Estimulantes sexuais, abortivos, anorexígenos (conhecidos como inibidores de apetite), psicotrópicos, anabolizantes e esteroides estão entre os 140 mil comprimidos recolhidos em Fortaleza, pela Polícia, na segunda fase da operação Tarja Preta. Tida pela Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) como a maior da história do Ceará, a apreensão dos medicamentos, que têm venda proibida, foi divulgada ontem.
Três homens foram presos suspeitos de fornecer remédios para farmácias e para usuários. A procedência ainda não foi determinada, mas a suspeita das investigações é que os medicamentos sejam contrabandeados de outros países, como Paraguai.
Entre os apreendidos, há também remédios, como o antibiótico amoxicilina, em caixas com carimbos de “proibida venda ao comércio”. “O carimbo é o que indica o desvio da rede pública de saúde”, citou a diretora adjunta da DCTD, Patrícia Menezes.
Na primeira fase da operação, deflagrada em outubro, foram presos dois funcionários terceirizados da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (Coasf) da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). A pasta afirma que segue dando “todo o apoio possível às investigações”.
Sobre o destino dos remédios, a delegada afirma que “vão desde farmácias até consumidores finais”. “Os fornecedores vendiam com um preço abaixo do que era praticado no mercado e sem as exigências legais de retenção de receitas”, aponta. Ela indica ainda que amostras serão periciadas para determinar se houve adulteração e falsificação de remédios.
Prisões
Dois homens foram presos em flagrante. O terceiro investigado foi capturado em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, na manhã de ontem.
José Leonardo Sales de Freitas, 51, conseguiu fugir em outubro, quando esposa, cunhada e irmão foram presos na primeira fase da operação. No último dia 22, Raimundo Nonato Macedo da Costa, 60, foi preso na Cidade dos Funcionários. Ele já era investigado e é apontado como fornecedor de Leonardo. Com Macedo foram apreendidos 98.030 comprimidos e 746 frascos e ampolas. Dois dias depois, Antônio Gotardo Sousa Araújo, 57, foi preso na Parquelândia com 38 mil comprimidos. Gotardo, segundo as investigações da DCTD, levava uma vida luxuosa e era o fornecedor de Macedo.
Os três homens responderão por crime contra a saúde pública, com pena de reclusão de 10 a 15 anos. Macedo também foi autuado por tráfico de drogas, devido às substâncias psicotrópicas encontradas com ele.
Saiba mais
A primeira fase da Tarja Preta foi deflagrada em outubro e desmontou parte de um esquema de desvio e venda de remédios controlados, além de receitas e atestados falsificados. Nove pessoas foram presas e cerca de 85 mil comprimidos foram apreendidos.
Substâncias abortivas que têm circulação proibida e remédio cuja venda não é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que têm feito similar ao Viagra®, estão entre os remédios apreendidos.
Odorico de Moraes, médico diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da UFC, alerta que mesmo remédios de procedência comprovada apresentam efeitos colaterais e adverte sobre o perigo do uso de medicação sem comprovação de eficácia de segurança.
Remédios que não passam pela Anvisa podem não ter o controle dos contaminantes químicos, não ter o princípio ativo em quantidade adequada, ou nem mesmo ter o princípio ativo, provocando a persistência das doenças, ou a seleção, por exemplo, de bactérias resistentes.
AUTOR: O POVO
Os três homens responderão por crime contra a saúde pública, com pena de reclusão de 10 a 15 anos. Macedo também foi autuado por tráfico de drogas, devido às substâncias psicotrópicas encontradas com ele.
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A primeira fase da Tarja Preta foi deflagrada em outubro e desmontou parte de um esquema de desvio e venda de remédios controlados, além de receitas e atestados falsificados. Nove pessoas foram presas e cerca de 85 mil comprimidos foram apreendidos.
Substâncias abortivas que têm circulação proibida e remédio cuja venda não é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que têm feito similar ao Viagra®, estão entre os remédios apreendidos.
Odorico de Moraes, médico diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da UFC, alerta que mesmo remédios de procedência comprovada apresentam efeitos colaterais e adverte sobre o perigo do uso de medicação sem comprovação de eficácia de segurança.
Remédios que não passam pela Anvisa podem não ter o controle dos contaminantes químicos, não ter o princípio ativo em quantidade adequada, ou nem mesmo ter o princípio ativo, provocando a persistência das doenças, ou a seleção, por exemplo, de bactérias resistentes.
AUTOR: O POVO
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