"Ela era uma boa mãe. Às vezes, por um ato impensado, de uma hora, ela acabou com a vida dela. O pai [do menino] a defendeu para os investigadores que estiveram com ele", disse o delegado Gilson Campinas. O pai de Gustavo, Giovanni Storto, afirmou durante à tarde que a morte do filho "foi um acidente".
Câmeras de segurança do prédio mostram que a mãe não estava no apartamento no momento da queda do filho, segundo a Polícia Civil, que descarta que a criança tenha sido jogada. As investigações indicam que a morte foi acidental.
"Não havia ninguém na casa naquele momento além da criança. Então, dentro dessa linha, através de uma demonstração matemática não tinha como ela ser jogada. Nenhuma linha é descartada, mas tudo aquilo que conseguimos matematicamente nos mostra que essa hipótese é a menos viável de todas", disse o delegado.
A mãe informou à polícia que deixou o menino dormindo sozinho e foi buscar o namorado na Estação Morumbi da CPTM, na Zona Sul de São Paulo. Quando chegou, encontrou as luzes acesas e duas cadeiras no box do banheiro. Ao olhar para baixo, viu o garoto no estacionamento.
"Foi uma omissão relevante, é um abandono agravado. Tenho que trabalhar com dados concretos, vou apresentar ao MP os fatos concretos. O tipo penal quem vai decidir é a Justiça."
A criança caiu perto da meia-noite, quando ela não estava mais no prédio – a mãe saiu às 22h54 e voltou à 0h, segundo as imagens das câmeras de segurança. A polícia diz que ela retornou cerca de 10 minutos após a queda. Segundo as investigações, a gritaria relatada por testemunhas foi o desespero da mãe quando percebeu que o menino havia caído.
Mãe deixa prédio pouco antes das 23h desta quarta-feira (Foto: Reprodução)
Mãe chega ao prédio à meia-noite, mostram as imagens das câmeras (Foto: Reprodução)
A polícia acredita que a criança pode ter acordado com os fogos ou a comemoração durante os jogos de futebol na noite desta quarta-feira (16). A janela do banheiro era a única do apartamento sem tela e foi de onde, segundo os peritos, o menino caiu.
O delegado destacou que "não houve nenhum tipo de discussão ou briga nesse dia".
"Tudo encaminha para o indiciamento por homicídio culposo. Ela tinha o dever de cuidar da criança, então, ela não cuidou. Vamos ver a configuração do relacionamento familiar dela, ambiente de trabalho, o ambiente escolar da criança. Isso me indica a relevância da omissão e do abandono."
Família do pai
Os pais da criança estavam separados há três ou quatro meses, segundo a polícia. A família do pai de Gustavo, Giovanni Storto, também acredita em acidente. “Foi um acidente, mas foi negligência. Deixar sozinho é revoltante”, afirmou o tio, Giuliano Storto, durante o velório.
Ele definiu o menino como "muito inteligente e com vontade de viver" e contou que Giovanni adorava levar o filho para o jogo do São Paulo. Segundo Giuliano, o casamento do irmão com a mãe começou em 2009, e a separação ocorreu em junho deste ano. O casal ainda não havia se divorciado oficialmente, mas estavam vendo os papéis. "Nem a chave do apartamento ele tinha mais", disse.
O pai foi ao Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra para liberar o corpo na manhã desta quinta. "Ele é lindo", disse Giovanni Storto, muito abalado. No IML, ele estava acompanhado da mãe, avó do menino, chorava muito e não quis gravar entrevista. O corpo de Gustavo foi enterrado no Cemitério de Itapevi, também na Grande São Paulo, às 16h50.
O edifício fica na Avenida Aprígio Bezerra da Silva, perto da Rodovia Régis Bittencourt. O SPTV mostrou que a janela do banheiro de apartamento vizinho, igual a do apartamento de Gustavo, tinha 1,60 m de altura, e 60 cm de largura. Duas cadeiras, uma maior embaixo, e uma menor, infantil, em cima, foram encontradas próxima à janela.
O delegado destacou que "não houve nenhum tipo de discussão ou briga nesse dia".
"Tudo encaminha para o indiciamento por homicídio culposo. Ela tinha o dever de cuidar da criança, então, ela não cuidou. Vamos ver a configuração do relacionamento familiar dela, ambiente de trabalho, o ambiente escolar da criança. Isso me indica a relevância da omissão e do abandono."
Família do pai
Os pais da criança estavam separados há três ou quatro meses, segundo a polícia. A família do pai de Gustavo, Giovanni Storto, também acredita em acidente. “Foi um acidente, mas foi negligência. Deixar sozinho é revoltante”, afirmou o tio, Giuliano Storto, durante o velório.
Ele definiu o menino como "muito inteligente e com vontade de viver" e contou que Giovanni adorava levar o filho para o jogo do São Paulo. Segundo Giuliano, o casamento do irmão com a mãe começou em 2009, e a separação ocorreu em junho deste ano. O casal ainda não havia se divorciado oficialmente, mas estavam vendo os papéis. "Nem a chave do apartamento ele tinha mais", disse.
O pai foi ao Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra para liberar o corpo na manhã desta quinta. "Ele é lindo", disse Giovanni Storto, muito abalado. No IML, ele estava acompanhado da mãe, avó do menino, chorava muito e não quis gravar entrevista. O corpo de Gustavo foi enterrado no Cemitério de Itapevi, também na Grande São Paulo, às 16h50.
O edifício fica na Avenida Aprígio Bezerra da Silva, perto da Rodovia Régis Bittencourt. O SPTV mostrou que a janela do banheiro de apartamento vizinho, igual a do apartamento de Gustavo, tinha 1,60 m de altura, e 60 cm de largura. Duas cadeiras, uma maior embaixo, e uma menor, infantil, em cima, foram encontradas próxima à janela.
Carro funerário deixa o IML com o corpo de Gustavo (Foto: Carolina Dantas/G1)
Menino de 5 anos morre após cair do 26º andar do Residencial Bosque Taboão, Condomínio Pitangueiras I (Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo)
AUTOR: G1/SP
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