Parecer da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma que informações do ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) corroboram acusações contra ele, na delação premiada de Wesley Batista, um dos donos da JBS.
A informação é de reportagem do jornal Folha de S. Paulo. O parecer de Raquel Dodge foi emitido no início de mês como resposta ao pedido de Cid Gomes de que Wesley Batista fosse processado por calúnia.
Nele, Dodge faz referência às informações de Wesley de que o grupo JBS teria feito repasses para campanha de reeleição Cid, em 2010, a pedido do ex-governador, negociando pagamento de dívida de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e serviços) de uma das empresas do grupo, a Cascavel Couros, como troca pela contribuição.
Como Wesley disse na delação que resistiu, quatro anos depois, ao pedido de R$ 20 milhões para a campanha do governador Camilo Santana (PT) porque o Estado lhe “devia R$ 110 milhões” em créditos de ICMS, referentes aos anos de 2011 e 2013, Cid Gomes informou à Justiça, como revela o parecer de Dodge, que realizou, sim, os pagamentos.
“Os pagamentos no total de R$ 41 milhões ao longo de três anos e o pagamento de R$ 110 milhões apenas no ano de 2014 na verdade corroboram o que foi narrado pelo colaborador”, diz Raquel Dodge no parecer.
Conforme a procuradora-geral, a afirmação de Wesley de que o Ceará “não pagou nenhum centavo” se trata de figura de linguagem – visto que foi recebido uma parte do dinheiro, R$ 41 milhões –, sendo “recurso exagerado na narrativa” de Wesley e não podendo “conduzir à tipificação da conduta” (caluniosa).
Cid Gomes foi procurado pela reportagem, mas não atendeu às tentativas de ligação durante a tarde e noite de ontem. Em nota, a assessoria afirma que Cid já se pronunciou “sobre o assunto à época em que foi divulgado o caso, rebateu com dados as falsas acusações e anunciou um processo contra Wesley Batista por mentir à Justiça” e que “cabe à Justiça analisar e dar prosseguimento”.
O governador Camilo Santana reforça ao O POVO que “Cid Gomes é homem sério, honrado, e não compactua com coisas erradas”.
Líder da base governista na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Evandro Leitão (PDT) disse que a posição da procuradora “não é uma decisão, mas apenas uma opinião”. “Respeitamos, mas discordo. Se a denúncia for acolhida – o que não acredito –, Cid provará, com o que tem, que não procede”, garantiu Leitão.
Entenda o caso
Divulgação da delação
Delação dos sócios da JBS, os irmãos Wesley e Joesley Batista, é tornada pública no dia 19 de maio. Nela, Wesley acusa o ex-governador Cid Gomes de pedir “propina” para a campanha de Camilo, em 2014. O dinheiro seria repassado em forma de doação oficial, como havia sido feito em colaboração para a campanha de reeleição Cid em 2010.
Nele, Dodge faz referência às informações de Wesley de que o grupo JBS teria feito repasses para campanha de reeleição Cid, em 2010, a pedido do ex-governador, negociando pagamento de dívida de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e serviços) de uma das empresas do grupo, a Cascavel Couros, como troca pela contribuição.
Como Wesley disse na delação que resistiu, quatro anos depois, ao pedido de R$ 20 milhões para a campanha do governador Camilo Santana (PT) porque o Estado lhe “devia R$ 110 milhões” em créditos de ICMS, referentes aos anos de 2011 e 2013, Cid Gomes informou à Justiça, como revela o parecer de Dodge, que realizou, sim, os pagamentos.
“Os pagamentos no total de R$ 41 milhões ao longo de três anos e o pagamento de R$ 110 milhões apenas no ano de 2014 na verdade corroboram o que foi narrado pelo colaborador”, diz Raquel Dodge no parecer.
Conforme a procuradora-geral, a afirmação de Wesley de que o Ceará “não pagou nenhum centavo” se trata de figura de linguagem – visto que foi recebido uma parte do dinheiro, R$ 41 milhões –, sendo “recurso exagerado na narrativa” de Wesley e não podendo “conduzir à tipificação da conduta” (caluniosa).
