o Centro da cidade.
Com a guerra declarada entre as duas facções, a GDE matou “Escobar”, o chefão do CV, e dominou os bairros Picuí, Cigana e Araturi, enquanto o Comando Vermelho ainda mantém resistência no Distrito de Jurema e na Esplanada do Araturi.
Armas da pesada e mortes
Em áudios captados na semana passada, policiais de Inteligência copiaram diálogos de bandidos que falam da situação em Caucaia e descobriram que as duas facções receberam, recentemente, ajuda externa para dar continuidade à guerra. A ajuda é de logística. Armas e munições estão sendo recebidas pelos “soldados” das duas facções para um possível confronto direto entre os dois grupos. A matança promete continuar.
Num dos áudios, um bandido fala que o narcotraficante “Vô” (preso no Paraná) teria ordenado a facção Comando Vermelho no Ceará a fornecer armas de grosso calibre aos “irmãos” de Caucaia. Nos últimos dias, o bando teria recebido o seguinte arsenal: 10 “bicos” (fuzis), oito “macaquinhas” (submetralhadoras) e 20 “ferros (pistolas), além de muita munição.
Após o assassinato de “Escobar”, uma sequência de assassinatos vem sendo registrada em Caucaia, coincidentemente ou não, exatamente nos bairros onde antes ele dominava o tráfico de drogas. Entre os dias 12 (data da morte do traficante) e 26, foram 14 pessoas executadas sumariamente nos bairros Araturi, Metropolitano (Picuí), Grilo, Mirambé, Açude, Padre Júlio Maria, Mestre Antônio e no Centro de Caucaia.
As duas facções prometem novos embates e na tarde desta segunda-feira (26), seis pessoas de uma mesma família foram baleadas dentro de um bar. A tentativa de chacina aconteceu teve como palco o bairro que é disputado pelas facções, o Picuí.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
A guerra iniciada há cerca de dois anos, ganhou mais força há duas semanas, quando o homem que era tido como chefe do tráfico no Picuí e outros bairros de Caucaia, como o Conjunto Araturi, teria “rasgado a camisa”, isto é, mudado para a facção inimiga.
A morte do traficante Robério Santos Menezes, o “Escobar, na tarde do último dia 12, elevou a temperatura da violência em Caucaia. O traficante foi alvo de uma tocaia quando estava bem distante dali. O crime aconteceu na Rua Três Corações, no bairro Granja Lisboa, no “Território da Paz”, no Grande Bom Jardim. “Escobar” foi perseguido e executado sumariamente com vários tiros de pistola à queima-roupa, por um matador à serviço do também traficante Francisco Glaílson Ferreira Diógenes.
“Escobar” e Glaíson foram durante muito tempo parceiros do tráfico. Os dois comandavam o tráfico em Caucaia em nome do CV (Comando Vermelho). “Escobar”, por sua vez, representava a facção naquele Município desde a prisão de seu irmão, o narcotrafiante Adriano Soares Menezes, o “Vô”, atualmente cumprindo pena em regime diferenciado no Presídio Federal de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná (PR).
A morte de “Escobar” fazia parte dos planos de Glaíson de se tornar o chefão do tráfico naquela cidade metropolitana, dominando vários bairros e comunidades de Caucaia como os conjuntos residenciais Araturi, Metropolitano (Picui), Potira e até mesmo o Centro da cidade.
Com a guerra declarada entre as duas facções, a GDE matou “Escobar”, o chefão do CV, e dominou os bairros Picuí, Cigana e Araturi, enquanto o Comando Vermelho ainda mantém resistência no Distrito de Jurema e na Esplanada do Araturi.
Armas da pesada e mortes
Em áudios captados na semana passada, policiais de Inteligência copiaram diálogos de bandidos que falam da situação em Caucaia e descobriram que as duas facções receberam, recentemente, ajuda externa para dar continuidade à guerra. A ajuda é de logística. Armas e munições estão sendo recebidas pelos “soldados” das duas facções para um possível confronto direto entre os dois grupos. A matança promete continuar.
Num dos áudios, um bandido fala que o narcotraficante “Vô” (preso no Paraná) teria ordenado a facção Comando Vermelho no Ceará a fornecer armas de grosso calibre aos “irmãos” de Caucaia. Nos últimos dias, o bando teria recebido o seguinte arsenal: 10 “bicos” (fuzis), oito “macaquinhas” (submetralhadoras) e 20 “ferros (pistolas), além de muita munição.
Após o assassinato de “Escobar”, uma sequência de assassinatos vem sendo registrada em Caucaia, coincidentemente ou não, exatamente nos bairros onde antes ele dominava o tráfico de drogas. Entre os dias 12 (data da morte do traficante) e 26, foram 14 pessoas executadas sumariamente nos bairros Araturi, Metropolitano (Picuí), Grilo, Mirambé, Açude, Padre Júlio Maria, Mestre Antônio e no Centro de Caucaia.
As duas facções prometem novos embates e na tarde desta segunda-feira (26), seis pessoas de uma mesma família foram baleadas dentro de um bar. A tentativa de chacina aconteceu teve como palco o bairro que é disputado pelas facções, o Picuí.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
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