De acordo com a sentença proferida na 2ª Vara do Júri, o Ministério Público do Ceará (MPCE) requereu a pronúncia dos acusados. Foto: J Paulo Oliveira/TJCE
Três homens vão a júri popular pelo crime de duplo homicídio e por integrar organização criminosa Guardiões do Estado (GDE). De acordo com a acusação, após a execução, os criminosos ainda incineraram os corpos das vítimas "percebendo que urubus sobrevoavam o lugar".
Na última semana, a Justiça decidiu pronunciar o trio, ou seja, os denunciados devem sentar no banco dos réus e serem julgados por populares. Ainda não há data para o julgamento de Marcelo Rodrigues Campos, o 'Sapinho'; Marcílio de Freitas Assunção; e Francisco Jamerson Souza de Freitas.
De acordo com a sentença proferida na 2ª Vara do Júri, o Ministério Público do Ceará (MPCE) requereu a pronúncia dos acusados. As defesas deles não foram localizadas pela reportagem até a publicação da reportagem, mas o espaço segue aberto para manifestações posteriores.
"Podemos concluir que os 'indícios suficientes de autoria ou de participação', exigidos na pronúncia vão além do lastro probatório mínimo da hipótese acusatória, mas, exige-se a preponderância das provas que sustentam a vertente acusatória"
Trecho da sentença
ORDEM PARA QUEIMAR OS CORPOS
Conforme a denúncia contra o trio, o crime aconteceu no dia 9 de abril de 2020, em um matagal no bairro Pedras, em Fortaleza, a mando de Marcílio. O acusado acreditava que Francisco Antônio da Silva Flor, de 19 anos, e um adolescente de 16 (identidade preservada) eram da facção rival Comando Vermelho (CV).
As vítimas estavam na casa de um parente do adolescente, região na época dominada pela GDE, "quando se viram abordadas por um grupo composto por Marcelo, Maicon e outros não identificados". O garoto menor de idade e Francisco Antônio foram levados para um matagal próximo, "local em que foram mortos enquanto estavam amarrados. Após algum tempo, percebendo que urubus sobrevoavam o lugar, o denunciado Marcílio determinou que os cadáveres fossem incinerados".
A ideia ao atearem fogo era destruir os cadáveres. A acusação afirma que além de ordenar os crimes. Marcílio também participou diretamente das execuções e da destruição dos corpos
Ainda de acordo com o MP, os denunciados enquanto membros da Guardiões do Estado vinham cobrando "uma espécie de pedágio" aos moradores da região, no valor de R$ 50. As defesas disseram em documentos que a reportagem teve acesso "que não há provas suficientes para as condenações".
FONTE: DN
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