Cid Gomes foi procurado pela reportagem, mas não atendeu às tentativas de ligação durante a tarde e noite de ontem. Em nota, a assessoria afirma que Cid já se pronunciou “sobre o assunto à época em que foi divulgado o caso, rebateu com dados as falsas acusações e anunciou um processo contra Wesley Batista por mentir à Justiça” e que “cabe à Justiça analisar e dar prosseguimento”.
O governador Camilo Santana reforça ao O POVO que “Cid Gomes é homem sério, honrado, e não compactua com coisas erradas”.
Líder da base governista na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Evandro Leitão (PDT) disse que a posição da procuradora “não é uma decisão, mas apenas uma opinião”. “Respeitamos, mas discordo. Se a denúncia for acolhida – o que não acredito –, Cid provará, com o que tem, que não procede”, garantiu Leitão.
Entenda o caso
Divulgação da delação
Delação dos sócios da JBS, os irmãos Wesley e Joesley Batista, é tornada pública no dia 19 de maio. Nela, Wesley acusa o ex-governador Cid Gomes de pedir “propina” para a campanha de Camilo, em 2014. O dinheiro seria repassado em forma de doação oficial, como havia sido feito em colaboração para a campanha de reeleição Cid em 2010.
Na narrativa de Wesley, Cid enviou Arialdo Pinho, então chefe da Casa Civil do Estado, ao escritório da JBS para conseguir uma “contribuição financeira” para a campanha de 2010. O repasse, então, foi de R$ 5 milhões, em troca de uma liberação de créditos de ICMS para empresa do grupo JBS. Já em 2014, o próprio Cid Gomes teria se dirigido ao escritório da JBS em São Paulo, segundo Wesley. O empresário alegou ter resistido, visto que o Governo do Ceará lhe devia o crédito de ICMS no valor de R$ 110 milhões.
22 de maio Cid Gomes se defende
Em coletiva de imprensa, O ex-governador Cid Gomes confirmou ter se reunido com os irmãos Batista, mas negou ter tido financiamento de campanha como finalidade. Segundo ele, o deputado federal Antonio Bahlman e Arialdo Pinho, “já licenciados”, “cumpriram tarefa regular” de “financiamento de campanha no Brasil”.
Frases
Os pagamentos no total de R$ 41 milhões e o (...) De R$ 110 milhões (...) Na verdade corroboram o que foi narrado pelo colaborador”
Raquel Dodge, procuradora-geral da República, sobre delação de Joesley Batista contra Cid Gomes
As arrecadações foram feitas dentro da lei. Todas as minhas campanhas tiveram, sem questionamento algum, suas contas aprovadas”
Cid Gomes (PDT), durante coletiva de imprensa, em maio deste ano, sobre denúncias de Joesley
151 mi de reais teria sido o pagamento ao grupo JBS, durante gestão de Cid Gomes
AUTOR: O POVO
22 de maio Cid Gomes se defende
Em coletiva de imprensa, O ex-governador Cid Gomes confirmou ter se reunido com os irmãos Batista, mas negou ter tido financiamento de campanha como finalidade. Segundo ele, o deputado federal Antonio Bahlman e Arialdo Pinho, “já licenciados”, “cumpriram tarefa regular” de “financiamento de campanha no Brasil”.
Frases
Os pagamentos no total de R$ 41 milhões e o (...) De R$ 110 milhões (...) Na verdade corroboram o que foi narrado pelo colaborador”
Raquel Dodge, procuradora-geral da República, sobre delação de Joesley Batista contra Cid Gomes
As arrecadações foram feitas dentro da lei. Todas as minhas campanhas tiveram, sem questionamento algum, suas contas aprovadas”
Cid Gomes (PDT), durante coletiva de imprensa, em maio deste ano, sobre denúncias de Joesley
151 mi de reais teria sido o pagamento ao grupo JBS, durante gestão de Cid Gomes
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