Protestos violentos no Iraque contra o governo deixaram ao menos nove mortos entre esta terça (1º) e quarta-feira (2), além de centenas de feridos. Manifestantes exigem fim da corrupção, melhores serviços públicos e maior oferta de emprego.
O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul Mahdi, impôs toque de recolher em algumas cidades iraquianas – inclusive a capital, Bagdá, onde todos os veículos e pessoas estão proibidos de trafegar a partir das 5h desta quinta-feira (horário local) "até segunda ordem", informou o gabinete do premiê.
Moradores de Bagdá disseram que as autoridades cortaram todo acesso às redes sociais como Facebook, Twitter e a plataforma de envio de mensagens Whatsapp. Além disso, centenas de policiais fortemente armados bloquearam todas as ruas que dão acesso às maiores praças da capital.
As operações, entretanto, não contiveram os manifestantes, que fizeram piquetes e barricadas pelas ruas de diversas cidades do Iraque. À noite, houve bloqueio também à entrada do aeroporto de Bagdá.
Em Basra, no sul do Iraque, cerca de 3 mil pessoas protestaram nesta quarta-feira – ato que, de acordo com a Associated Press, foi pacífico. Os manifestantes, porém, acusam os policiais de atacarem com armas de fogo.
"Nenhum Estado ataca seu povo como este governo. Somos pacíficos e eles atiram em nós", lamentou o jornaleiro Mohamed al-Juburi à agência France Presse.
Tensão no Iraque
Manifestantes exibem bandeiras do Iraque em protesto contra o governo no centro de Bagdá na terça-feira (1) Foto: Khalid Mohammed/AP Photo
Os protestos põem em xeque o governo do primeiro-ministro Adel Abdul-Mahdi, que está perto de completar um ano. Segundo a agência AP, as manifestações não têm liderança única e foram organizadas pelas redes sociais.
Nos atos, jovens formados em universidades iraquianas protestam contra a dificuldade em se encontrar emprego em um país sem dinheiro, mas que é rico em petróleo.
"Nós não estamos contra vocês – vocês são nossos irmãos", disse um manifestante a um soldado durante um protesto, segundo a AP.
Preocupação nos EUA
A onda de violência e de revolta contra o governo coloca o Iraque em mais um capítulo de crise política desde a deposição do regime de Saddam Hussein pelos Estados Unidos, em 2003. Até por isso, a situação preocupa a Casa Branca – há ainda milhares de militares norte-americanos em território iraquiano.
A embaixada dos EUA em Bagdá pediu calma a todos os lados. "O direito de protestar pacificamente é fundamental em todas as democracias, mas não há lugar para violência de nenhum lado", afirmava um tuíte da representação norte-americana.
Outro fator de preocupação é a crise ocorrer em meio à tensão entre os EUA e o Irã – país vizinho ao Iraque e inimigo histórico do governo iraquiano –, sobretudo após os recentes ataques a petroleiras na Arábia Saudita, aliada dos norte-americanos.
Os protestos põem em xeque o governo do primeiro-ministro Adel Abdul-Mahdi, que está perto de completar um ano. Segundo a agência AP, as manifestações não têm liderança única e foram organizadas pelas redes sociais.
Nos atos, jovens formados em universidades iraquianas protestam contra a dificuldade em se encontrar emprego em um país sem dinheiro, mas que é rico em petróleo.
"Nós não estamos contra vocês – vocês são nossos irmãos", disse um manifestante a um soldado durante um protesto, segundo a AP.
Preocupação nos EUA
A onda de violência e de revolta contra o governo coloca o Iraque em mais um capítulo de crise política desde a deposição do regime de Saddam Hussein pelos Estados Unidos, em 2003. Até por isso, a situação preocupa a Casa Branca – há ainda milhares de militares norte-americanos em território iraquiano.
A embaixada dos EUA em Bagdá pediu calma a todos os lados. "O direito de protestar pacificamente é fundamental em todas as democracias, mas não há lugar para violência de nenhum lado", afirmava um tuíte da representação norte-americana.
Outro fator de preocupação é a crise ocorrer em meio à tensão entre os EUA e o Irã – país vizinho ao Iraque e inimigo histórico do governo iraquiano –, sobretudo após os recentes ataques a petroleiras na Arábia Saudita, aliada dos norte-americanos.
AUTOR: G1
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