Delegado morreu, aos 90 anos, em decorrência de complicações do câncer. Além de samba, houve distribuição de cerveja e salgadinhos para a comunidade.
O presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, explica que Delegado sempre pediu para ser velado dessa maneira.
“Pergunta para alguém daqui da Mangueira se alguém sabe quem foi Visconde de Niterói. Agora, se você perguntar quem foi Delegado, todos vão saber”, disse.
Ésio (ao centro) apresentou os irmãos Jorge Mário (à esq) e Ronaldo (à dir) (Foto: Tássia Thum/G1)
Um dos filhos de Delegado, o músico Égio da Silva, ex-integrante do grupo de pagode Os Morenos, explicou como surgiu o famoso apelido do pai. “Ele prendia todas as mulheres que conhecia, nenhuma resistia ao gingado dele”, conta, bem-humorado. Fazendo jus ao apelido, nem a própria família sabe ao certo quantos filhos o sambista teve.
Filhos se conhecem em velório
No velório do pai, dois filhos do sambista se conheceram. Ambos foram apresentados por Ésio. O motorista Ronaldo Vieira Coelho, de 45 anos, foi apresentado ao irmão, o técnico em publicidade Jorge Mário Santana, de 58. “Agora vamos seguir em frente com o nosso projeto de fazer da casa dele um centro cultural”, disse Jorge Mário.
Filho de Delegado, Ronaldo exibe a tatuagem do pai (Foto: Tássia Thum/G1)
Ronaldo conta que teve pouco contato com o pai, que conheceu quando tinha 2 anos. Mas admiração e o amor por ele foram estampados no braço esquerdo, que ostenta uma tatuagem de Delegado. “Fiz essa tatuagem no Dia dos Pais, há dois anos. No mesmo dia, mostrei para ele, e me lembro o quanto ele se emocionou. Ele ficou muito orgulhoso, abriu um belo sorriso”, diz o filho, emocionado.
Ronaldo garante que o dom da ginga ele herdou do pai. “Quando começo a dançar, todo mundo já sabe de onde eu vim. Está no DNA”, contou.
Suluca, irmã de Delegado e presidente da ala das baianas, não conteve as lágrimas ao ver a chegada do corpo do irmão na quadra da escola. “Meu irmão é tudo na Mangueira. Foi mestre-sala, diretor de honra, é um símbolo”, afirmou.
Velório de Delegado foi na quadra da Mangueira, na Zona Norte do Rio (Foto: Tássia Thum/G1)
A morte de Delegado não demorou a repercutir pelas redes sociais.
O dançarino e ex-coreógrafo da comissão de frente da Mangueira, Carlinhos de Jesus postou em seu perfil no Twitter sua idolatria ao ex-mestre-sala. "Minha maior inspiração. Meu modelo de muitas coreografias. Minha referência. Meus respeitos, grande mestre Delegado", escreveu. "Se vai o meu maior mestre-sala, agora, a rodar pelos Salões do Céu! Grande Delegado!", acrescentou depois.
Renata Santos postou foto ao lado de Delegado no Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)
O atual presidente da escola, Ivo Meirelles, também prestou sua homenagem: "Mestre Delegado, o maior mestre-sala da história do carnaval brasileiro e Presidente de Honra da Mangueira", escreveu no Instagram, ao lado de uma foto do sambista.
Ex-rainha de bateria da Mangueira, Renata Santos publicou uma foto ao lado do sambista no Facebook. "Minha homenagem ao GRANDE MESTRE DELEGADO. Última vez que o encontrei. #luto em Mangueira", escreveu, antes da letra de "Pranto de poeta" ("Em Mangueira / Quando morre um poeta / Todos choram...").
Nascido e criado na Mangueira
Segundo os médicos, Égio Laurindo da Silva, o eterno mestre-sala da verde-e-rosa, estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde o dia 6 de novembro.
A pedido da família, os médicos informaram apenas que Delegado estava com uma “doença incurável”. A morte do sambista foi atestada às 11h18. Segundo a assessoria de imprensa da Mangueira, o velório está marcado para 18h deste segunda na quadra da escola, na Zona Norte. O enterro será nesta terça-feira (13), no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.
Nascido no Morro da Mangueira em 29 de dezembro de 1921, cresceu na comunidade e começou a frequentar o samba ainda no colo da mãe, aos 3 anos. Ele integrou o bloco Unidos da Mangueira. Aos 17 anos começou a desfilar como mestre-sala, arte que aprendeu vendo Marcelino, um dos fundadores da atividade, que desfilava como baliza do Bloco dos Arengueiros, precursor da Estação Primeira de Mangueira.
Por 36 anos Delegado tirou a nota máxima no desfile, ao lado das portas-bandeiras Nininha, Neide e Mocinha. Considerado um “pé de valsa” freqüentador de gafieiras, alto e esguio tinha um jeito elegante de dançar, e prendia atenção das moças, na época, o que lhe valeu o apelido de Delegado.
Em 2011, conquistou o título de presidente de honra da Mangueira.
AUTOR: G1/RJ
O atual presidente da escola, Ivo Meirelles, também prestou sua homenagem: "Mestre Delegado, o maior mestre-sala da história do carnaval brasileiro e Presidente de Honra da Mangueira", escreveu no Instagram, ao lado de uma foto do sambista.
Ex-rainha de bateria da Mangueira, Renata Santos publicou uma foto ao lado do sambista no Facebook. "Minha homenagem ao GRANDE MESTRE DELEGADO. Última vez que o encontrei. #luto em Mangueira", escreveu, antes da letra de "Pranto de poeta" ("Em Mangueira / Quando morre um poeta / Todos choram...").
Nascido e criado na Mangueira
Segundo os médicos, Égio Laurindo da Silva, o eterno mestre-sala da verde-e-rosa, estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde o dia 6 de novembro.
A pedido da família, os médicos informaram apenas que Delegado estava com uma “doença incurável”. A morte do sambista foi atestada às 11h18. Segundo a assessoria de imprensa da Mangueira, o velório está marcado para 18h deste segunda na quadra da escola, na Zona Norte. O enterro será nesta terça-feira (13), no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.
Nascido no Morro da Mangueira em 29 de dezembro de 1921, cresceu na comunidade e começou a frequentar o samba ainda no colo da mãe, aos 3 anos. Ele integrou o bloco Unidos da Mangueira. Aos 17 anos começou a desfilar como mestre-sala, arte que aprendeu vendo Marcelino, um dos fundadores da atividade, que desfilava como baliza do Bloco dos Arengueiros, precursor da Estação Primeira de Mangueira.
Por 36 anos Delegado tirou a nota máxima no desfile, ao lado das portas-bandeiras Nininha, Neide e Mocinha. Considerado um “pé de valsa” freqüentador de gafieiras, alto e esguio tinha um jeito elegante de dançar, e prendia atenção das moças, na época, o que lhe valeu o apelido de Delegado.
Em 2011, conquistou o título de presidente de honra da Mangueira.
AUTOR: G1/RJ
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