Bilhetes foram endereçados para os familiares que moram em outros estados.
Durante a perícia da Polícia Civil em um cômodo da casa do casal de cometeu suicídio nesta sexta-feira (28), em Rio Branco, no Acre, foram encontrados vários bilhetes de despedida direcionados a parentes que vivem em outros estados. O conteúdo não foi divulgado.
Ao que tudo indica, o subtenente do Exército Márcio Brito, e a esposa dele, a sargento reformada Claudinéia Borges, não suportaram a dor de perder a filha em circunstâncias tão trágicas. Bruna Borges, de 19 anos, cometeu suicídio dois dias antes, na tarde da última quarta-feira (26). A jovem fez uma transmissão ao vivo de sua morte no Instagram e a polícia acredita que pelo menos 300 pessoas estavam assistindo as cenas.
Muitas acionaram o Corpo de Bombeiros, mas a equipe foi direcionada para o endereço antigo da família. Foram os pais de Bruna que a encontraram já sem vida. Ela utilizou uma corda para se enforcar.
Os pais também teriam usado o mesmo método, cada um com uma corda, presas em uma pilastra de alvenaria na garagem da residência.
Com o provável duplo suicídio, o Exército informou que vai abrir processo administrativo para apurar sob quais circunstâncias ocorreram as mortes. Inicialmente a hipótese é que elas ocorreram de forma voluntária. A casa onde as três mortes ocorreram fica no bairro Bosque, em Rio Branco. O local abriga muitas residências de militares que atuam no Estado do Acre.
Por meio de uma entrevista coletiva, o comandante do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (4º BIS), coronel Welington Vallone, informou que uma equipe do batalhão estava acompanhando e auxiliando o casal desde que eles sofreram a perda da filha. Segundo o comandante, as últimas informações colhidas após uma conversa com Márcio e Caludineia eram de ambos estavam mais tranquilos.
“O processo do Exército é baseado principalmente no trabalho investigativo que já está ocorrendo na Polícia Civil. Deixamos claro que prestamos toda a assistência à família do casal, e ao próprio casal”, explicou o Vallone, que pessoalmente teria acompanhado o casal desde a tarde de quarta, quando registrada a morte da estudante.
“Ficou claro para nós que eles estavam muito abalados, mas que com o apoio da equipe militar havia sido notado avanços”. Com a morte dos dois, a tese foi por água abaixo.
“Destacamos o nosso capelão militar. Também enviamos uma assistente social que esteve em contato com eles. Eles sentiram que rendeu frutos e que havia um processo de acolhimento das palavras, que o casal estava sentindo menos a dor. Sabemos que um fato como esse não poderia vir a ocorrer”, concluiu o comandante à imprensa.
O processo do Exército tem prazo de vinte dias para ser concluído. Márcio atuava no Exército há pelo menos 28 anos. Claudineia também foi membro do Exército, mas se aposentou e iniciou estudos para ingressar na carreira de enfermagem.
AUTOR: massapeceara
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